Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

Ainda surpreendentemente elegante àquela hora da noite, Dalton esperou que os dois entrassem na sala de criptografia. Depois de indicar uma poltrona a Fisher, olhou para Christopher.

— Fui informado de que Plip ainda não recobrou os sentidos.

— Eu gostaria de voltar para junto dele o quanto antes, por isso sugiro que não percamos tempo.

Ambos se sentaram, e Dalton anunciou:

— Temos um problema. Dulce María Saviñon não violou a lei, tampouco oferece perigo a quem quer que seja, e não há pro­vas de que ela tenha passado informações à França. Assim sendo, não temos motivos para mantê-la prisioneira.

— Está maluco? — Christopher fez força para não pular da poltrona. — Ela quase matou Flipip!

— Christopher, Plip sobe em tudo o que vê pela frente desde que o conhecemos. Uma hora ele acabaria caindo.

— E o fato de ele ter caído justamente quando estava sob os cuidados daquela jovem deve ser visto como algo natural?

— Você não está raciocinando com clareza, Christopher. Se quisesse matar o menino, por que ela gritou ao vê-lo des­pencar de lá de cima? Por que não ficou calada e, com isso, evitou chamar a atenção de quem porventura pudesse socorrê-lo?

— Depois que Plip caiu, ela saltou para o outro prédio a fim de descer até a rua e tentar acudi-lo — observou Fisher.

— Que seja. — Christopher bufou. — Agora, o que não posso ignorar é que ela me espionou, infiltrou-se em minha casa e colocou meu filho em perigo. Aquela mulher é perigosa. Até mesmo Button ela conseguiu levar na conversa.

— Vou me entender com Button, Christopher. Isto é, se me der o prazer de permitir que eu continue sendo o espião mestre deste clube.

— Desculpe-me, meu lorde. — Civilidade se pagava com civilidade. Como fora esquecer o porquê de Dalton ser co­nhecido como o Cavalheiro? Diabos, aquela mulher estava mexendo com seus nervos, confundindo suas idéias. — Você ia dizendo...

— Que não temos provas. E duvido que venhamos a ter. Por conta disso, não vejo em que base prestar queixas contra a srta. Saviñon.

— Mas o pai dela...

— O pai dela é outra história. De mais a mais, há indícios de que Fernando Saviñon esteja auxiliando Napoleão, não há? A própria srta. Saviñon admite essa possibilidade, não?