Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

— É mesmo? — Um discreto sorriso assomou aos lábios dele. — Quando foi isso?

— Hoje pela manhã. Faz horas que soubemos, mas ele não quer nos deixar visitar Ren, pois receia que os vigias estra­nhem ver tantos marmanjos juntos num lugar como aquele.

Conformado com a decisão de Dalton, Christopher fez um gesto afirmativo com a cabeça. Gatunos procurados pelas autori­dades não deviam mesmo reunir-se numa casa de saúde. No entanto, alguém precisava ir ver Ren e inteirar-se do estado dele. Santo Deus... Um dia atrás, a notícia o faria voar para junto de seu amigo, talvez mais para pedir perdão e aliviar um pouco da culpa que o consumia do que para visitar um convalescente. Naquela noite, porém, tinha assuntos mais premen­tes. Precisava estar junto de seu filho. E interrogar uma certa espiã que virará sua vida e sua família de pernas para o ar.

— Vá no meu lugar, sim, Jackham? Diga a Ren que vou vê-lo amanhã. Até lá, tente evitar que os homens se aglomerem à volta dele.

Dulce enfim se sentou na cama do acanhado cômodo onde a tinham trancado. Vira o dia transcorrer pela janela até os matizes cinzentos do crepúsculo tingirem a cidade. Voltaria a ver o sol nascer?

E Flip, como estaria? Erguendo-se, pôs-se a andar de lá para cá outra vez. Deus do céu, o pobrezinho estava iner­te, branco como cera... Devia tê-lo agarrado pela orelha no instante em que ele abrira aquela maldita janela. Devia ter saltado para aquele amaldiçoado rebordo, agarrado Flip e feito com que ele retornasse à saleta.

Mas mais do que tudo, jamais devia ter ido procurar Christopher Uckermann. Todo o pesar que vivia... o acidente com Flip, a amargura de Christopher e a perigosa situação em que se encon­trava, para não falar de seu coração dilacerado, tivera origem no dia em que colocara os pés na mansão dele. E agora estava ali, aprisionada naquele clube misterioso.

A porta finalmente se abria. Depois de ajustar seus olhos à claridade que vinha do corredor, viu um vulto de ombros largos surgir à soleira, bloqueando o clarão e deixando-a na penumbra novamente.

— Você é a srta. Saviñon, não?