Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

— Não? Então vai ver que é isto o que eu quero! — Tomou-lhe os lábios num beijo áspero, rude e indiferente aos protestos dela, abraçou-a com toda a força.

Dulce deu-se conta de que resistir só iria incentivá-lo a seguir por aquele caminho, assim, decidiu render-se ao seu coração e beijá-lo como gostaria de ser beijada. E, mais que isso, beijou o homem que sabia existir sob aquele surto colérico, o homem que ele esquecera que podia ser.

As mãos dele tornaram-se menos impiedosas, os braços que a cingiam perderam o rigor e a frieza para estreitarem-na com um ardor mais assemelhado a uma carícia. Cálida, a palma que foi pousar sobre seu seio afagou-o com suavidade antes de abarcá-lo por inteiro num carinho sensual. O físi­co avantajado pressionou-a contra a parede e, dessa vez, ela o acolheu de bom grado enquanto mergulhava os dedos de ambas as mãos por entre a cabeleira de ondulados e sedosos fios castanhos.

Rendido, afogueado, incapaz de raciocinar, Christopher puxou o corpete do vestido dela para baixo, desnudando o peito arfante para tomar um dos rosados mamilos na boca. Na bruma de seus sentidos embotados pela paixão, Dulce demorou al­guns instantes para perceber que, depois de afagar seus seios com a língua, ele se ajoelhava à sua frente e, erguendo suas saias, reproduzia a carícia ao longo de sua perna, por sobre seu joelho, pela extensão de sua coxa... Estremecendo, apoiou a cabeça na parede e fechou os olhos, entregue à certeza de que jamais iria amar alguém como o amava, jamais iria querer pertencer a outro homem como queria pertencer a ele.

Ao sentir a boca de Christopher em suas carnes de mulher, sobressaltou-se com a idéia de que alguém poderia entrar naque­la sala, porém o calor da língua que se punha a acariciá-la a fez esquecer-se da realidade à sua volta. Os lábios, até mes­mo os dentes dele, irradiavam ondas de um prazer sem nome ou definição por todo o seu corpo, uma sensação que a mais nada no mundo se comparava. Jamais se sentira tão delicio­samente dominada em toda a vida, tão arrebatadoramente extasiada...

Quando seus joelhos bambearam, ele levou as mãos aos seus quadris para sustentá-la. Quando gemeu pedindo mais, ele de pronto acatou sua súplica. E quando o clímax a fez em pedaços, ele ainda a beijou demorada e profundamente antes de levantar e lhe beijar o pescoço e o ombro.

— Passe suas pernas ao redor de mim e seus braços ao redor do meu pescoço — Christopher sussurrou no ouvido dela enquanto a erguia de encontro à parede.

Embora meio zonza, Dulce não só fez o que ele pedia como deslizou ao encontro do membro túrgido que sentia pulsar junto de sua feminilidade, engolindo-o por inteiro num só movimento. Christopher gemeu ao pé do seu pescoço e, agarrando-a ainda mais forte pelas ancas, pôs-se a mover-se dentro dela ao mesmo tempo que, com as mãos, instigava-a a contrapor-se à direção de suas investidas. Em resposta, ela desatou a beijá-lo e mordiscá-lo na boca, no rosto, no pescoço, em todos os lugares onde alcançava.

— Venha comigo — Christopher sussurrou de encontro aos lábios dela. — Venha sentir prazer comigo.

Arfando no ritmo dos impulsos dele, pouco depois Dulce viu-se sorvida pelas torrentes do clímax, e Christopher não demorou a alcançá-la. Por um longo e ofuscante momento, permanece­ram como um só, exatamente como ambos queriam: Dulce era dele, e Cristopher não estava mais sozinho. Enquanto isso, suas respirações foram se acalmando, e seus corações retomaram o pulsar da sanidade e da lógica.

Quando conseguiu afastar os lábios dos dela, Christopher jogou a cabeça para trás antes de exalar um suspiro.

— E lá se foi o último traço de dignidade que eu possuía... Imagino que você nunca irá me perdoar. Nem eu jamais me perdoarei. — Colocou-a no chão, então tratou de fechar e ajeitar as calças. — Posso perguntar... por quê? Por que Diego? Por que Amilah?

— Você sabe por que Diego. Amilah foi porque... — Depois de colocar o corpete no lugar, alisou o vestido. — Porque me apaixonei por você.