Fanfics Brasil - Capitulo 15 (PARTE 2) (Christopher) Invisível(adaptada)

Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 15 (PARTE 2) (Christopher)

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Um teste de confiança tão básico. Nem mesmo ocorreu a nenhum de nós nos apresentarmos da última vez. Acho que presumimos que ela já soubesse.


Dizemos a ela nossos nomes completos. Christian diz que é irmão de Dulce. Digo que sou amigo de Dulce e Christian.
— Eu deveria ter visto a semelhança — observa Any, olhando para Christian e Dulce.
— Espero que me desculpem. Estava muito... distraída.
— É perfeitamente compreensível — responde Dulce.
Depois ficamos ali sentados pelo que pareceu um minuto inteiro, em silêncio, e esperamos que Any prossiga com a conversa.
Finalmente, ela nos diz que não dormiu na noite anterior.
— Então vocês terão de me desculpar mais uma vez. Há muitas coisas na minha mente, sobretudo se pensarmos no que estou prestes a fazer. Não quero que pensem que vou contar isso sem qualquer ponderação. Não é fácil para mim, e preciso que levem esse fato em consideração.
— Nós levamos — diz Dulce a ela. — E agradecemos por você ter aceitado nos encontrar novamente. Agradecemos pelo que quer que você esteja disposta a contar.
É como se alguém tivesse tirado a capacidade de falar de mim e de Christian. Existe alguma conexão entre Dulce e Any, e, mais uma vez, no minuto em que entramos nesta sala, a história que estávamos encenando se tornou uma coisa a respeito dela, não de mim. Any não estava falando comigo nem com Laurie, embora fosse evidente que não se importava se ouvíssemos o que tinha a dizer. Mas, na verdade, estava falando apenas com Dulce.
— Quando você veio aqui ontem, senti tantas emoções diferentes. E essas emoções me mantiveram acordada na noite passada. Mais do que qualquer outra coisa, eu me senti velha. Mais velha do que jamais me sentira havia muito tempo. Senti o fardo de tudo que vi, de tudo que aprendi, e de como esse fardo me tornou mais lenta e mais hesitante. Quanto mais velha você fica, mais sábia é: isso é verdade. Mas também questiona qual o uso dessa sabedoria.
“Quando comecei a sentir sua presença, Dulce, imaginei que você fosse outra relíquia como eu. Nunca me ocorreu que alguém com seu poder fosse apenas uma garota. Sem treinamento. Natural. Quando chegou aqui, eu não sabia o que fazer, o quanto devia contar. Tenho vivido por tanto tempo resolvendo os problemas insignificantes das pessoas e mantendo minha reputação como a aberração local. Eu me desviei de todas as coisas que fui criada para fazer.”
Ela faz uma pausa por um instante para ter certeza de que Dulce está
acompanhando; é uma pausa desnecessária, pois nós todos estamos fascinados.


— Pode parecer um dom muito estranho a se possuir... ser capaz de enxergar feitiços e maldições sem poder fazer coisa alguma em relação a eles. Esse é o paradoxo no qual os rastreadores vivem. É como ser capaz de ouvir música, mas jamais conseguir criá-la. Há prazeres, mas também há muitos desejos que não se realizam. Você se acostuma, mas nunca fica totalmente feliz com isso. Quer ser capaz de afetar o mundo que vê. Todos nós queremos.
“Já refleti sobre o quanto deveria lhe dizer. Mas para que você realmente compreenda, preciso levá-la de volta ao começo ou, pelo menos, a uma época muito remota. Não se preocupe; não sou tão velha assim. Não somos imortais; tenho a mesma vida curta ou longa de qualquer outra pessoa. Mas há histórias, e muitas das mais recentes estão aqui neste cômodo. Portanto, sabemos como foi, mesmo há muito tempo.
“Atualmente, rastreadores são espectadores. Vemos as coisas, mas não há muito que possamos fazer em relação a elas. Na melhor das hipóteses, diagnosticamos os condenados. Podemos dizer às pessoas a causa, mas parece que perdemos a cura. Há centenas de anos, porém, não era bem assim. Nós não éramos tão impotentes. Havia mais rastreadores que conjuradores, muitos mais. E usávamos nossas habilidades para monitorar os conjuradores. Alguns até suspeitavam que uns poucos entre os rastreadores mais poderosos tivessem a capacidade de retirar as maldições e reverter os feitiços, mas isso nunca foi mais que rumor e especulação. Os rastreadores que talvez tivessem esse tipo de poder sabiam que rapidamente se tornariam alvo dos conjuradores. Ou, talvez, não quisessem assumir o fardo de remover as maldições quando a maioria de nós não era capaz de fazê-lo. Não os culpo por querer existir na obscuridade. Para fazer uma analogia grosseira, éramos ao mesmo tempo o juiz e a polícia. Se um conjurador estivesse abusando do poder, nós interferíamos. Consequentemente, conjuros eram extraordinariamente raros e apenas justificados em circunstâncias extremas. Por mais estranho que fosse, éramos os protetores do livre-arbítrio. E os conjuradores concordavam com isso.”
Any faz uma pausa. Há uma tristeza incurável nos olhos dela.
— Com o passar do tempo, isso mudou. Não houve um único evento, nenhuma revolução dos conjuradores. Pode ter sido o plano: nos extinguir. Não sei... você teria de perguntar a eles. Mas fosse o que fosse, havia cada vez menos rastreadores. Os conjuradores faziam o que queriam, sem repercussões. E, conforme já sabe, o mundo se tornou um lugar muito maior que qualquer um jamais soubera que seria, o que significava que era impossível acompanhar e monitorar todos os conjuradores. As regras não foram quebradas, foram desintegradas.


“Sei que não sou a última dos rastreadores, mas sei que, sem dúvida, sou uma das últimas. Como o mundo se tornou menor de novo, pois a tecnologia nos aproximou, fiquei me perguntando se havia um meio de retomar o contato. Mas jamais tive notícias de outra rastreadora, embora tenha me esforçado para manter meus dons em segredo. Imagino que não tenha demorado muito tempo para você me encontrar, não é? Isso foi proposital.”
— Tudo o que precisa fazer é deixar os geeks que gostam de gibis saberem — diz Christian —, e o restante do mundo saberá.
— Não sei se isso era exatamente o que eu queria, mas graças a meus anos de experiência, vejo que sua hipótese merece uma análise. Ainda assim, ser tão aberta sem dúvida me deixou um pouco vulnerável. Os conjuradores certamente sabem o que sou.
— Ou pensam que você é doida — sugere Christian.
— Ou isso. Sempre é possível. A parte boa sobre os conjuradores é que são incapazes de rastrear. Podem criar feitiços e maldições, mas não podem ver o trabalho de outras pessoas. Nem conseguem perceber rastreadores do mesmo modo que nós podemos. Por exemplo — diz Any, olhando para Dulce —, duvido que Maxwell Arbus saiba sobre você. Não ainda.
O modo como fala me faz estremecer; é como se meu avô saber sobre Dulce fosse a pior coisa do mundo.
— Conte-nos sobre ele — diz Dulce.
Any se retesa. Evidentemente essa era uma das coisas sobre as quais ponderara se valia a pena nos contar. Depois concluiu que sim, deveria nos contar.
— Arbus não é o conjurador mais malévolo que já conheci, mas está perto disso. Na verdade, não existe algo como um conjurador benévolo. Se, por alguma razão, você adquire os dons de um conjurador, a opção benévola é nunca usá-los. Costumava haver alguns poucos conjuradores que somente usavam seus conjuros para punir, isto é, eles apenas amaldiçoavam assassinos, estupradores e coisas assim. Pessoas que tinham feito coisas ruins. Mas Arbus dificilmente é desse jeito.
“Ele é o pior tipo de conjurador. Ele é inteligente. E quando a inteligência encontra os conjuros, o resultado é sadismo. Por exemplo, uma vez ele amaldiçoou um homem a sentir dor sempre que via a cor azul. Isso parece pouca coisa no início, não é? Então pensem na cor do céu, na cor do mar. E pensem na frequência em que veem azul na vida cotidiana. Em outra ocasião, fez uma mulher ficar alérgica ao som da voz do marido. Sempre que ele falava com ela, a pele dela estourava com urticárias horríveis. Não importava o quanto se amassem. Era insuportável.



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Autor(a): leticialsvondy

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“Conjuradores não têm uma quantidade ilimitada de poder. Arbus é um gênio em fazer a maldição mais ínfima se prolongar. Sinceramente, foi por essa razão que fiquei surpresa ao ver uma maldição de invisibilidade feita por ele. Uma maldição de invisibilidade consome uma quant ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41

    eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!

  • juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58

    Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!

  • juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13

    poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50

    Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45

    desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!

  • juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36

    cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!

  • juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56

    a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!

  • juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36

    o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade

  • juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04

    Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim

  • juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16

    nao se proculpa posta assim que pode gata


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