Fanfic: Virgem por acaso [Terminada]

Ela agarrou Alfonso pelo pulso e arrastou-o para o seu apartamento. Depois ligou seu computador, logou-se no AOL e dirigiu Alfonso para a cadeira da escrivaninha.

— Mostre-me — disse ela.

Alfonso, com jeito de especialista, digitou no teclado dela. E disse:

— Não vou ao sacana.com por causa das mulheres. Vou para praticar.

— Praticar masturbação? — perguntou ela, encarando o monitor sobre o ombro dele.

— Praticar hacking — disse ele. — Invadir sites pornôs é muito fácil. Isso me deixa ligado. Então Alfonso, o Garoto Vampiro era um hacker profissional?

Annie suavizou um pouco com essa informação. Você nunca sabe quando pode precisar de um hacker. Ela colocou as mãos nos ombros dele e apertou seus seios contra a parte de trás de sua cabeça. Planos de sedução sutil e dissimulada abortados. A pressão estava ligada a toda.

 — Aqui está — disse Oliver enquanto carregava a página do sacana.com.

Ele digitou algumas senhas e acessou o site. Uma mulher falante e em movimento apareceu no monitor do computador.

Ela disse:

— Olá, meu nome é Anahí, mas prefiro que em chamem de Annie.

Ela era uma belezoca loira com cabelos longos e olhos azuis, pele branca, cerca de 1,64. Usava uma peça com a marca da calcinhas.com, o conjunto Empregada Francesa Apaixonada — um microminiuniforme de vestidinho (muito curto na frente), calcinha preta de renda, chinelinhos pretos — e segurava um espanador.

A semelhança não era total, mas era definitivamente aproximada. Sua duble do sacana.com (Annie Sacana) era uma criatura cheia de graça e elegância. Annie inclinou-se sobre Alfonso e clicou o botão que dizia DEIXE-ME BRINCAR.

Annie Sacana disse:

- Estou loucamente apaixonada por um homem que não sabe que eu existo! Seu nome é Christian e eu o quero tanto. Escrevi uma carta para ele. Posso lê-la para você?

Alfonso apertou o botão SIM. Annie Sacana tirou seus seios para fora de seu traje para encontrar sua carta escrita à mão. Ela leu:

"Querido Christian. Você é como um Deus para mim. Eu adoro o seu corpo. Só imaginar o seu pau enorme faz meus mamilos doerem. Minha xoxota está ensopada. Quero que você coloque o seu pau dentro da minha boceta e me coma como um cachorro..."

Os roteiros online de Christian eram bem menos criativos do que aqueles que ele escrevia para uso pessoal — o denominador comum pornô. Na tela, Annie Sacana largou a carta na cama ao seu lado e rolou por ela, acariciando o seu traje e a si mesma. Era uma visão ridícula, mas a modelo era bonita de tirar a respiração.

— Agora que eu a vi de perto — disse Alfonso —, você não se parece nada com ela.

Como Christian podia ter feito isso? Certo, ela o tinha humilhado naquele encontro. Mas usar sua semelhança (especialmente uma semelhança vastamente superior) e o nome real? Aquilo simplesmente não estava certo. Embora, se estivesse querendo se vingar dessa maneira, ele não iria jamais chegar perto dela novamente. Ou iria? Ela deveria comprar um pitbull? Uma arma surpresa?

— Você está aborrecida? — perguntou Alfonso. — Parece aborrecida.

— É só a forma das minhas novas sobrancelhas — disse ela. — Entendo agora por que você pensou que eu não existia de verdade.

Annie estava ultrajada. Mas ela também se sentia, não havia maneira delicada de dizer isso, estimulada. Ver uma mulher que devia ser ela lendo um tributo vigoroso para um homem que estava atormentado pela atração que sentia por ela?

Perturbador na verdade, mas também excitante. Annie Sacana tirou sua roupa e começou a se masturbar com um vibrador.

— Desligue isso — disse ela.

Alfonso desligou o computador. Depois, disse:

— Sinto muito. Você vê por que eu estava nervoso. Pensei que você era uma fantasia que se tornou realidade. Só que essa mulher não é você. É melhor que ela não seja você.

— Só que você é o único que sabe disso! — disse ela.

Quantos homens haviam visto aquilo?, imaginou. Alguém que conhecia? Ia estrangular Christian pelo saco. Ia arrancar o pau dele. Assim que terminassem os dez anos que ela passaria embaixo de uma pedra.

— Estou feliz que seja — disse Alfonso. — Eu jamais amaria uma fantasia.