Fanfics Brasil - Capitulo 11 (PARTE 3) (Christopher) Invisível(adaptada)

Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 11 (PARTE 3) (Christopher)

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— Não. Você foi a melhor coisa. Mesmo que tenha... nascido do jeito que nasceu. Ela o amava incondicionalmente.
— Mas o que aconteceu com o pai dela? — pergunta Christian. — Tipo, obviamente a maldição foi quebrada e ela foi embora, não é?
— Sim. Vou chegar lá. De algum modo, ela conseguiu frequentar o colégio. Não tinha muitos amigos; sempre havia locais aos quais eles queriam ir e que ela não podia, e ela ficava com medo de levar algum deles para casa e o pai aparecer. Sua mãe começou a ficar obcecada com a fonte dos conjuros... Tentou acompanhar o pai, para ver se ele se encontrava com outros conjuradores, mas aparentemente ele nunca fazia isso. Ela revirou a casa quando ele não estava lá, procurou livros, diários ou qualquer outra anotação sobre como os conjuros funcionavam. Mas não havia nada, uma única palavra. Ela não fazia ideia de como funcionava. Apenas que a mantinha presa. “Sem contar ao pai, ela começou a trabalhar depois da escola para economizar dinheiro. Quando estava no último ano, se inscreveu em faculdades e foi aprovada em algumas. Conversou com o pai sobre o assunto, e ele disse que de modo algum: ela nunca iria abandoná-lo. “Desesperada, recorreu ao que chamou de brincar de maldição, que é submeter-se totalmente a ela e assumi-la até o exagero. Se ele não ia permitir que fosse embora, ela também não ia permitir que ele fosse. Então não saiu do lado dele. Seguia-o a toda parte. Ele gritava com ela, e ela gritava de volta. Ele a empurrava, e ela o empurrava de volta. Pela primeira vez, começou a ver fraqueza do lado dele. Ele não sabia o que fazer. E não podia lançar outro feitiço sem negar o primeiro. “Ele tentou prometer coisas a ela. Disse que ela nascera para ser uma conjuradora também. Que a ensinaria. Que ela não precisava frequentar a faculdade, que tinha outra vocação mais importante. Mas ela não cedia. Parou de falar com ele. Mas ainda estava ali, onde quer que ele olhasse. Mas não dizia uma palavra nem manifestava apreço por ele. Isso o enlouquecia. Ela não o deixava. E brincava de maldição com mais vontade. Finalmente, ele cedeu.”
Meu pai inspira fundo. Ainda estou prendendo a respiração.
— Não sei exatamente o que aconteceu. Não sei o que levou à briga que deu fim a tudo. Sua mãe nunca me contou; dizia que não era importante, que foi o acúmulo de coisas que causou a ruptura, nada em particular. Toda raiva, todo ressentimento cresceram cada vez mais, e seu avô não tinha outro meio de liberá-la a não ser com outra maldição. Uma maldição muito cruel.
“Sua mãe queria a liberdade. Ele disse que, tudo bem, ela finalmente poderia ter a liberdade. Mas veio com um preço. Ela não poderia vê-lo mais, bem como qualquer pessoa que amasse. Ele ficaria invisível para ela pelo tempo que vivesse. Não haveria volta. E, assim como ele ficaria invisível para ela, os filhos dela também seriam invisíveis; não apenas para ela, mas para todas as pessoas. A maldição antiga tinha acabado. Esta era a nova.”


— Por que ele simplesmente não fez com que ela ficasse invisível? — pergunta Christian.
— Primeiro, não tenho certeza se os conjuros funcionam desse jeito — retruca meu pai.
— Mas, em segundo lugar, e mais importante, ele sabia o que estava fazendo. Sabia que seria muito mais difícil observar o sofrimento dos filhos por causa de suas atitudes do que se ela mesma sofresse. E assim foi. Isso me afeta. Fiquei ouvindo. Foi uma história. Tenho sido um observador: observo a dor do meu pai conforme ele me conta, observo a curiosidade de Christian, o silêncio de Dulce. Mas agora sinto como se toda a minha vida tivesse sido reescrita, e a dor é como se todos os meus ossos tivessem sido rearranjados. Não estou pensando em mim. Estou pensando em minha mãe. Agora meu pai não consegue mais parar:
— Ela fugiu. Foi embora e nunca mais voltou a ver o pai. Era capaz de sentir sua presença, sabia que ele falava sério sobre a maldição, mas não queria permanecer por mais tempo. O que mais importava era sair dali. E seguir em frente. Somente teve certeza de que aquilo havia acabado quando seu corpo permitiu que fosse embora. Ela não parou de andar. Tentou apagar o rastro da melhor forma possível, pois não queria que ele mudasse de ideia e a seguisse. Que a quisesse de volta. Ela sabia. Assim que ele estivesse verdadeiramente sozinho, ia querer que ela voltasse. Mas então já teria ido embora há muito tempo. “Acho que ele realmente acreditava que desaparecer da vida dela seria um castigo, que ela lamentaria a partida. Mas, claro, não lamentou. Foi para a faculdade e obteve bolsas e empréstimos suficientes para concluí-la. Dizia que os pais estavam mortos, e ninguém questionava. Tinha o atestado de óbito da mãe e alegava que o pai nunca participara de sua vida. Abandonou o passado. Depois da faculdade, nós dois nos conhecemos em uma festa. Estávamos contentes. Ela não me contou nada disso; eu a conheci sem saber sobre o passado. Somente depois que nos casamos, que começamos a conversar sobre ter filhos, foi que me contou. “Não acreditei nela. Como poderia? Tinha certeza, pelo que ela dissera, que o pai tinha algum problema sério. Mas maldições? Invisibilidade? Como eu poderia acreditar nisso? Ela parou de falar no assunto. Decidiu, por algum tempo, me amar de qualquer forma. Aí resolveu arriscar, ter um filho. E engravidou. Sem me contar, encontrou uma parteira que acreditou nela. O parto foi feito em casa. E Deus... Simplesmente não posso recordar aquela noite. Eu duvidei de tudo, e então lá estava você. Mas não estava. E descobri, no final de contas, que sua mãe não havia mentido.”


Ele vai até o sofá. E pela posição da mão de Dulce consegue perceber onde estou.
— Christopher — diz ele. — Olhe para mim.
Eu olho. Olho bem nos seus olhos.
— Sua mãe o amava. Desde antes de você nascer, incondicionalmente, sua mãe o amava. Sentia-se culpada pelo que causara a você, mas jamais o amou menos. Na verdade, o amava mais ainda por você ter de suportar o fardo da maldição. Eu tentei dizer a ela... tentei, de verdade... que o fato de você ser inocente não a tornava culpada. Havia dias em que ela acreditava nisso. Em outros, não. Mas sempre amou você.
— Eu sei disso — retruco. — Você não precisa me dizer isso.
Mas talvez tenha. Talvez eu me sinta mais terrível agora do que jamais me senti. Talvez eles tivessem razão em não me contar. Talvez isso apenas piorasse as coisas. Estou pensando, dentre todas as coisas, sobre o tratamento silencioso. Às vezes, eu usava com minha mãe o mesmo tratamento silencioso que ela aparentemente usava com o pai. Não era frequente. Mas algumas vezes, quando eu era bem pequeno e estava com raiva de verdade, simplesmente parava de falar com ela. Ela não conseguia me ver e então também não podia me ouvir. Isso sempre a incomodava, e agora esse incômodo ganha outra dimensão. Cinco anos depois, dez anos depois, lamento profundamente. Compreendo que eu não teria como saber e que minha mãe tinha noção de que eu não sabia. Mas ainda assim. A dor que causei a ela. Não apenas em minha própria existência, mas todas as vezes em que entendi errado. Sei que ela me amava. Mas também sei que seu amor dava trabalho. Muito, muito trabalho. Ela me dissera que todos os meus avós estavam mortos. Em vez de inventar novos avós para mim, simplesmente evitava tocar no assunto.
— Você está bem?
É Dulce quem me pergunta isso, não meu pai. Mas todos aguardam a resposta.
— Não sei o que sou — digo a ela. — Não tenho ideia.
Meu pai se afasta e se vira novamente para mim. Ele quer concluir a história:
— Nós tentamos encontrá-lo — diz ele. — Depois que você nasceu. Ela voltou ao local onde o havia deixado, mas ele se fora havia muito tempo. Também não deixou rastro. Contratamos detetives. Diziam que era como se ele nunca tivesse existido. Então ela tentou rastrear outros conjuradores para saber se havia algum tipo de antídoto, algum modo de acabar com isso. Mas nunca encontramos outro. Somente esquisitões na internet, incluindo um ou dois dispostos a nos acompanhar durante meses, até anos. Nada funcionou. Seu avô era a chave, e nós o havíamos perdido.


— Então você acha que é isso? — pergunto. — É disso que precisamos para quebrar a maldição?
— Sim — diz meu pai. — Para quebrar a maldição, você deve encontrar um homem que não existe.



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Autor(a): leticialsvondy

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Desculpa a demora pra postar gatenhas, mas minha net neste final de semana estava uma m**** e não consegui postar. Então mil perdões gatenhas. E pra compensar vou ver se amanhã faço uma marotona de 6 capitulos (como os capitulos são divididos em 3 partes, então 18 posts). Beijos gatenhas!!!   Quando eu tinha 12 anos e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41

    eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!

  • juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58

    Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!

  • juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13

    poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50

    Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45

    desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!

  • juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36

    cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!

  • juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56

    a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!

  • juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36

    o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade

  • juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04

    Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim

  • juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16

    nao se proculpa posta assim que pode gata


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