Fanfic: Virgem por acaso [Terminada]
Aquilo foi suficiente. Ucker disse que tinha algumas poucas perguntas que poderiam ser respondidas agora mesmo, enquanto estavam frescas em sua mente. Ele perguntou à publicitária se ela estava livre para ir tomar um café.
Ela precisou de um minuto para desmarcar seus compromissos. E, pronto. Annie iria indubitavelmente ter a reportagem completa de Ucker de manhã ou quando quer que ele aparecesse para pegar ar e comida.
Annie e Marcos saíram da sala de projeção para a noite infernalmente quente. A limusine estava parada exatamente onde Annie a havia deixado, encostada na calçada, o ar-condicionado funcionando. Ela ofereceu a Marcos uma carona para casa. Ele aceitou. Ainda não se dera conta de que era uma carona para a casa dela. Quando pararam no prédio dela no SoHo, Marcos disse ao motorista:
— Próxima parada, Lower East Side.
— Na verdade, Marcos, o motorista não pode trabalhar depois que me deixar em casa. Espero que não se importe. — Ela mentia por uma boa causa.
Ele esfregou o queixo com a mão peluda.
— Tudo bem. Vou descer aqui também. Obrigado pela carona. Vou andar o resto do caminho.
Eles saíram da limusine. Annie dispensou o motorista, mantendo uma mão no pulso de Marcos. O carro partiu, deixando um sopro de fumaça negra para se somar ao claustrofóbico ar do verão nova-iorquino.
— Você devia subir para se refrescar antes de ir andando para qualquer lugar neste calor — disse Annie. — Está insuportável aqui fora.
— Não ligo para o calor — disse ele, direto.
— Pelo menos me leve até a porta do meu apartamento. Estou sempre com medo de ser atacada à noite — disse ela.
Na verdade, Annie sempre se sentia segura em seu bairro e em sua cidade. Enquanto eles subiam pelo elevador até o quarto andar do prédio, Annie tentou se recompor. Ela achava que Marcos seria uma coisa garantida. Mas algo o estava incomodando. Annie tinha sido direta em suas intenções a noite toda. Talvez as regras de sedução tivessem mudado. Fazia anos que Annie não paquerava, mas ela tinha achado que fricção de coxas e uma ajudazinha com a mão ainda funcionavam. Foi quando Annie se inclinou para um beijo e Marcos fez o comentário "Está ficando tarde".
Annie ignorou-o e lançou seus cabelos dourados brilhantes sobre os ombros enquanto se ocupava com a fechadura da porta.
— Você deve estar com a garganta seca — disse ela. — Quer beber alguma coisa?
— Não estou com sede.
— Quer comer?
— Estou empanturrado de pipoca.
Com o cotovelo e seu ombro magro, Annie abriu a porta e acendeu a luz. Marcos olhou para dentro e arfou de horror. Seu apartamento não estava uma bagunça, estava atravancado, muito atravancado. Ela estava sem namorar há tanto tempo que esquecera que aquela zorra poderia impressionar algumas pessoas: a coleção de sacolas na estante; as pilhas na altura da cintura de jornais e revistas; duas dúzias de jaquetas jogadas no sofá. Annie fechou a porta rapidamente e disse:
— Vou entrar e arrumar tudo. Se importa de esperar um pouco aqui fora? — Ela sabia que era arriscado perguntar. Se um homem chegasse a lhe pedir que ficasse em seu corredor enquanto ele corria para limpar tudo, ela desapareceria noite adentro. Marcos sacudiu a cabeça.
— Annie, você é uma pessoa muito legal...
— Você não precisa usar o banheiro? — Aquele seria um lugar mais apropriado para esperar, a menos que ele implicasse com suas cinco prateleiras de coleção de perfumes antigos, o assento fofo do vaso, os baldes de vidros de esmalte e as caixas de sapatos cheias de batons.
— Vou sair fora — anunciou Marcos, passando a mão nos cabelos.
Annie notou que os pêlos dos seus dedos eram dois tons mais escuros que sua cabeleira. Ela o estava perdendo; ou talvez nunca o tivesse ganhado. O que acontecera? Ele a tinha querido depois do seu último encontro. Ela simplesmente presumira que o tinha nas mãos. Ucker sempre dizia a Annie: "Se ele quer você hoje, vai querer amanhã." Talvez Marcos tivesse visto muitos amanhãs. Annie fez uma última manobra. Abrindo os olhos azuis grandes e inocentes, perguntou:
— O que foi Marcos? Não gosta de mim?
— Gosto — disse ele. — Mas não tenho certeza se você gosta de mim.
Ele era mulher?
— Eu gosto de você. Claro que gosto, de verdade.
Ela gostava. Claro que gostava, de verdade. E, mais importante, ele estava ali.
— Ucker me disse que você só queria dormir comigo para não completar um ano inteiro sem sexo.
— Vou matar Ucker agora.
Da mesma maneira que podia sentir olhos em suas costas, Annie sentiu ouvidos no corredor. Ela tinha certeza que cada um dos seus vizinhos estava com um ouvido pressionado contra a porta. Sussurrou para Marcos:
— Podemos conversar sobre isso lá dentro?
Marcos sacudiu a cabeça.
— Você mal me conhece. Além do mais, não está tornando isso muito interessante para mim.
— Será que eu devia correr pelo corredor para você poder me perseguir? — perguntou ela.
Um casal de vizinhos tinha aberto grosseiramente a porta com um estalo. Marcos disse:
— Se você quer sair comigo, ótimo. Mas não vou entrar agora. Me sentiria usado e não respeitaria você de manhã. Não haveria futuro se fizéssemos isso agora.
Ele queria um relacionamento; ela queria sexo. Quantas vezes isso acontecia?
— Ucker não disse a você que estou usando calcinha sem fundo? — indagou ela.
— Falou.
— E?
— Isso não parece muito higiênico.
Ela teve certeza de ter ouvido risadas por toda parte no corredor. Sentindo a primeira pontada de uma dor de cabeça — daquelas bem grandes —, Annie encarou Marcos: alto, bonito, peludo, nervoso, enfraquecido por sua agressão. Evitar a revirginização poderia ser mais difícil do que ela tinha pensado. Difícil mas não impossível. Ela podia fazer uma lista de possibilidades. Tinha de haver dúzias de homens que ficariam excitados para realizar esse servicinho a fim de assegurar a ela saúde cardíaca e colesterol baixo. De fato, fazer uma lista detalhada dos seus candidatos era o que ela faria. Bem agora.
Mas primeiro Annie sorriu com o que costumava ser o seu sorriso doce e irresistível e disse:
- Se é assim que você se sente, então vou dizer boa noite, Marcos. — Ela abriu a porta do apartamento.
— Boa noite, Annie — disse ele.
Enquanto ele andava pelo corredor, ela disse:
— Boa noite, todo mundo.
Suavemente, por trás das portas fechadas, as vozes dos seus vizinhos fizeram um coro:
— Boa noite, Annie.
Autor(a): narynha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 74
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rss Postado em 24/11/2009 - 16:17:22
aaaaaamei o final da web
ficou muito linda pena que só pude elr hoje.
bjss
posta ++++++++++++++++++++ -
rss Postado em 05/11/2009 - 17:10:41
encontor aya, muito lindo, posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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rss Postado em 03/11/2009 - 14:54:32
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaamei a web ta muito linda, essa fiona en?
até garoto de programa pagou pra any se revirginar. -
rss Postado em 02/11/2009 - 11:53:11
coitada da any até com o cara ++++++ galinha o seu plano ñ dar certo. posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++
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rss Postado em 01/11/2009 - 23:52:49
a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
bjssssssssssssss -
rss Postado em 01/11/2009 - 23:50:50
a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
bjssssssssssssss -
rss Postado em 01/11/2009 - 23:47:54
a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
bjssssssssssssss -
rss Postado em 01/11/2009 - 23:47:04
a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
bjssssssssssssss -
rss Postado em 01/11/2009 - 23:46:47
a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
bjssssssssssssss -
rss Postado em 01/11/2009 - 23:46:32
a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
bjssssssssssssss