Fanfics Brasil - Capitulo 7 (PARTE 2) (Christopher) Invisível(adaptada)

Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 7 (PARTE 2) (Christopher)

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— Não pode ser!
— Pode.
— Não é um ator que minha irmã contratou para representar o namorado imaginário?
— Se for, estou me divertindo muito com os ensaios.
— Eca!
— E, por falar nisso, você sabe que dia é hoje?
— Dia do sorvete de graça?
— Quase. Vamos começar com um dia da semana.
— Se não me engano, é quarta.
— Correto! E o que acontece na quarta?
— Hum... é o dia que vem depois da terça?
— Não. É o dia em que saem os gibis novos.
— Fascinante ver aonde quer chegar.
— Não sou eu que vai a algum lugar. É você. Vai até a Midtwon Comics comprar um exemplar da edição especial de Fugitivos lançada hoje. Sua irmã quer um.
— E o que ganho com isso, exatamente?
— Sean, Christian. Você ganha Sean. Toda quarta, às 16h, ele vai até lá.
Ele faz uma pausa.
— O que minha irmã te contou?
— Estou supondo que ela não é a única com um namorado imaginário, Christian. Torne isso real. Se quiser, claro.
— Obrigado, meu novo conselheiro espiritual. Vou levar isso em consideração.
— Apenas faça isso antes das 16h, está bem? E falei sério sobre trazer o gibi de Fugitivos para sua irmã.
— Muito bem, capitão.
Dulce e Christian conversam mais um pouco. Mesmo antes de desligar, ela me olha como se eu tivesse feito alguma coisa muito, muito boa.
— Tem certeza de que Sean vai, hum, retribuir o sentimento? — pergunta ela assim que finaliza a ligação. Dou de ombros.
— Não. Mas só vai doer até ele tentar. E se Sean não estiver a fim dele, tenho certeza de que vai ser gentil em relação a isso. (Não conto a ela sobre a vez em que vi Sean no corredor tentando desesperadamente obter uma conexão wi-fi para poder continuar a conversar com um garoto de Dallas.)
— Bom, acho que já ganhou meu irmão — diz Dulce.


— E você? Já ganhei você?
Ela dá risada.
— Ah, não sou tão fácil quanto meu irmão.
Sei que não posso continuar assim. Sei que esta felicidade foi construída sobre uma base pouco sólida, e que, a qualquer momento, o vento pode surgir.
Mas estou me divertindo. E eu a divirto. O que torna fácil esquecer.
Dulce volta ao seu apartamento para o jantar. Ela me convida, mas digo que não posso ir. E ela não faz muitas perguntas, simplesmente me dá um beijo de despedida.
Duas horas depois, estou sentando no sofá verde-limão lendo o exemplar de Retalhos que ela me emprestou quando ouço um barulho na porta.
No início, não compreendo. Não é uma batida. Nem uma entrega... É uma chave na porta. Largo a revista. Fico de pé. A chave gira na fechadura. A porta se abre. E meu pai entra. Está mais velho.
A última vez que o vi foi há um ano, mas era o funeral da minha mãe e eu não estava prestando muita atenção. Agora, no entanto, eu o vejo. Seu cabelo está todo grisalho. Ainda é alto, ainda é forte... mas está abatido. Usa óculos diferentes. Finos e prateados.
— Christopher! — chama.
Estou bem aqui, quero dizer. Em vez disso, fico parado ali, observando-o. Ele olha em volta do apartamento. Fecha a porta. Põe a valise no chão — é uma valise, não uma mala, por isso sei que não planeja ficar.
É como uma versão adulta do jogo que sempre jogávamos antes de ele ir embora: esconder e não procurar. Sempre sou o garoto que se esconde. Ele sempre é o pai que não procura. Estou bem aqui. Ele chama meu nome de novo. Reveza o peso do corpo entre os pés. Está começando a entender.
— Christopher — diz em voz mais baixa agora. Sabe que estou no cômodo.


— Oi, pai.
Rápido demais. Não é o suficiente para ele. Ele se vira em minha direção, mas erra por uns poucos passos.
— Como vai? — pergunta para o espaço vazio.
Não consigo evitar; me afasto ainda mais para que ele se sinta mais tolo ainda.
— Estou bem — respondo.
A cabeça vira para outro local. Continuo me deslocando. Não é um jogo engraçado para nenhum dos dois.
— Por que você está aqui? — pergunto.
— Recebi seu e-mail — diz ele. — Sobre a garota. E percebi que faz muito tempo...
— Desde que você me viu?
— Desde que estive aqui.
— Você não esteve aqui desde que ela morreu.
Ele assente.
— Você tem razão.
Parei de me deslocar, e ele está de frente para mim agora. Parte de mim quer trucidá-lo — perguntar se ele acredita se é aceitável deixar um adolescente sozinho durante um ano após a morte da mãe. Mas a outra parte de mim continua a se lembrar. Ele assina os cheques. Se parasse de me dar dinheiro, eu estaria na rua. E não é como se eu quisesse tê-lo por aqui. Sou mais feliz sozinho.
Além disso, de certa forma, sinto pena dele. Durante toda a minha infância e
adolescência, um dos grandes temas na minha mente seria: qual dos seus pais você é? O que queria dizer: se você tivesse, digamos, um filho invisível, o que faria? Seria o cara que foge ou o que fica? Minha resposta jamais foi muito consistente. Em determinados dias, certamente eu seria minha mãe. A responsável. Aquela que sentia o vínculo intensamente.
Aquela que construiu o ninho. Em outros dias, em especial conforme eu crescia, pensava: você está se enganando. Você quer ser sua mãe. Mas, na verdade, você é seu pai. Se estivesse nessa situação, iria embora num segundo.
Seria cruel fazer isso, mas não estou acima da crueldade. Basta me ver agora ao perguntar ao meu pai: “como está a nova família? Todos os meus meios-irmãos e meiasirmãs são meio-visíveis?”
Minha mãe diria: está magoando apenas a si mesmo quando fala desse jeito.
Mas ela não está mais aqui.
— Você não tem nenhum meio-irmão. Apenas duas irmãs. Margaret e Lyla. Elas estão bem, obrigado. São lindas.


— Então acho que consegue vê-las.
— Christopher. — Agora ele está ficando meio nervoso. — Vim até aqui para ajudá-lo. Mas se você vai assumir essa atitude, posso simplesmente entrar no próximo avião de volta à Califórnia.
— Atitude? O quê, tem alguma coisa na minha expressão que está te incomodando?
— Nas últimas oito horas, viajei de avião e de táxi. Vou tomar um banho, beber alguma coisa, depois volto aqui para conversarmos. Quando retornar, espero que você esteja disposto a isso.
— Você lembra onde fica o banheiro? — pergunto. Ele sai sem dizer uma única palavra.
                                                       --
Volto a me sentar no sofá. Tento ler Retalhos. Tento me perder nas palavras e nos desenhos, mas fico tão distraído que mal consigo me concentrar para virar as páginas. Sei o que meu pai vai fazer. Quando voltar, vai fingir que a conversa anterior jamais aconteceu. Nesse ponto, ele nunca decepciona.
— Então — diz ele, com a manga da camisa enrolada e um ginger ale na mão —, me fale sobre a garota.
— O nome dela é Dulce. Mora a duas portas daqui; mudou-se para o antigo apartamento de Sukie Maxwell. Se é que você se lembra dela no funeral. — Não há resposta. — Apenas esbarrei nela no corredor um dia e... bem, ela me viu.
— Você tem certeza?
— Sim. Passamos muito tempo juntos nas últimas semanas. Tenho certeza de que ela me vê. Ele senta-se ao meu lado no sofá.
— Sabe, Christopher, é natural querer estar com outra pessoa. E talvez você tenha ficado sozinho por tempo demais. Isso explicaria o que está acontecendo.
— O que quer dizer com isso?
— Você sai com essa garota? Vai ao cinema?
— Ao parque. Mas na maior parte das vezes ficamos por aqui.
— E ela conversa com você?
— O tempo todo.
Ele balança a cabeça com um ar triste. Fico quase surpreso ao descobrir uma nova camada na minha decepção com ele.



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Autor(a): leticialsvondy

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— Não acredita em mim, não é? — falei.— Quero acreditar, Christopher. Mas precisa entender... ninguém é capaz de enxergar você.— Foi isso que pensei! Mas ela é. Ela me vê.— E as outras pessoas o veem? Quando você vai ao parque?— Não! Mas ainda funciona. — Percebo que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41

    eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!

  • juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58

    Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!

  • juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13

    poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50

    Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45

    desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!

  • juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36

    cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!

  • juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56

    a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!

  • juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36

    o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade

  • juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04

    Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim

  • juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16

    nao se proculpa posta assim que pode gata


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