Fanfics Brasil - Capitulo 24 (PARTE 1) (Dulce) Invisível(adaptada)

Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 24 (PARTE 1) (Dulce)

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Nunca pensei em me importar com o chá de um jeito ou de outro, mas ao sentar no magistorium enquanto Any serve a milionésima xícara que bebi desde que a conheci, chego à conclusão de que odeio chá. Odeio tudo neste lugar. Este bunker de segredos que se mostrou completamente inútil. Como o chá, ele foi feito para acalmar e impregnar, mas a amargura inevitavelmente acompanha a indiferença.
Não despejei leite nem açúcar na minha xícara. No entanto, mexo a colher
ridiculamente pequena no líquido âmbar e deixo a prata arranhar a porcelana, pois o ruído faz eco à minha irritação.
Estou pronta para compartilhar todo o meu descontentamento com ela, para que eu não sofra sozinha, mas espero o momento certo.
Any aperta as mãos enrugadas e delicadas na frente do peito.
— Vamos começar. — Ela sorri, e eu faço uma careta, mas ela ignora minha expressão azeda. — Diga o código dos rastreadores.
Decorar é o método educacional preferido de Any.
— Um rastreador identifica a presença da magia no mundo.
— Com que finalidade?
— Para permitir a prática justa e erradicar a maliciosa.
Millie sorri para mim.
— Muito bom.
— E, por falar nisso, como é que nós a erradicamos? — pergunto, sem esperar pela deixa seguinte. — Eu gostaria de passar para a erradicação o mais rápido possível.
Com um olhar breve de reprovação, ela contorna a mesa, prossegue com a lição e deixa minha pergunta desaparecer no ar como o vapor da minha xícara.
— Quais são as ferramentas dos rastreadores? — pergunta ela.
Tento não resmungar.
— Conhecimento, paciência e vontade.
— E como se adquire o conhecimento?
— Por meio do estudo e da observação. — Olho para as teias de aranha que ligam a prateleira de cima cheia de livros grossos ao teto; elas são espessas o suficiente para imitar renda. — Quando foi a última vez que você estudou? — Aponto para os livros cobertos de poeira.


As mãos de Any voam para os quadris, e fico surpresa que ela pareça quase feroz.
— Jovenzinha, será que você deve perder nosso tempo com esse comportamento rude e egoísta?
— Não sou eu quem está perdendo tempo — resmungo.
Seus dedos se movem rapidamente antes que eu possa me mexer, e ela segura meu queixo.
— Dulce, estou falando muito sério. O tempo que passamos nessas sessões é precioso, e se quiser ajudar seu amigo, precisa me levar a sério. É desse jeito que é feito.
Do jeito que sempre foi feito.
Desvencilho meu rosto de suas mãos. Meus olhos ardem, e eu pisco o mais depressa que consigo. As palavras não provocaram as lágrimas; foi minha frustração. Não importa quantos anos de experiência ou quanta tradição Millie ponha na mesa, isso não me empolga. Não consigo mais ficar sentada aqui. Não com Arbus lá fora, planejando sabe-se lá o quê. Por que Any não compreende isso?
Ela puxa uma cadeira para mais perto e senta-se ao meu lado. Resisto à vontade de me encolher quando ela afaga meus cabelos, pois sei que tem boas intenções.
— Pronto, pronto, querida — diz ela. — Sei que deve ser difícil. Simplesmente estou tentando protegê-la.
Eu me reteso.
— Não sou eu quem precisa de proteção, Any. Christopher...
Antes que eu possa continuar, uma confusão irrompe acima de nossas cabeças. Ouço um grito abafado e a batida rápida de calçados nas tábuas do assoalho, seguidos imediatamente pelos passos de botas pesadas. Uma porta se abre ruidosamente fora do alcance da vista. A confusão de passos fica mais alta conforme se aproximam pelos degraus.
Christopher se joga dentro do cômodo. Nunca o vi desse jeito. Os cabelos estão grudados na testa. Ele está sem fôlego, mas é óbvio que está desesperado para falar.
Eu me levanto quando ele diz:
— Dulce. — Há uma história escondida no jeito como ele pronuncia meu nome, a qual tenho medo de escutar.
— Por que você está aqui? — pergunta Any para o espaço geral de onde vem a voz de Christopher.
Pelo som que irrompe da escada, imagino que um pedregulho está para surgir, mas é Poncho. Ele brande um pé de cabra.
— Onde está ele? — Poncho ameaça o cômodo.



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Autor(a): leticialsvondy

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Ao avistar o pé de cabra, Christopher permanece prudentemente em silêncio. Imóvel, eu me coloco no caminho entre ele e Christopher.Any sacode o dedo para o homem imenso.— Abaixe isso. É só o garoto.— Ninguém entra sem ser revistado por mim! — berra Poncho. As veias em seu pescoço estão latejan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41

    eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!

  • juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58

    Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!

  • juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13

    poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50

    Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!

  • juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45

    desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!

  • juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36

    cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!

  • juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56

    a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!

  • juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36

    o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade

  • juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04

    Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim

  • juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16

    nao se proculpa posta assim que pode gata


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