Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

Diante da autorização do sr. Uckermann para que entrasse, clareou a garganta antes de introduzir-se na sala, então se de­teve enquanto passava os olhos pela bela seleção de indumen­tárias para o sexo masculino ali reunida. Oh, céus. Trajados com rigoroso apuro, os dois cavalheiros junto ao anfitrião se pareciam bastante um com o outro. Tio e sobrinho, não?

E Christopher... O fazendeiro descuidado da aparência se fora para dar lugar a um autêntico cavalheiro, refinada e impecavelmente vestido. A sobrecasaca de cetim azul-marinho des­tacava a máscula compleição física à perfeição, as calças com bainha logo abaixo dos joelhos amoldavam-se elegantemente às coxas robustas e... outras áreas. Em vez de criar um efei­to delicado, os bordados dourados que arrematavam o traje como uma espécie de ornamento militar só faziam evocar grandeza. Ele parece um rei. Um rei-guerreiro com olhos meigos. Seus joelhos amoleceram. De novo.

Percebendo a admiração no olhar dela, Christopher sorriu com certo constrangimento antes de ajeitar o colete.

— Estou bem, não estou? — Fez que fosse passar a mão pelos cabelos cuidadosamente penteados, então se deteve. — Fui convidado a me apresentar diante do príncipe regente com toda a pompa e circunstância.

O jovem ao lado dele observou com um sorriso:

— Eu sou Pompa. — Indicou com o polegar o outro cava­lheiro. — Ele é Circunstância.

— Ele é Collis, na verdade. — Christopher partiu em direção a ela. — Deixe-me apresentá-lo a Circunst... à excelência.

Adiantando-se alguns passos, Dulce gelou quando ele, ao alcançá-la, passou o braço por seus ombros. Com os lá­bios repentinamente ressequidos, sentiu um arrepio no fundo do peito que logo se espalhou por todo o seu ventre... e mais para baixo.

— Dalton, este é Diego ESpinósa, que assumiu o coman­do da educação de Flip e tem se saído extraordinaria­mente bem no cargo. Em outras palavras: ainda não pediu demissão. — Olhou para Dulce. — Diego, esse é Dalton Montmorency, lorde Etheridge. Meu... amigo.

O aperto de mão do nobre que tinha um ar afável era firme, porém moderado.

— Você está domando aquele traquinas, é? Tem esperanças de ser bem-sucedido?

— Sim, ele está se esforçando. Num único dia, Flip aprendeu várias letras e a escrever o próprio nome. — Ao ver uma sobrancelha dele se erguer, arrependeu-se do que havia dito. Aqueles olhos cinzentos a incomodavam profunda­mente, era como se tivessem o poder de desvelar... mentiras.

— Sei. Vou aguardar ansiosamente por seus futuros mila­gres, jovem Diego.

Oh, não. Aquilo não era nada bom.

— Bem, não quero detê-los. — Com um sorriso tolo, ela afastou-se em direção á porta. — Vou... preparar lições. Amanhã é dia de aula... Noutra oportunidade falarei com o sr. Uckermann a respeito das... dos...

— Christopher, você precisa deixar Diego sair de vez em quan­do. — Collis olhava para ela à tombada de lado, — O pobre rapaz está branco como cera.

-—Tem razão — concordou Christopher. — Ele está mesmo um tanto pálido.

Agora falta pouco. O corredor estava tão próximo que Dulce teve ímpetos de deixar a sala correndo.