Fanfics Brasil - Capitulo 5 (PARTE 1) (Christopher) Invisível(adaptada)

Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 5 (PARTE 1) (Christopher)

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bibinha: que bom que ta gostando amore


jessicadulyucker: brigada gatenha que bom que gostou!! postado!!


mariavondy: postado amore!!


gabys_vondys2: daqui a pouco ela descobre!! postado!!




 


Não sei como conseguirei fazer isso. Precisa haver um jeito de sair dessa. Eu poderia fingir que estou muito doente. Poderia fingir que minha mãe está em casa. Poderia começar um pequeno incêndio.
Mas quero fazer isso. Gosto do jeito como conversamos. Gosto do jeito como estou desenvolvendo uma conversa.
Ainda quero saber por que a maldição está brincando comigo.
Mas enquanto isso, eu vou brincar.
— Que tal o parque? — pergunto.
Nada na vida real me preparou para isto. Para o cara a cara. Sim, eu tinha minha mãe e, embora fosse invisível para ela, podíamos conversar todo tempo. Mas uma conversa com uma garota? Era inédito. Em vez disso, eu me dedicara aos livros. E aos programas de televisão. E aos filmes.
Às conversas que ouvia por acaso. Por causa disso, os ritmos e os padrões que todas as outras pessoas acham naturais são estranhos para mim. Esse dar e receber das palavras, essa dança verbal de compartilhar e esconder, confiar e obrigar, é algo no qual posso tentar me incluir. Pratiquei por tanto tempo na minha mente, sem nem mesmo saber que estava praticando. Agora estou buscando as palavras e a maneira de dizê-las. Ela não faz ideia de como essa conversa é surpreendente para mim. Não tem ideia de como é ser um intruso no mundo exterior... e então, de repente, ser convidado a entrar.
Quero continuar dizendo “olá”. Porque tudo parece um “olá”.
No elevador, trocamos ideias sobre o elevador. Ela já teve uma discussão com o Cara Fedorento do sexto andar, mas, milagrosamente, ainda não conheceu Irma, do 2E, que gosta de passear com os gatos três vezes ao dia. Usando coleiras.
No saguão, tento ficar em silêncio para que o porteiro não pense que tem algo errado.
Ele abre a porta para ela, e passo, depressa.
Dulce percebe.
— Acho que você já está familiarizado até demais com minhas costas — diz ela quando saímos. — Tem alguma rixa entre você e o porteiro? Temia que ele fosse te trancar ali dentro?


— Todos eles querem me pegar — digo a ela. — Todos os porteiros de Nova York.
— Por quê?
Por quê? É uma sequência bastante natural, o próximo passo lógico na conversa. Mas fico preso, sem saber a fala seguinte.
— Hã... porque uma vez eu disse uma coisa ruim sobre a mãe de um porteiro?
As palavras saem de modo estranho. É até mais constrangedor ficar com as bochechas ardendo quando sei que elas podem ser vistas. Dulce não se deixa abater.
— Então... há quanto tempo mora aqui? — pergunta ela.
Por sorte, é uma pergunta fácil.
— Toda a minha vida — digo. — No mesmo apartamento. No mesmo prédio. Na mesma cidade.
— Sério?
— Desde que me lembro, e mesmo antes de não me lembrar. Desde o dia em que nasci, na verdade. De onde você é?
— Minnesota.
Adoro a maneira como ela diz isso. Minn-uh-soh-ta.
— Deve ser uma mudança e tanto — observo, gesticulando para os táxis que passam correndo, para a fileira infinita de edifícios, para a barreira de pessoas à nossa volta.
— É.
— Por que vocês partiram? — pergunto.
Ela desvia o olhar.
— É uma longa história.
Tenho certeza de que existe uma versão resumida da longa história, mas não parece certo pedir para ouvi-la.
Ela pergunta:
— Onde você estuda?
Percebo que estão começando a olhar quando ela fala comigo. Porque ninguém mais consegue ver com quem está conversando. E mesmo numa cidade onde é lugar-comum encontrar pessoas falando em celulares microscópicos ou murmurando algum diálogo solitário, ainda é estranho ver alguém conversando com o ar. Aperto o passo.
— Kellogg — digo, inventando o nome de uma escola. Ela é de Minnesota, não vai conhecer todas as escolas particulares de Manhattan. — Fica do outro lado da cidade. Bem pequena. E você?


— Vou para Stuyvesant no outono.
— Ah, a Stuy. Legal.
— Stuy?
— É. É como todo mundo chama.
— Bom saber.
Estamos no parque agora. Há mais gente, e olham para ela. Mas não acho que ela tenha notado. Ou achou que esse simplesmente é o jeito de ser das pessoas da cidade: maleducadas que ficam encarando. Mas essa desatenção não vai durar muito.
Para que isso funcione, vou ter de falar durante a maior parte do tempo. Ao menos agora, enquanto outras pessoas estiverem por perto. Mantenho a voz baixa, assim ela vai se misturar a todas as outras vozes.
— Então, o que você quer saber sobre a cidade? — pergunto, quando começamos a seguir uma das trilhas. — É difícil falar com algum tipo de perspectiva porque nunca morei em nenhum outro lugar. — Na verdade, nunca estive em outro lugar. Mas não digo isso a ela. — Acho que tem uma linguagem um pouco diferente do restante do mundo. Quando se mora em Nova York, não dá pra deixar de saber as coisas que só os nova-iorquinos sabem. A maioria delas tem a ver com se acostumar às coisas. Como o metrô. Na maior parte do mundo, a ideia de que existem centenas de quilômetros de túneis subterrâneos com trilhos eletrificados que correm para a frente e para trás seria ficção científica. Mas aqui é apenas a vida. Todos os dias você desce ali. Você sabe exatamente onde ficar na plataforma. Se faz isso por muito tempo, começa a reconhecer alguns rostos. Mesmo com milhões de pessoas, começa a reunir uma vizinhança ao seu redor. Os nova-iorquinos adoram coisas grandiosas: arranha-céus, liberdade, luzes. Mas também adoram quando podem criar seu próprio mundinho. Quando o cara na loja da esquina sabe qual jornal você lê. Quando o atendente do bar já sabe seu pedido antes mesmo que abra a boca. Quando você começa a reconhecer as pessoas na sua órbita e sabe que, por exemplo, se estiver esperando pelo metrô às 8h15 em ponto, há uma chance de a ruiva com o guarda-chuva vermelho também estar ali. Dulce franze a sobrancelha.
— Conte mais sobre a ruiva com o guarda-chuva vermelho.
Dou de ombros.
— Não sei muita coisa. Ela só tenta estar no metrô às 8h15 em ponto. Provavelmente tem uns 30 anos, ou talvez seja um pouco mais velha. Está sempre lendo revistas: New Yorker, Harper’s, esse tipo. Inteligente.



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Autor(a): leticialsvondy

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Um dia estava chovendo, e ela carregava um guarda-chuva vermelho. Talvez eu o tenha visto apenas uma vez, mas foi marcante, por isso agora sempre a associo ao guarda-chuva vermelho-vivo. Sabe como se faz isso? Como se criam estigmas para pessoas estranhas ou para pessoas que acaba de conhecer? Tipo, ele é o cara com o espaço entre os dentes. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41

    eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!

  • juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58

    Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!

  • juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13

    poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50

    Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45

    desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!

  • juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36

    cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!

  • juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56

    a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!

  • juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36

    o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade

  • juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04

    Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim

  • juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16

    nao se proculpa posta assim que pode gata


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