Fanfic: Invisível(adaptada) | Tema: Vondy
Eu e Christopher. Eu e Christopher.
Desde que o conheci, mesmo antes de saber que era o garoto invisível, amaldiçoado, o verão foi sobre nós dois. E mais nada. Nós dois. Como se existíssemos à parte do restante do mundo. Excepcional. Invejável pelo espaço que nós nos déramos para descobrir um ao outro.
Quando o Sr. Uckerman explicou a causa da maldição e Any explicou os feitiços para mim, fui puxada de volta para o mundo — embora fosse um mundo um pouco alterado.
Mas bem no fundo, tudo o que acontecera ainda significava que um mais um era igual a dois. Outros detalhes permaneciam periféricos.
No período de algumas horas, Maxwell Arbus transferiu tudo o que era periférico para o palco central. E está arrastando Manhattan junto — e assim que as notícias passarem em cadeia nacional, é provável que o país inteiro seja arrolado. Ele não se importa em atormentar estranhos para prosseguir com seus planos mesquinhos. Talvez terrorista seja um rótulo adequado.
Christian está pensando nisso também.
— Ele é doido. Fechar o Central Park. Quem faz isso?
— O cara mau — murmuro.
Livre da multidão que aumenta cada vez mais na Central Park West, Laurie solta minha mão e começamos a correr. Acompanho seu olhar e vejo que Any está esperando para atravessar a Columbus de novo.
A luz do sinal muda, e Any corre pela rua. Christian e eu nos apressamos para aproveitar o sinal aberto.
Chegamos ao outro lado da Columbus com apenas um táxi buzinando para nós, e chamo isso de vitória. Agora Any está apenas alguns metros à nossa frente. Ela para e ergue o olhar para um toldo azul. Seus ombros sobem e descem, como se respirasse fundo. Daí se vira e entra na loja.
— É um café — diz Christian, quando chegamos à porta.
— Eu sei ler — falo rispidamente, mas não reclamo quando me dá um peteleco na testa como castigo. Ele não merece minha irritação, por isso peço desculpas.
— Tá desculpada.
Entro no café. É um local que até mesmo o melhor corretor imobiliário teria dificuldade em vender como aconchegante, pois está abarrotado com quatro mesas que mal deixam espaço para se caminhar até o balcão. O fato de uma das mesas estar ocupada por um homem gigante cujo corpo transborda sobre duas cadeiras frágeis também não ajuda.
Any está parada ao lado de Poncho, que está sentado olhando para a frente. As mãos imensas envolvem uma caneca branca, cheia até a borda com café preto.
— Aproxime-se com cuidado — murmura Christian de trás de mim.
— Entendido — respondo.
Quando chego perto, percebo que não tem vapor subindo da caneca de Poncho. E me pergunto se ele ficou aqui o tempo todo. Sentado. Aguardando. Pelo quê?
A voz de Any falha ao falar com Poncho.
— Você não sabe se ele virá até aqui. Deixe de ser tão teimoso.
Em vez de responder a ela, Poncho olha para meu irmão.
— Então foi assim que vocês conseguiram sair.
Any olha para nós, faz um muxoxo e assente para mim.
— Foi errado nos prender, Poncho. — Any volta a atenção para ele e fala como se estivesse dando uma bronca em uma criança pequena. — Deveria pedir desculpas a mim e a Dulce.
— Conheço meu ramo — diz Poncho. — Vai acontecer aqui. E aqui é o último lugar onde vocês deveriam estar.
— E, por falar nisso, onde é que nós estamos? — pergunto a Any.
— Este estabelecimento foi meu escritório e meu lar. — Any senta-se, as costas eretas de orgulho enquanto fala. — Antes de Arbus me encontrar aqui e me levar para o subsolo. Antigamente, o magistorium era aberto ao público.
Christian bufa.
— O que você escrevia na placa?
— Não tínhamos placa — responde Any. — Quem precisava sabia onde me encontrar.
Alisando alguns fios de cabelo prateados que haviam escapado dos grampos, Any suspira.
— Este espaço teve muitas vidas desde então. Primeiro, foi um boteco sujinho. Depois, uma confeitaria. Em seguida, uma adega. Aí virou um bar mais barato que a adega. Agora oferece café e internet.
Olho ao redor. Mesmo neste espaço exíguo, os poucos ocupantes estão curvados sobre os laptops. Ou enviando torpedos freneticamente. A equipe está amontoada perto da máquina de espresso. Todos os rostos no café estão pálidos por causa do medo. Ninguém tem certeza do que aconteceu.
— O que vem agora? — pergunto.
— Ele está atrás de Any — diz Poncho.
Any estica a mão para ele. E a mão dela, da tonalidade e textura de um pêssego velho, desaparece no aperto.
— Não podemos ter certeza disso.
Autor(a): leticialsvondy
Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Arbus não guarda ressentimentos — resmunga Poncho. — Ele vive para eles. Não seja tola, Anahí.Any fica corada quando ele a chama pelo nome.— Não achei que isso importaria mais. Foi há tantos anos.Christian tosse.— Não quero minimizar a... hum... sua história, mas acho que estão perde ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 31
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
juhcunha Postado em 17/02/2015 - 00:54:41
eu gostei mais o problema e que se alguem um dia vai ver ele pra mim um dia ela vai quebra a madiçao e eles vao ter filinhos e todos vao pode ver a familia deles!
-
juhcunha Postado em 08/02/2015 - 22:25:58
Ai meu deus me diz que no final vai fica tudo bem e todos vao ver ele!
-
juhcunha Postado em 20/01/2015 - 21:43:13
poxa nimguem pode mais ver ele que triste! posta mais!
-
juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:49:50
Nao to entedendo mais nada agora todo mundo pode ver ele ou mais nimguem? posta mais!
-
juhcunha Postado em 19/01/2015 - 13:48:45
desculpa nao ter comentado eu estava sem tempo tava uma locura aqui e casa ok!
-
juhcunha Postado em 13/01/2015 - 17:37:36
cooitada da dul! o que sera que o ucker vai fazer!
-
juhcunha Postado em 05/01/2015 - 23:48:56
a cada capitulo eu fico mais maluca por mais!
-
juhcunha Postado em 30/12/2014 - 03:03:36
o que sera que o christopher vai fazer meu deus que curiosidade
-
juhcunha Postado em 27/12/2014 - 21:39:04
Que bizarro essas maldicoes! Esse avo do ucker e muito ruim
-
juhcunha Postado em 15/12/2014 - 01:13:16
nao se proculpa posta assim que pode gata