Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy
— Somos apenas nós dois agora — digo a ela. — Quero saber de tudo.
Ela me conta sobre o metrô, sobre o que aconteceu com ela.
— Não pode forçar tanto assim — digo. — Não até estar pronta.
— Eu sei — interrompe ela. — Por favor, não se junte ao coro desta vez. Ele já está bastante alto. Nós ficamos sentados ali, em um impasse. Ela está perdida em pensamentos, e eu estou perdido por não ser capaz de saber quais são.
— Nós temos de encontrá-lo, não temos? — pergunto. — É aonde isso tudo nos leva, não é? Se ele deixa um rastro de maldições, precisamos segui-lo. É assim que vamos rastreá-lo.
— Imagino que esse seja o plano de Any — diz Dulce. Ela não parece satisfeita. — Mas também acho que ela tem mais fé em mim do que mereço.
— Não diga isso — protesto. — Você não sabe...
— Pare. Eu não estava dizendo isso para ter sua confirmação. Não me trate como a namorada que acaba de perguntar: “essa roupa me deixa gorda?”. Não faz ideia de quais sejam minhas habilidades. Nenhum de nós faz. E ter tudo isso na balança... é muita coisa.
— Olhe — digo, tocando o rosto dela para pedir que ela olhe para mim —, nada está na balança aqui. Se não o encontrarmos, tudo bem. Continuo invisível. Até agora, me saí bem. O fato de você me ver já é suficiente. Nada realmente ruim vai acontecer se nós não o encontrarmos. Ninguém vai morrer.
Quando digo a última frase: “ninguém vai morrer”, ela se encolhe e desvia o olhar.
— O que foi? — pergunto. — Ele amaldiçoou alguém para morrer? Há outras coisas que eu não saiba?
Dulce balança a cabeça.
— Não. É só que... Any faz parecer que o que estou fazendo é muito importante. Todas essas pessoas são amaldiçoadas, e eu sou uma das poucas no mundo que pode ajudar. Não sei como lidar com isso. Quero dizer a ela como lidar. Quero que haja uma resposta. Mas a única resposta é esta: Nossas vidas são diferentes. Inexplicavelmente, intrinsecamente ligadas, porém diferentes.
— Só fiquei assustada depois — conta ela. — Enquanto acontecia, estava sufocada demais. O medo se torna irrelevante quando você encara aquilo que teme. Mas depois, eu sabia que chegaria perto de algo realmente ruim. As maldições não são passivas. Elas revidam.
Digo a ela:
— Mesmo sem saber que era uma maldição, pensei que poderia quebrá-la. — Eu não tivera essas lembranças durante anos, e agora aqui estão elas, aguardando para serem compartilhadas. — Pensei que houvesse um meio de eu consertar isso. Não apenas orações, e eu tentei um monte de orações. Mas também outras coisas. Coisas perigosas. Ouvi algo na TV sobre terapia de choque. Nem sabia o que isso significava. Mas assim que fiquei sozinho no meu quarto, enfiei o dedo na tomada e o mantive lá o máximo que consegui. Meus pais não faziam ideia. Felizmente, foi demais, e eu tive de tirá-lo. E, por um segundo, pensei que a dor fora tão forte que da próxima vez que eu piscasse, conseguiria enxergar minha mão. Que eu ficaria visível. Mas, claro, não fiquei. Parte de mim se pergunta se a morte vai fazer isso. Se, quando eu morrer, meu corpo finalmente vai ser visto. Se meu avô vai rir por último.
— Não fale em morte — diz Dulce, com a voz trêmula. — E não enfie mais o dedo em tomadas.
— O que acontece se nós o encontrarmos? — pergunto.
— Não sei. Não sei mesmo.
Ela parece tão cansada. Esgotada.
— Está tudo bem — digo a ela. — Durma aqui. Apenas durma.
Eu me levanto para que ela possa se esticar no sofá.
— Vou chamar Christian — comento. — Vou avisar a todo mundo na sua casa onde você está.
— E diga que estou segura.
— E que você está segura.
Pego um cobertor para ela e apago as luzes. Mas antes que eu possa ir embora, ela diz:
— Quero você comigo na loja de Any. Quero que você seja meu escudo.
Não faço ideia do que ela está falando, mas respondo que sim.
Na manhã seguinte, quando vou com ela até a loja de quadrinhos depois de um café da manhã tenso com meu pai, Millie não me deixa entrar.
— É perigoso demais — diz ela. — Quando Dulce se abre para as maldições, você não pode ficar por perto. Se por acaso ela olhar para você quando estiver vulnerável... não quero mencionar o que poderia acontecer.
Autor(a): leticialsvondy
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Como posso discutir? Sou banido de volta ao meu apartamento, banido para ficar passeando enquanto imagino o que Dulce está fazendo e se está se colocando em perigo. As semanas passam assim. Meu pai aparece para me dizer que precisa voltar para a família dele, que ficou longe por tempo demais. E não vai me pedir para ir com ele &mda ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 31
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juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41
eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!
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juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58
Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!
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juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13
poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50
Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45
desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!
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juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36
cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!
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juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56
a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!
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juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36
o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade
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juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04
Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim
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juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16
nao se proculpa posta assim que pode gata