Fanfic: Sofia - Parte 2
AINDA HOJE!!! SAI O PRIMEIRO CAPITULO!
Kane tinha mais coisas para fazer. Não poderia
perder todo aquele tempo ali, no cerebro de Carla. Ele só precisava de
algumas palavras, algumas, para ter seu plano realizado. Tudo aquilo
iria terminar, e ele estaria finalmente livre, livre para ir e vir.
Kane estava andando em uma rua, escura e vazia.
Já era tarde da noite, de madrugada. Ele tinha algumas coisas para
resolver, coisas pendentes, que não poderiam ter chegado até aquele
ponto. Uma pessoa já tinha descoberto tudo que tinha acontecido, e ele
precisava eliminar, apagar, destruir qualquer vestigio dessa pessoa.
CARLA MALDITA, pensou. Depois dela, tudo fora diferente na vida de Kane.
Ele não era o verdadeiro monstro, e sim, ela.
Kane estava apressado e nervoso. Ser visto
aquela hora da noite na rua era perigoso para ele. Sua imagem estava em
todos os cantos, e uma ligação para o disque denuncia o denunciaria.
Nada podia dar errado. Nada.
Kane sabia muito bem qual era seu verdadeiro
destino, e sabia como chegar lá de qualquer jeito. A rua, estreita e
vazia, tinha algumas lojas e grandes prédios em seus arrredores. Era um
bairro de luxo, um super bairro do Rio de Janeiro.
Enquanto andava, Kane continuava pensando em
tudo aquilo. Em Sofia, em seu real motivo de vingança, em Carla, em tudo
o que ela tinha presenciado. O plano de Kane era um plano de fatalidade
zero, mas a lista de vitimas só aumentava. Claudio, Olavo... Mais
algumas pessoas, apenas.
Ele continuava andando, e chegou a uma grande
avenida, a mais movimentada do Rio. Percebeu então, que estava no bairro
de Ipanema, no Rio.
Kane - O mar. Quantos anos não via o mar. Aqui,
aqui neste exato ponto da cidade foi onde tudo começou, minha vida, meus
mistérios.
Kane estava apreensivo. Um grupo de prostitutas
estavam andando em direção à ele, provavelmente querendo algum emprego.
Tudo aquilo era inesperado, ele não planejara chegar até onde chegou.
Aquilo poderia arruinar seu plano.
Enquanto pensava, Kane andava, sozinho, pelas
ruas, tentando ao maximo esconder o rosto. O seu local de encontro era
proximo, ele já estava chegando lá.
Andreia. Era nela que Kane estava pensando. Seu
apartamento em Ipanema (ou Leblon, era na junção dos dois (?)) era o
alvo. Ela, a alguns meses, teria recebido uma carta de Carla, em que ela
contara, tudo, tudo mesmo que já tinha acontecido com ela para Andreia.
Ela poderia arruinar todo o plano de Kane. AQUELA FILHA DA PUTA, VADIA!
Ela não entenderia, pensou Kane.
Kane chegou ao prédio. O prédio era bem simples,
por fora. Por dentro, era um dos condominios mais luxuosos da região. A
casa de Andreia não era nada modesta, 7 quartos, duplex, com cobertura
(triplex, então). Tudo aquilo estava prestes a acabar. Um conjunto de
bombas tinha sido instalado no prédio, a alguns anos atrás. As mesmas
bombas que destruiram o prédio de Carla, as que deram inicio ao seu
plano de vingança.
Kane tinha um plano muito simples. Iria se afastar o suficiente do prédio, apertar o botão e... Bom, BUM!
Kane estava com pressa, precisava agir logo.
Kane estava se preparando para aquilo havia tempos. Ele sabia que Andreia poderia representar um perigo à seus planos. Ele teria que acrescentar mais uma vitima à sua matança.
Agora, ele já estava parado diante do prédio. Em frente à grande avenida, ele se preparava psicologicamente para aquilo. Não era fácil para ele, sua visão de tudo era a mais drástica, mas matar não era fácil.
Ele decidiu. Tudo será rápido e simples, pensou. Tudo aquilo tem que terminar o mais rápido possivel. Ele fez. O celular apitou. Então, tudo começou.
A explosão era minuciosamente rápida. Aquele tipo de arma era uma arma peculiar. Custava 2 milhões de doláres, dinheiro que Kane tinha de sobra. Tudo aquilo era necessário. A bomba tinha um efeito completamente diferente. Aquela não deixaria rastros, nada. Tudo seria sugado, tudo estaria morto em questões de segundos. Kane tinha esquecido de se proteger. Quando apertou o botão, um ofuscante jato de luz o atacou. Sua roupa foi completamente destruida, enquanto carros e mais carros eram lançados no mar. A cidade tinha ficado sem som, sem voz. Tudo estava em silencio. Até que a luz cessou, e o inferno se instalou. Aquela bomba, instalada na fundação do prédio, começou a agir. Depois do jato de luz branqueada, o efeito devastador tinha sido iniciado.
A explosão desencadeuou uma série de problemas. A bomba, criada para sugar tudo que estiver ao seu alcance para seu interior era mais forte do que Kane pensava, e a onda de choque existia. Tudo foi sugado para o interior, tudo estava sendo destruido, desintegrado pela bomba, chamada de Buraco Negro, pelos cientistas. Fazia sentido. Aquela bomba, uma bomba de antimatéria, aniquilava tudo e qualquer coisa que entrasse em seu interior, liberando uma onda de choque espetacular. De novo, aquilo não tinha saido como Kane esperava.
Kane sentiu a onda de choque. Vinda do centro da terra, a onda liberou uma força destrutiva, que criou rapidamente um terremoto, que se dirigiu a todos os lados do bairro. Embora pequeno, o terremoto era devastador. Para se ter uma noção, toda a areia da Praia de Ipanema fora jogada ao mar, e apenas uma terra avermelhada sobrara no lugar. Kane estava agora caido no chão, embaixo de um carro, o unico lugar onde ele poderia se proteger da onda de choque. O estrago na praia era minimo, comparado ao estrago na cidade. O terremoto atingiu toda a zona sul, e apagou a luz de três bairros proximos. Tudo tnha ficado escuro. O terremoto ainda não tinha cessado, e o que sobrava do prédio e dos outros dois prédios mais proximos estava sendo sugado pela bomba. Kane sabia que, se o pior acontecesse, aqueles destroços, o que a bomba não conseguiu destruir, seriam lançados por todos os lados, matando mais pessoas inocentes. Kane precisava sair dali, Andreia já estava morta, e ele não podia ficar assistindo.
A bomba continuava agindo. A liberação da onda de choque estava se controlando, mas logo mais uma era liberada. Os pulsos destruiram todos os eletrônicos do bairro, até os carros. A onda de choque era liberada em jatos, liberando cada vez mais, criando buracos e rachaduras nos prédios da Zona Sul carioca. As equipes de reportagem estavam chegando, não podiam ver Kane ali. Ele tinha que ir embora. Andreia estava morta, o estrago fora maior do que ele pensava, e a bomba poderia explodir com uma intensidade tão forte, que destruiria toda a Zona Sul. Ele tinha q sair dali, mas a terra continuava tremendo, e jatos de luz forte eram lançados pela bomba, cegando qualquer um que chegasse ali perto. Aquela bomba não era rápida coisa nenhuma, era destrutiva e instavel.
Foi ai que Kane teve uma idéia.
Kane entrara, no momento que a bomba explodira, em um estado de pura loucura. A bomba despertara nele um sentimento, um outro Kane. O kane de 16 anos atrás, que estuprou uma menina e matou por diversão. Nele, havia um ser maligno escondido, que fora despertado naquele exato momento em que a bomba explodiu.
Kane sabia que a atenção do mundo inteiro estaria naquele prédio, naquele exato momento. Cientistas do mundo inteiro detectariam as ondas sismicas, que provavelmente atingiram todos os cantos da cidade do Rio de Janeiro. A zona sul carioca jamais seria a mesma. Naquele momento, emissoras de tv do mundo inteiro noticiavam a explosão. "Bomba não atomica explode em prédio no Rio, resumindo-o puramente a pó." Ou então: Governo Norte Americano explode prédio". Enfim, as emissoras do mundo inteiro estavam centradas no Rio naquele momento. E era isso, exatamente isso que Kane mais desejava. Para ter seu plano completo, ele desejava a atenção do planeta inteiro, que se viraria em solidariedade ao Rio, as vitimas (que eram nada mais nada menos que PÓ neste momento).
O pó. Kane sabia que aquele pó não era apenas poeira, pura e simples poeira. Aquele pó possuia propriedades energéticas. E cientistas do mundo inteiro sabiam disso. O pó se ativaria com qualquer excesso de pressão e calor. E Kane previa, conseguia sentir que aquilo tudo explodiria em milhões de pedaços. Um simples raio conseguiria dizimar com mais da metade da população da Zona sul Carioca. Enfim, seu plano estaria concreto. O plano de Kane nunca fora acabar com a vida de Sofia, nunca fora destruir Carla. E sim, acabar com a cidade que um dia, mudara sua vida para sempre.
Muitos anos se passaram desde o dia em que Kane conhecera Carla. Para ela, ele sempre fora o garoto atraente, bonito, porem, não o cara certo para ela. Mesmo assim, Carla fora contra todos os instintos e se juntou a Kane. Ele estava perdidamente apaixonado por ela. Ela, estudante de psquiatria, logo notara que toda a loucura de Kane se manifestaria um dia. Kane tinha planos, planos certos para Carla, planos para mudar a história do planeta e do Brasil. Ele sabia que o mundo não iria acabar tão cedo. Ele sabia, e planejara todo o seu plano por um motivo tão vulgar, que precisava de todo o processo, desde o estupro até a explosão do prédio de Carla. Na mente insana de Kane, aquele plano era necessário. Vindo de uma familia famosa de historiadores italianos, Kane sempre tivera uma queda pela história, e pelas pessoas que entraram nela. E percebera, que, ao longo de todos esses anos, o Brasil fora construido pela burguesia, pela riqueza da sua aristocracia. Foi construido ao longo de pessoas ignorantes, burras. E ele seria o primeiro, o primeiro brasileiro a entrar para a história fazendo uma coisa boa pelo mundo. Exterminando essa corja brasileira, acabando com o país que se destruiu. Kane tinha um prazer em destruir coisas. Sempre necessitava de atenção. E agora, conseguira toda a atenção do mundo. De todos os historiadores, reporteres, médicos, advogados, garis. Tudo, todos estavam ligados no Rio de Janeiro, para saber os motivos da explosão histórica que ali se instalara naquela tarde. Agora, e agora de verdade, o plano de Kane estava tomando os rumos certos.
Kane estava deitado na areia, rindo. Rindo em um de seus acessos de loucura. Ele lembrava de Carla, presa em sua propria mente, em trajes minimos, satisfazendo suas necessidades. Carla sabia bem, e sabia muito bem todo o plano de Kane, toda sua loucura e sua sede de fazer história. E ele precisava apagar isso, apagar qualquer vestigio de qualquer pessoa que saiba o que Kane fez. Que saiba que Kane fizera aquilo por pura e simples vulgaridade. Ele tinha o plano perfeito. O Brasil era perfeito para ele realizar aquele plano absurdo. O Brasil que fizera tudo aquilo. Para Kane, tudo aquilo fora por causa de Kane.
Helicopteros começaram a parirar o que sobrara do prédio. Um simples boraco gigantesco no chão. Coberto com areia. Pura e simples areia. Agora que o pó se dissipara no ar, se misturara, as equipes de policia, de tv e de saude chegaram ao local da explosão. E a unica coisa que podiam ver era: Pó, rachaduras nos outros prédios, e um buraco de 5 metros no chão, onde antes havia um prédio luxuoso. Calcula-se que mais de 1000 pessoas estavam no prédio naquele momento. Que morreram sem deixar vestigios. Apenas viraram pó. Esse pó energético.
A bomba tinha caracteristicas peculiares. Tinha chances certas de explodir novamente. Quando explodia, além de liberar uma quantidade de energia absurda, liberava tambem uma radiação. Um novo tipo, criado em laboratório, que penetrava no ar e em todo e qualquer residuo similar a areia de praia. OU SEJA, O pó. Essa energia explosiva poderia explodir qualquer coisa e qualquer pessoa se colocada na pressão correta e na temperatura assim por dizer, quente. Essa era uma consequencia boa para Kane. Em uma viagem que fez à russia, fabricante da arma, Kane vira vários testes em humanos da consequencia do pó. Quando essas pessoas colocavam um cigarro na boca e tragavam, seu corpo simplesmente explodia e se desintegrava. Só sobrava sangue, sangue para todos os lados. O sangue sempre tivera uma caracteristica em relação a esse pó. Ele não reagia. Simplesmente continuava lá, como sempre. Porem, a pele, os ossos e os orgãos vitais se desintegravam facilmente.
Enquantos as equipes de reportagem começavam a chegar, uma mulher passava pelos carros. Ela andava rápido e apressada. E tinha um rosto belo, olhos pretos e cabelos loiros. Ela estava tremendo. Estava em uma crise de abstinencia, e precisava de um cigarro naquele momento. Foi então que Kane despertou. Despertou de sua loucura. Loucura essa que se acalmara, por alguns instantes. Ele precisava testar, ver com seus proprios olhos o que estava acontecendo. Então, levantou, levantou da areia e foi até a mulher, com um maço de cigarros na mão.
Kane - Moça, a senhora fuma, não? Pegue um, vejo que a senhorita está precisando
Moça - Ai, muito obrigada mesmo. Gastei todo meu dinheiro em roupas caras. Sou burra, burra, burra. Me desculpe desabafar, senhor. Mas preciso mesmo desse cigarro. Por favor.
Kane sentira um pouco de culpa. Aquela mulher era tão bonita. Não poderia ser desperdiçada daquela maneira. Mas era necessário. Então ele pediu:
Kane - Eu lhe dou o cigarro, mas antes, é para sua saude, respire bem fundo.
Enquanto a moça respirava fundo, Kane pegava o maço de cigarros e entregava a ela. Junto com um isqueiro.
Kane - Fique com tudo, como brinde para se lembrar de mim.
A moça pegou o maço e logo se apressou, tremendo, para pegar um. Ela precisava daqueles cigarros. Precisava desesperadamente deles. Então, ela colocou um na boca e começou a riscar o isqueiro. Ele não pegava, e cada vez que as faiscas eram acionadas, Kane sentia um frio na barriga. A "implosão" daquela mulher iria mudar tudo. Isso, ele queria aquilo. As equipes de reportagem precisavam filmar isso. Então, ele acendeu o cigarro. Algumas tragadas, e alguns segundos se passaram. Então, ela começou a tremer.
Ela tremia tanto, tremia como se um terremoto interno a tivesse atingido. Nesse tempo, flashes de luz saiam de seu peito. Exatemente como ele queria, emuito melhor. Ela começou a correr, correr em direção ao prédio. Tinha perdido a noção. Enloquecido. Começou a bater nos carros. Nesse momento, luzes saiam de todos os orificios visiveis do seu corpo. Flashes, como na explosão. Seus cabelos queimavam, começaram a derreter, como plástico. Ela agonizava de dor. Kane sorria. Ela deitou no chão. Deitou e ficou de braços apertos. E simplesmente mais raios de luz saiam dela. Raios penetrantes, que cortavam os olhos das pessoas, impressionando-as. Uma multidão de reporteres ligaram suas cameras. E a garota agonizava, completamente iluminada. Pessoas diziam que era uma anja. Outras, diziam que era um efeito catastrófico do cancer. Mas kane sabia que aquilo iria acontecer, mais cedo ou mais tarde. Ela deitada no chão, e de uma hora pra outra. Parou de se mexer. Com os olhos parados, fixados em uma das cameras de tv. Parecia que estava possuida. Ela se levantou e andou até a camera. Com os olhos fixados, sem ao menos piscar. E gritou, gritou o mais alto que conseguia. Gritava tão alto que a cidade do Rio inteira conseguira ouvi-la. E quando parou de gritar, sumiu. Uma luz estonteante saiu diretamente da altura do peito. E consumiu tudo. Tudo estava tomado pela luz. Então, só se via pessoas avermelhadas. Sujas com o sangue da garota, que era a unica coisa que sobrara de tudo aquilo. Logo depois, um maço de cigarros, um copo de vidro e alguns litros de sangue cairam no chão. O pó gerava aquilo. Aquilo era o que o mundo precisava ver.
Kane então, fugiu.
Autor(a): luizfernandoassad
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