Fanfics Brasil - Capitulo 14 (PARTE 1) (Dulce) Invisível(adaptada)

Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 14 (PARTE 1) (Dulce)

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gabys_vondys2: Tadinho msm!! Postadoo!!


bibinha: tbm fiquei com pena dele :/




 


Deito nos braços de Christopher e fico entrelaçando e soltando meus dedos aos dele. Acho que estou aqui há uma hora, duas, talvez. Voltei ao seu apartamento no momento em que ouvi minha mãe sair para o trabalho. Quando Christopher atendeu à batida na porta, não dissemos nada. Ele pegou minha mão e me levou até o sofá onde estivemos abraçados desde então.
O tempo parece sem sentido; um indicador arbitrário em um mundo cheio de possibilidades e problemas com os quais jamais havia sonhado até hoje.
Não estamos conversando, mas a ausência de palavras supérfluas incapazes de abranger tudo que vimos e ouvimos nos últimos dias é reconfortante. O fato de os olhos dele encontrarem os meus ajuda a aliviar meu cérebro confuso. Suas mãos traçam as formas do meu corpo, e os lábios nos meus são capazes de me fazer esquecer de tudo que eu acabara de aprender a temer. Pelo menos por enquanto.
Mesmo assim, começo a ficar agitada. A breve onda de calma oferecida pelo toque de Christopher dá lugar à outra torrente de perguntas sobre quem sou. Percebo, um pouco envergonhada, que até agora pensei que tudo isso fosse a respeito de Christopher. A invisibilidade dele. O problema dele. A maldição dele. A família dele. Meu envolvimento era um mero acidente. Mas, no fim das contas, a confusão toda também tem a ver comigo. Não sei por onde começar. Não sei mais quem sou.
— Está tudo bem? — pergunta Christopher.
— Está — respondo, mas soa tão pouco convincente quanto acho que soa.
Christopher não tenta me impedir quando me sento bem ereta.
— Você precisa ficar sozinha de novo.
Sorrio, grata por ele decifrar meu estado de espírito com tanta facilidade.
— Desculpe.
— Tudo bem. — Ele afasta o cabelo dos olhos. Cabelos escuros que apenas eu posso ver. Estico a mão para tocá-lo. E me pergunto por que eu. E me pergunto por que ele é visível apenas para meus olhos. Nem outra pessoa igual a mim consegue vê-lo... outra rastreadora... Ainda é tão estranho que haja uma nova categoria na qual eu me encaixe. Antes, eu era Dulce... Ma... filha... irmã... futura escritora/artista. Agora isso. Deixo a mão cair antes de meus dedos tocarem os cabelos de Chridtopher, o impulso desviado por um frenesi renovado de pensamentos.


— É muita coisa para processar — diz ele, e me observa enquanto mudo de posição.
— É — digo mais uma vez. Ótimo. Minha nova identidade me transformou em uma narcisista obsessiva. Não consigo parar de pensar em quem sou e no que isso significa, mas Christopher ainda está invisível. Ainda é amaldiçoado.
— Sinceramente, preciso dormir mais um pouco — diz ele; o cansaço nos olhos me mostra que andou passando noites em claro como eu.
Concordo com a cabeça e tento sorrir em função do carinho dele, mas continuo
distraída.
— Sabe onde me encontrar. — Ele já estava saindo da sala, e me ocorre que não sou a única distraída. Nossos dois mundos foram abalados. Ele precisa de tanto tempo para classificar todas as camadas de família, magia e tradição quanto eu. Tivemos nosso momento para ficar abraçados. Para simplesmente ser. Mas agora estamos nos separando por necessidades divergentes. Precisamos descobrir quais são nossas histórias.
Conseguiremos fazer algumas coisas juntos. Outras nos farão ficar sozinhos.
No instante em que ele se vai, lamento por ter falado que precisava ficar sozinha por um tempo. Parece que meu estômago está oco, do mesmo jeito que fica quando acordo de um pesadelo e me lembro que sou velha demais para chamar minha mãe. Volto para meu apartamento e, tal como Christopher, vou direto para o quarto. Não vejo Christian, mas quando caminho pelo corredor, eu o escuto falando ao telefone. Chego a pensar em bisbilhotar para ter certeza de que ele não resolveu compartilhar o resultado de nossa cruzada com Sean. Mas simplesmente estou cansada demais para me arriscar em algum tipo de discussão, por isso passo direto pela porta e vou até meu quarto. Acho que vou voltar para a cama, assim como Christopher dissera que planejava fazer. Mas, uns minutos depois de me jogar no colchão, percebo que o sono não é uma opção.
Minha mente não para. O barulho na minha cabeça é igual ao rufar incessante de tambores, mas a batida dos címbalos nunca vem. É enlouquecedor.
Viro de lado e retiro o material de arte de debaixo da cama. Em caso de dúvida: desenhe. O desenho livre não é uma opção. Preciso de alguma coisa que me absorva completamente, por isso decido me jogar na história na qual venho trabalhando. É o que espero um dia mandar para a Vertigo ou a Dark Horse a fim de me tornar conhecida no universo dos HQs e gibis.
Ao folhear os desenhos — alguns completos, com pintura e diálogos, outros apenas esboços de cenas —, minhas mãos ficam mais lentas. Andei os chamando de Prisioneiros das Sombras porque é uma história sobre pessoas que têm os passos seguidos por uma força invisível que molda cada momento da existência delas, em geral, para pior. Olho para a folha e examino meu próprio trabalho. Minhas mãos começam a tremer.


Menti para Any.
E para mim.
— Eles são amaldiçoados — murmuro. Volto as folhas, olho para cada desenho e observo as ilustrações inacabadas revelando um mundo cheio de pessoas atormentadas por magias que não conhecem e das quais estão desesperadas para se livrar.
Consigo enxergar os feitiços. Eu os tenho desenhado o tempo todo. É por isso que posso desenhar Christopher, ao passo que Any pode senti-lo, mas não vê-lo.
Descobri meu talento natural. Tem estado dentro de mim, latente, aguardando ser reconhecido pelo que é. Quero gritar. Quero chorar. Quero aperfeiçoar uma gargalhada maníaca que vai me fazer ser internada em um manicômio para que não veja acidentalmente algo que não estou preparada para ver. Depois, me pergunto se metade das pessoas nos manicômios está lá por causa das maldições. Afasto o portfólio como se ele fosse me queimar e vou até a porta do quarto. Então subitamente dou meia-volta, bato a porta atrás de mim e corro pelo apartamento.
— Ei! — Christian grita do sofá onde está assistindo à TV. — Onde é o incêndio?
Não respondo; abro a porta de entrada com força e disparo pelo corredor. Não entro no elevador. Não posso esperar por nada. Desço as escadas.
O incêndio está no meu sangue, invadindo minhas veias. Preciso saber se estou certa. Não paro até chegar à frente do prédio. Então me abaixo e apoio as mãos nos joelhos, arfando enquanto espero que o coração desacelere. Alguém se abaixa ao meu lado.
— Você está bem?
O rosto de Christian está franzido. Isso me lembra de quando ele tinha 9 anos e o hamster de estimação adoeceu. Aceno com a cabeça, ainda tentando recuperar o fôlego.
— Sabe, realmente não aceito aquela resposta — diz ele. — Você quase rompeu a barreira do som ao sair do apartamento.
Aprumo a postura.
— Só... descobri uma coisa.
Ele arqueia as sobrancelhas.
— Vou ficar fora por um tempo — digo, e começo a me afastar. Ele agarra meu braço.
— Hã-hã. — Christian vira meu rosto para que eu possa encará-lo. — Qual é o problema? Você não vai voltar para aquela loja esquisita com a biblioteca cripta de bônus, vai? — diz ele, e enruga a testa. — Aquela mulher não fez nada para ajudar a gente.


— Não vou — digo. — É outra coisa.
— Mas é uma coisa que tem a ver com nossa cruzada. — Ele cruza os braços. — Porque não acho que você esteja correndo pra comprar leite. Que acabou, por falar nisso.
Olho para ele por um instante. Parte de mim acha que é uma cruzada solitária. Mas também estou apavorada. Decido contar um pouco mais.
— São meus desenhos.
— Qual é o problema com eles?
— Meus desenhos são sobre pessoas amaldiçoadas... Pelo menos, acho que são.
Ele arregala os olhos.
— Uau. Sério?
— Tenho quase certeza... mas preciso dar uma volta.
— E como é que dar uma volta vai ajudar? — Christian inclina a cabeça para mim.
— Preciso olhar as pessoas. — Quando digo isso soa muito bobo. Mas sei que é verdade. Tenho de observá-las... e enxergar.
Christian se apruma.
— Tudo bem. Vamos dar uma volta.
— Não — retruco. — Eu vou. Você não precisa ir.
— Preciso, sim — responde ele. — Não vou te deixar andar sozinha por aí na Manhattan mágica. Rastreadora ou não, você é uma iniciante. Não quero nenhum traficante de feitiços abduzindo essa cabecinha ingênua para fins nefastos.
— Realmente não acredito que existam traficantes de feitiços — digo. Mas me admiro.
Poderia existir qualquer coisa. Ele percebe a ideia pairando sobre meu rosto.
— Olha. Sabe que tenho razão. Pense em mim como seu fiel escudeiro sem magia.
— Ótimo — digo, sem querer demonstrar o alívio que sinto por ele me acompanhar. — Mas se me distrair, mando você embora.
— O fiel escudeiro sem magia nunca distrai a heroína! — Ele faz uma pausa e depois suspira, triste. — Ai, Deus.
— O que foi? — Desci da calçada, e Laurie segue ao meu lado.
— Como fiel escudeiro, estou condenado — diz ele, embora sorria para mim. — Os ajudantes supérfluos jamais chegam ao fim da história.
Balanço a cabeça.
— Não seja ridículo.
— Eu poderia fazer referência a um monte de filmes e livros para demonstrar que está errada, mas você já sabe que tenho razão.


 



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Autor(a): leticialsvondy

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— Você não está condenado — retruco, acelerando o passo — porque eu morreria antes de deixar alguma coisa te acontecer. Ele baixa o olhar porque sabe que é verdade.— Vamos parar aqui — falo. Estamos diante de uma quitanda com um toldo imenso.Finjo examinar as caixas de frutas, mas fico observando os outros fr ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41

    eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!

  • juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58

    Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!

  • juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13

    poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50

    Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45

    desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!

  • juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36

    cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!

  • juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56

    a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!

  • juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36

    o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade

  • juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04

    Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim

  • juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16

    nao se proculpa posta assim que pode gata


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