Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

— Sim, só que bem mais atrasado em relação ao rastejador que anda no seu encalço.

— Há outra pessoa atrás de mim? Quem? Até onde sei, o único interessado em mim é Napoleão.

— É mesmo? E por que?

— Porque seria de se esperar que ele quisesse me usar para tentar subjugar meu pai, não, seu pateta? Por Deus, se você for um exemplo de nossas armas secretas, não é de admirar que a Inglaterra esteja perdendo a guerra! — Antes que pudes­se avaliar as conseqüências de seu destempero, uma mão larga envolveu seu punho, e ela, impelida como se fosse uma boneca de pano, foi se chocar contra o peito rijo de Christopher.

— Não me irrite. Você não iria gostar de me ver zangado.

Dulce prendeu a respiração. Quando estava assim tão perto dele, o desejo a assolava. Oh, queria tanto que Christopher sentisse o mesmo, que se lembrasse das carícias ardentes que haviam trocado, dos... Céus, ele não sabe que era eu. Na noi­te passada, Christopher fizera amor com Amilah, não com Dulce María Saviñon. E, se souber da verdade, aí então é que não vai me perdoar.

— Vou ver como Flip está. — Largando-a, voltou-se para a porta. — Você ficará aqui o tempo que for preciso. E nem tente suas artimanhas com o vigia no corredor. Stubbs já foi prevenido. — Sem mais, retirou-se e tornou a fechar a porta, fazendo questão de produzir um ruído bem áspero ao girar a chave na fechadura.

Dulce cogitava dormir com a camisa masculina toda amarfanhada que usava, afinal não tinha mais o que vestir, quando alguém deu uma batidinha tímida à porta.

— Sim?

— Srta. Saviñon? Será que poderia me dar um minutinho de seu tempo?

A exagerada polidez do pedido levou-a a bufar antes de responder:

— Claro.

A fechadura destravou e a porta abriu-se para revelar um moço de óculos com ar de estudioso e austero gosto no trajar-se. O rapaz permaneceu à soleira, cutucando um peque­no maço de papéis que tinha nas mãos.

— Se quiser entrar, fique à vontade, mas traga uma vela, pois a minha apagou-se e não tenho com que tornar a acen­dê-la. — Na verdade, tinha sido o golpe de ar gerado pelo ímpeto com que Christopher fechara a porta o que dera fim à chama do pavio.

Murmurando palavras de pesar, o desconhecido debruçou-se sobre a vela apagada e, num estalar de dedos, produziu nova chama como se do nada.

— Não gostaria de me dizer qual é o seu nome?

— Oh, eu devia ter me apresentado... — Aproximando-se, ele apertou a mão que Dulce lhe estendia num cumprimen­to masculino. — Meu nome é Fish. — De pronto, sacudiu a cabeça. — Não, não. É Fisher. Bartholomew Fisher.