Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy
— Vá em frente — diz Christian. — De qualquer forma, vou passar na casa de Sean por um segundo. E passar um tempo com a família nunca é a mesma coisa quando não estou por perto.
— Claro — retruca Dulce. Mas não diz outra palavra até estarmos em meu apartamento.
Mais uma vez, acho que deveria haver regras de namoro sobre como lidar com essas coisas, então penso que não há meio de as regras de namoro incluírem esse tipo de problema.
— O que está acontecendo? — pergunto. Porque quero saber. Porque parece que preciso saber para ajudá-la. Não posso dizer que estarei ao lado dela para o que der e vier até saber o que está por vir.
Falo com sinceridade, mas, pela reação dela, parecia que eu tinha feito uma pergunta sobre esporte ou sobre o tempo.
— Nada de mais — diz ela para mim. — E com você?
Sei que eu deveria simplesmente deixá-la em paz. Deveria deixá-la falar quando quiser.
Mas não reajo às coisas como sei que deveria. Estou reagindo ao vazio, à solidão que sinto quando ela está parada bem na minha frente e parece tão distante quanto o fim do mundo.
— Fale comigo — imploro.
Ela balança a cabeça, e eu sei: está arrependida por ter me acompanhado até aqui. Está arrependida por ter concordado em vir.
— Você tem de escutar o que Any diz — continuo. — Se ela diz que é perigoso, precisa dar ouvidos a ela.
— Não tenho de fazer nada. Entendo que Any tem feito isso há muito mais tempo que eu. Eu sei. Mas você precisa compreender que ela basicamente se manteve trancada e distante do mundo. Ela desistiu. E tudo bem se ela é capaz de ficar sentada ali e ver as pessoas sofrerem. Eu não. Não sou assim. Além disso, tenho mais poder do que ela. Posso fazer muito mais.
— Eu sei — digo. — Mas você precisa ter cuidado.
— Cuidado. Nem sei mais o que isso significa. Não é que eu esteja procurando essas coisas. Não entrei no Frick e pensei: caramba, será que Arbus vai estar aqui? Não escolho o que vejo, o que sinto. Não mais. Essas pessoas simplesmente ficam sentadas ali feito prédios em chamas, Christopher. E a escolha é se você segue adiante e ignora ou se faz alguma coisa em relação a isso. Tomar cuidado não é uma opção.
— Mas você tem de saber seus limites. Não pode assumir tudo. Principalmente com alguém como Arbus.
— Dê-me um pouco de crédito, ok? Apenas por um momento, eu adoraria receber um pouco de crédito.
O olhar que ela me dá é arrasador. O som de sua voz é crítico e cético.
Toda relação tem esse momento: a primeira vez que a aproximação cessa e dá lugar ao afastamento. Muitas vezes, é apenas um lampejo breve, mas este dura mais tempo.
— Vamos parar com isso — digo. — É ridículo.
— O que é ridículo?
Tento fazer com que a atmosfera fique menos pesada. Tento nos recolocar nos eixos.
Digo:
— A maioria dos casais tem a primeira briga por causa do filme que vai assistir ou se deve ou não, tipo, dividir a conta do restaurante. Nossa primeira briga é sobre o melhor uso de seus poderes de rastreadora. Você ao menos tem de achar isso um pouco engraçado.
Mas ela não acha. Nem um pouco.
— Você não estava lá — diz ela. — Nenhum de vocês estava. Nenhum de vocês viu como era. Nenhum de vocês sentiu como era.
— É verdade — digo, então não sei mais aonde ir. Eu poderia pedir a ela para me descrever como era, mas já pedi e ela não quis contar.
Nós nem mesmo nos sentamos. Estamos parados perto da porta.
— Mas mesmo que eu não soubesse o que estou fazendo — diz ela —, ainda sei mais sobre isso que qualquer pessoa.
— Mas Any tem feito isso há muito, muito mais tempo que você. E mesmo que pareça confinada agora, ela andou pelo mundo. Se diz que você está em perigo, precisa acreditar nela. Arbus destruiu minha família. Sou obrigado a lidar com isso. É uma parte da minha vida como qualquer outra. Então entendo, pelo menos um pouco, porque convivo com isso desde sempre. Posso não ver o que você vê nem sentir o que você sente, mas eu é que sou refém desta crueldade aqui, e não me ajuda nem um pouco se fizerem você de refém também. Não há razão para correr perigo. Não por mim.
— O que você quer dizer com “não por mim”?
— Quero dizer que sou a razão pela qual nós queremos encontrar Arbus. Sou a razão de isso tudo ter começado. Você está lá fora porque eu não posso estar. E não quero que você se machuque por causa disso. Nunca.
Ponho a mão no ombro dela. Quero que minha mão esteja ali, que ela a sinta.
Ela se afasta.
— Isso não tem nada a ver com você, Christopher — digo. — Não mais
Autor(a): leticialsvondy
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Gatenhas me desculpem n ta postando, mas a minha internet ta uma b**** (pra variar) e n to conseguindo postar. To aproveitandoo wi-fi da minha amiga agr. Entao ass q minha net voltar a prestar eu posto. Pff n me abandonem gatenhas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 31
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juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41
eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!
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juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58
Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!
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juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13
poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50
Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!
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juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45
desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!
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juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36
cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!
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juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56
a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!
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juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36
o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade
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juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04
Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim
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juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16
nao se proculpa posta assim que pode gata