Fanfics Brasil - Capitulo 23 (PARTE 1) (Christopher) Invisível(adaptada)

Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 23 (PARTE 1) (Christopher)

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Assim como a febre faz com que o frio pareça mais frio, o amor pode tornar a solidão ainda mais solitária.
Ela não desapareceu. Ainda está aqui comigo. Mas uma parte de Dulce está desconectada. Tem uma parte de nós que recuou para dentro dela. Não conversamos a respeito porque sempre que trago o assunto à tona, essa parte recua um pouco mais. Não brigamos. Mas ainda parece que estamos vivendo um cessar-fogo. Nossa felicidade neste momento somente pode existir em uma bolha isenta de dúvidas, e eu continuo pensando nas perguntas que vão furar a bolha e nos levar de volta ao constrangimento ou, na pior das hipóteses, a uma discussão.
Ela não reconhece nada disso. Se perguntar a ela, estamos bem. Se perguntar a ela, Arbus é algo que aconteceu e não vai mais acontecer. Se perguntar a ela, estamos juntos nisso.
Mas ainda assim, sinto a solidão. Sinto a ausência na presença.
Ela nota. Tem de notar. Do seu jeito — um jeito que ainda estou conhecendo —, ela tenta consertar. Não se abre, mas tenta compensar a falta disso. Traz flores para meu apartamento e, em vez de pôr o buquê inteiro em um vaso, deixa uma flor em cada cômodo. Assistimos juntos aos filmes. Ela passa algumas noites comigo. E, nessa intimidade, muitas vezes consigo esquecer. Muitas vezes consigo ignorar a solidão. Mas aí vou acordar no meio da noite. Vou olhar para ela dormindo no azul-escuro. Vou sentir tal ternura... e também vou sentir as pontadas de todas as coisas que não estou dizendo.
Dulce sugere que a gente vá ao parque. Precisa estar na loja de Any em uma hora, mas ainda há tempo para ir ao parque. Pergunto se quer convidar Christian também, e ela diz que não, desta vez seremos apenas nós dois. Pergunto-me se isso significa que há alguma coisa que queira me contar. Pergunto-me se ela viu ou descobriu mais alguma coisa. Mas talvez o que ela queira seja ficar comigo, o que ainda é um prêmio significativo.
Ela segura minha mão quando caminhamos até Sheep Meadows — a mantém bem rente ao corpo, encostada no quadril, por isso não parece esquisito para quem passa por nós.
Também tem um fone de ouvido para telefone, assim podemos conversar sem receber olhares. Mas hoje apenas caminhamos. Temo que tenhamos ficado sem palavras, e espero que ela apenas as esteja economizando para depois.


Há centenas de pessoas à nossa volta, a maioria sentada em cobertores ou toalhas, uns poucos em cadeiras de praia. No verão, Sheep Meadows se torna um tipo de praça dentro do Central Park — um local para se reunir, fazer piquenique, um local para fugir dos edifícios altos e tomar sol. Para sentar ao sol — um desejo que, tenho certeza, é tão antigo quanto o tempo. Minha mãe não tinha ideia do efeito que o sol teria em mim, se é que teria. Fazendo um retrospecto, percebo que não fazia ideia de quais eram os parâmetros da maldição — será que eu era invisível apenas para outras pessoas ou invisível para os elementos também? Como o protetor solar não necessariamente funcionaria, ela me mantinha na sombra, na obscuridade.
Agora resolvo arriscar. Porque isso eu sei: consigo sentir o sol. Sei como tomar banho de sol, erguer o rosto e sentir o esplendor pousar delicadamente sobre a pele.
Dulce estica um cobertor, e eu me sento ao seu lado. Para qualquer observador, vai parecer que ela está esperando pelo namorado. Ninguém vai questionar.
— Já veio alguma vez às encenações de Shakespeare no Central Park? — pergunta ela.
— Não — murmuro, e balanço a cabeça. Ainda não me acostumei ao fato de que não preciso dizer “não” em voz alta quando balanço a cabeça, não com ela.
— Nós deveríamos vir antes de o verão acabar. Vou acordar de madrugada e pegar dois lugares. Vai ficar parecendo que você furou comigo.
— Você poderia dar o lugar a Christian. Posso simplesmente me esgueirar atrás de você e ficar de pé, ao lado.
— Não. — Dulce sorri para mim. — Quero ir com você. Quero que você se sente ao meu lado.
— Não vou discutir. Mas é melhor não contar a Christian.
— Se ele quiser vir, também pode acordar de madrugada.
— Quais são as chances de isso acontecer? — pergunto.
— Mais ou menos as mesmas de seu avô nos presentear com um jantar depois.
Aí está. Ela o mencionou. Espero por mais coisa, que isso seja a transição para outra conversa. Mas aguardo alguns segundos que se mostram longos demais. No instante em que percebo que é um beco sem saída, é tarde demais para construir uma estrada.
— Uma vez fui Viola em Noite de Reis — diz Dulce. — Não tínhamos meninos suficientes interessados em teatro, por isso o menino que foi escalado como Sebastian era coreano. Todos ficaram muito surpresos quando, no fim, éramos gêmeos.
— Por que Christian não fez o papel de seu irmão?



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41

    eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!

  • juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58

    Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!

  • juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13

    poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50

    Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45

    desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!

  • juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36

    cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!

  • juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56

    a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!

  • juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36

    o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade

  • juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04

    Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim

  • juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16

    nao se proculpa posta assim que pode gata


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