Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

Era uma lástima não poder acender uma vela para admirar o resultado dos esforços de Button... Pensando bem, que diferença isso iria fazer se tudo o que queria era continuar a beijar Christopher?

Enquanto o levava para dentro da saleta, Dulce sentiu os pés se chocar contra uma massa de superfície aveludada e logo deduziu que se tratava do colchonete que Button lhe pro­metera. Perfeito. Virando-se, segurou seu sultão pelas lapelas do paletó. E puxou com toda a força.

Com um arfar de surpresa, Christopher caiu junto dela em cima da enxerga e, receando machucá-la, puxou o corpo de lado, o que o fez aterrissar sobre algo cuja maciez fazia lembrar um colchão de penas.

— Você é mesmo abusada, não?

Em resposta, Dulce puxou-o para cima dela.

— Envolva-me com seu encanto e me faça sua — sus­surrou em árabe, quebrando a promessa que fizera para si de não dizer uma só palavra. Iria comunicar-se com ele nessa língua, sua inflexão, seu modo de falar iriam expressar o que estava sentindo.

— Então você fala! — Acomodando-se entre as coxas dela, apoiou-se nos cotovelos e beijou-lhe o canto da boca. — Como se chama?

— Amilah.

— Minha Amilah.

O hálito cálido de Christopher era como uma carícia em seus lábios. Sabendo que ele iria sentir o movimento de sua cabe­ça, fez que sim. Era dele, irrevogavelmente. O que estavam prestes a fazer em nada afetaria o compromisso que já sentia ter para com ele, uma vez que iria levá-lo em seu coração para sempre, independentemente do que viesse a acontecer depois de aquela noite.

Beijou-o, com os lábios abertos como aprendera com ele. A boca de Christopher era tão deliciosa, as cadeias que suas línguas trocavam eram tão íntimas e atrevidas que seria capaz de pas­sar a noite inteira a beijá-lo... Mas antes precisava despi-lo. Assim, fez com que Christopher se deitasse de costas e rolou para cima dele.

— Continuo ouvindo um tilintar, no entanto tenho certeza de que você está completamente nua. Por acaso os sinos estão em sua...

Dulce o calou com um beijo. Mas, incapaz de conter uma risadinha junto aos lábios dele, acabou sussurrando em árabe:

— Fique quieto. Já, já, você vai encontrar meus sininhos. — Começou a desfazer o nó do lenço de pescoço e ao perceber que, naquela posição, mal conseguia mover os braços, sentou-se sobre a pélvis dele com os pés apoiados no colchonete.

— Oh, Amilah... — Ergueu o púbis para pressioná-lo con­tra o corpo sobre o seu. —Acaso tem idéia do que está fazen­do comigo?

Em reverente silêncio, ela o livrou da echarpe, do colete e da camisa. Em ponto de bala, Christopher não teve nervos para esperar que as mãos trêmulas e quase receosas finalizassem o trabalho e, ajudando-a a sentar-se na enxerga, terminou de despir-se. Quando ouviu as calças cinza-chumbo voar na dire­ção em que ele havia atirado as botas e as meias, Dulce não conteve um suspiro.

— É como se eu o visse. — Curvou-se sobre seu sultão para deslizar a mão pela epiderme amorenada. — Vejo cada linha do seu físico forte e viril. Você me pertence, meu rei-guerreiro. É minha lua e minhas dunas, e eu vou percorrer seu corpo inteirinho esta noite para jamais esquecer um só pedacinho seu.