Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy
Desculpa a demora pra postar gatenhas, mas minha net neste final de semana estava uma m**** e não consegui postar. Então mil perdões gatenhas. E pra compensar vou ver se amanhã faço uma marotona de 6 capitulos (como os capitulos são divididos em 3 partes, então 18 posts). Beijos gatenhas!!!
Quando eu tinha 12 anos e minha família ainda não havia se desintegrado, fizemos nossa peregrinação anual à Feira Estadual de Minnesota. Christian apostou que eu poderia tolerar três voltas seguidas na Xícara Maluca. Embora minha mãe tentasse me convencer de que não havia honra em regurgitar leite talhado, eu não conseguia ignorar o desafio que meu irmão caçula lançara aos meus pés. Eu fui. Não vomitei, mas o mundo pareceu continuar rodando por mais uma hora, no mínimo.
É assim que me sinto agora: meio fora de órbita, incapaz de impedir que o chão se mova debaixo dos meus pés.
Ninguém fala. O pai de Christopher pigarreia, se levanta e vai embora. Nenhum de nós tenta impedi-lo.
— Uau — diz Christian, sem suportar mais o peso do silêncio. — Ok... uau.
Christopher baixa a cabeça nas mãos e deixa escapar um suspiro trêmulo. Os olhos de Christian encontram os meus, e percebo que ele nota o que está acontecendo com Christopher, a angústia dolorosa, porque também está escrita no meu rosto.
— Não — diz Christian. — Não surte.
Christopher ainda não falou. Passo os braços à sua volta e apoio meu queixo em seu ombro. Christian se levanta e caminha diante do sofá.
— Vamos dar um jeito nisso.
Christopher ergue os olhos, as mãos em punho.
— Como? Que jeito há? Sou invisível porque meu avô era mau. É isso. Sou a semente do mal.
— Você não é a semente do mal — retruco, embora meu estômago dê um nó.
— Um conjurador? — diz Christopher. — Meu legado é lançar feitiços cruéis e malvados nas pessoas, e você está tentando dizer que isso não é ruim?! Que, de algum modo, não sou essencialmente mau?!
Ele balança a cabeça, e seu rosto assume uma palidez que me faz estremecer.
— Mas você não é mau — digo. — Nem sua mãe era. Ela rejeitou o legado.
— E veja aonde isso a levou. — Christopher se afasta de mim, levanta e caminha até a janela, fitando o horizonte. — É isso que sou. Sou invisível.
— Não, não, não — diz Christian. Ele caminha até a janela, e fico feliz por ele não esbarrar em Christopher. Também me emociona o fato de ele querer ficar perto de alguém que não consegue enxergar. Ele está se esforçando muito. Christian abana a mão como se tentando espantar um cheiro ruim.
— Não vamos fazer isso. Nada de choramingar, nada de se afogar no desespero. Quem vota em carma?
— Carma? — pergunto.
— Sei que dizem que “nenhuma boa ação passa impune”, mas é bobagem. A mãe de Christopher fez algo maravilhoso. E acho que isso significa alguma coisa.
— Significa que ela morreu ainda de castigo pelo fato de o pai ser um desgraçado do mal — diz Christopher.
— E isso é uma droga, sem dúvida — diz Christian. — Mas não é o fim da história. É o começo... talvez o meio.
Christian estica a mão, hesitante, e eu prendo a respiração. O movimento acerta o olho de Christopher, e vejo-o retrair. Mas Christian consegue tocar o braço dele de leve. Quando sente os músculos tensos sob os dedos, sobe a mão para apertar o ombro de Christopher.
— Você é a história agora — diz ele. — É você quem decide como isso vai acabar. Eu me levanto e vou até a janela. Christopher me observa pegar sua mão e depois a de Christian. Ficamos parados num círculo, um de frente para o outro. Christian sorri.
— Sua missão, caso decida aceitá-la...
Finalmente, Christopher abre um sorriso.
— Ótimo. Encontrar um homem invisível é o mais impossível que se pode conseguir.
— Mas eu encontrei você — digo.
Christopher aperta meus dedos.
— E eu tenho uma ideia — diz Christian. — Já volto.
Christian pisca para mim, dispara pelo corredor e fecha a porta do apartamento com força ao passar.
— Por que isso me deixa nervoso? — pergunta Christopher.
— Porque embora o entusiasmo de Christian possa ser contagioso, coisas contagiosas podem ser bem nojentas.
Christopher me puxa para seus braços. Ficamos parados ali, calados. Consigo vê-lo. Consigo sentir o tórax subindo e descendo. A humilhação e a angústia estão diminuindo em meu peito, quente e volátil como um caldeirão borbulhante. Como alguém poderia lançar uma maldição na própria filha? Ou num bebê? Stephen foi roubado deste mundo antes que pudesse respirar pela primeira vez. Foi um milagre ter sobrevivido. Talvez Christian tivesse chegado à única verdade à qual nós poderíamos nos agarrar como a um bote salva-vidas: a história não terminara. Por mais incrível que fosse, Christopher abrira caminho até o mundo que não sabia que ele existia. Indo contra todas as probabilidades, eu me mudara para um prédio muito longe do lar que conhecia, a única garota que consegue enxergar o vizinho invisível.
Quero estar no controle da minha vida. Mas não posso negar as circunstâncias improváveis que me aproximaram de Christopher. E agora que estou aqui, que o tenho, quero acreditar que coisas impossíveis são possíveis. Estou preparada para os milagres.
— Em que você está pensando? — pergunta Christopher.
— Em salvar você — digo. Ele se abaixa e encosta o rosto no meu pescoço. Percebo que está murmurando alguma coisa. Esforço-me para ouvir.
— Eu te amo — repete ele.
Meus dedos cravam nos ombros dele.
— Voltei! — Christian bate a porta.
Deve ter ficado bem estranho: eu parada ali, abraçada a um garoto invisível que eu amo e pelo qual temo e do qual tenho medo às vezes. Nós nos soltamos, mas ficamos próximos, de modo que nossos corpos continuassem se tocando ao virarmos para olhar Christian.
— Não fiquem bravos — diz ele.
— O que você fez? — pergunto.
— Eu tinha de dar um telefonema — diz Christian. — A gente precisava de um pouco mais de ajuda.
— Para quem você ligou? — Christopher dá um passo à frente e semicerra os olhos. Christian fica vermelho.
— Sean.
— O quê? — Christopher se retesa, paralisado no lugar enquanto olha para Christian.
— Christian! — Corro pela sala. — Você não se aproveita de uma crise para impressionar seu peguete. Que diabos foi isso?!
Christian revira os olhos.
— Pode parar de dar ataque, Maria. Você fica coberta de manchas quando está zangada. Não é nada atraente.
A voz de Christopher soa baixa e perigosa.
— Por que chamou Sean, Christian?
— Não fique irritado — diz Christian. — Não contei nada. Juro. Só preciso perguntar uma coisa a ele.
Autor(a): leticialsvondy
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— O quê? — Christopher anda em nossa direção.— Eu me lembrei de uma coisa que ele disse quando nos conhecemos. — As bochechas ruborizadas do meu irmão combinam com o brilho nos olhos. O que quer que fosse, está realmente animado. — Eu estava tentando fazer amizade com ele e apenas sabia que gostav ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 31
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juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41
eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!
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juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58
Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!
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juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13
poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50
Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45
desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!
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juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36
cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!
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juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56
a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!
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juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36
o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade
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juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04
Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim
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juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16
nao se proculpa posta assim que pode gata