Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy
— Qual é o passo dois? — pergunto.
— Se você tiver sorte... ou, na mente dele, se ele tiver sorte, vocês podem se pegar loucamente... e provavelmente chutar direto para o gol. A não ser que já tenham entrado com bola e tudo lá no parque. — Ele sorri.
— Christian! — Empurro uma almofada no seu rosto.
— Só estou tentando incentivar. — Ele ainda está rindo. — Sei o quanto consegue ser teimosa em admitir que fez alguma coisa errada.
Minhas bochechas estão ardendo, mas agradeço por não sentir mais nem frio nem enjoo.
— Vá até lá — diz Christian.
— E se ele não estiver em casa? — Sei que parece bobagem, mas a raiva já passou e deixou apenas a vergonha e o medo renovado da rejeição. Se eu não estava prestes a levar um pé na bunda hoje de manhã, posso ter resolvido a questão com o chilique que acabei de dar.
Christian me oferece um olhar demorado.
— Se ele não estiver em casa, volte, tome um banho e se transforme na “Dulce atraente e animada” em vez de continuar com esta aparência de “Dulce zumbi”.
Tudo que desejo agora é tomar um banho.
— Estou brincando — diz ele ao notar a ansiedade percorrer meu rosto. — Você fica fofa de pijama. E provavelmente vai ajudar com aquela história toda de pegação que mencionei. Vá até lá. Fale com ele.
— E depois o quê?
— Será que mamãe não teve aquela conversa com você? — pergunta Christian. — Não entende o princípio da pegação? Oh-oh... Não sabe o que é entrar com bola e tudo?
— Você não deveria estar me ajudando? — Dou uma risada, grata por ele estar me provocando, mesmo que eu fique vermelha da cabeça aos pés.
— Estou ajudando — diz ele. E está mesmo. — Depois de dar uns amassos, você conversa com ele, descobre o que ele sabe sobre todo esse problema de ser invisível, e então, juntos, decidem qual é o próximo passo.
— Qual é o próximo passo? — pergunto.
— Não sei — responde Christian. — E imagino que ele também não saiba. É a primeira vez pra todos os envolvidos, e as soluções vão precisar de colaboração, acho.
— Certo — respondo, e me ocupo com os nós do meu cabelo.
— Vou esperar aqui, caso as coisas deem errado — diz ele. — Se for preciso, vou comprar sorvete para você.
— Não — retruco, dispensando a armadura de raiva e tentando encontrar um pouco de determinação para colocar em seu lugar. — Vá para a escola. Vou ficar bem.
— Tem certeza? — pergunta Christian. — Vou ficar preocupado com você.
— Não quero que fique sentado aqui enquanto Christopher entra com bola e tudo — digo, tanto para manter a confiança quanto para implicar com meu irmão.
— Detalhes demais! Detalhes demais! — Christian dá gritinhos e corre para fora da sala.
— Foi você quem começou! — grito atrás dele.
Ele espia de um canto e sorri.
— Muito bem. Vou para a escola e, se pegar o metrô certo, talvez até chegue na hora.
— Certo. — Dou um sorriso, mas estou começando a perder a coragem.
Ele ergue o celular.
— Vai ficar ligado o tempo todo. Se precisar de mim, venho na mesma hora.
— Obrigada — digo.
Quando Christian volta para a sala de estar, ele me abraça.
— Seja sincera e não finja que não está verdadeira, louca e profundamente apaixonada por esse cara. Se negar, vai ter problemas.
Espero Laurie ir embora e me arrasto pelo corredor até o apartamento de Christopher. Eu me sinto ridícula de pijama, mas sei que adiar isso apenas vai me empurrar ao longo da estrada para uma residência permanente na Covardelândia. Christian tem razão. Sou teimosa e poderia facilmente alimentar o rancor que me impede de voltar a falar com Christopher.
Meu estômago está apertado quando bato à porta. Sem resposta. Fico revezando o peso do corpo entre os pés, conto até dez e bato de novo.
Muito baixo, atrás da porta, ouço uma voz.
— Dulce?
— Sim — respondo. Meu coração foi parar na boca.
A porta se abre. Ele está parado ali. Visível. Não sei o que dizer. Olho para ele e penso como é injusto que um rosto tão lindo fique oculto do restante do mundo. Christian está certo. Ele é visível para mim. Apenas para mim. Isso deve significar alguma coisa. Tudo que quero fazer é tocá-lo e dizer como é maravilhoso vê-lo. E que prometo nunca ficar indiferente à minha capacidade de enxergá-lo. Estico a mão. Meus dedos tremem. Ele olha para mim por um instante antes de tomar minha mão nas suas.
Autor(a): leticialsvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 31
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juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41
eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!
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juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58
Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!
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juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13
poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50
Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45
desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!
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juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36
cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!
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juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56
a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!
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juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36
o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade
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juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04
Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim
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juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16
nao se proculpa posta assim que pode gata