Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

— Juro. E também quero ajudar Flip a estudar. Isso não desculpa a mentira que contei, eu sei, mas é tudo o que tenho a oferecer.

— Eu não devia... — Button suspirou. — Milady vai ficar uma fera se vier a descobrir.

— Milady?

— Lady Portillo. Esposa de meu patrão e irmã do sr. Uckermann.

— Ah, sim. Anahí. Cristopher me falou dela.

— Bem, então vamos ao que não pode ser evitado... Esten­da os braços e afaste um pé do outro. — Erguendo-se, tirou uma fita métrica do bolso e, sem mais, pôs-se a medi-la de cima a baixo.

Quando Button terminou, estavam ambos rubros de tão constrangidos.

— Virgem Maria... — suspirou Dulce. — Que situação embaraçosa.

—Realmente. — Guardando a fita métrica, curvou-se sobre a mão dela. — Vou andando, srta. Walters. Sua indumentária de gala estará pronta amanhã à noite para que você possa ir ao baile.

— Obrigada, Button.

Ele partiu em direção à porta, porém parou de chofre para virar-se e mirá-la com um sorrisinho travesso.

— Só mais uma coisa, mocinha: quando for dançar com a srta. Trapp, não esqueça que é você quem conduz.

Depois de bater no teto da carruagem, Christopher esperou que o cocheiro abrisse o postigo que comunicava a boleia com o interior do veículo para ordenar:

— Leve-me para casa.

Não havia muitos Mentirosos da época de Saviñon vivos. Weatherby não dava sinais de reagir, e Upkirk, apesar das alegações de um suposto ataque cardíaco, evidentemente fora surrado e morto antes de ser atirado no Tâmisa. De qual­quer modo, Saviñon não teria como saber do que ocorrera ao amigo. O sistema de comunicação de informações ficava um tanto prejudicado em tempos de guerra como os que esta­vam vivendo. O mais provável era que o brilhante decifrador de códigos ainda pensasse que Upkirk continuava vivo, vivendo naquela casa de Cheaps...

Crhrstopher tornou a bater no teto do coche.

— Mudei de idéia. Vamos à rua High, em Cheapside.

Ao passarem pela casa de Upkirk, que se achava fechada e às escuras como ele previra, Christopher pediu ao cocheiro que estacionasse no fim da quadra e, ali, penteou os cabelos para trás, trocou o plastrão branco como neve por um lenço listrado que amarrou de qualquer maneira sob o colarinho e colocou os óculos de lentes grossas que todos os Mentirosos gostavam de usar para dissimular as feições. Tudo aquilo, e mais um obstinado pestanejar, davam-lhe todo o aspecto de um escre­vente obcecado por pormenores, encarregado de uma incum­bência pelo advogado para quem trabalhava.

— Perdão, mas necessito de informações acerca de uma jovem que porventura possa tê-lo procurado em busca de notícias do seu vizinho, o sr. Upkirk.

A sorte não o ajudou na primeira casa a que bateu. Por mais solícitos que se mostrassem, os moradores não tinham lembrança de uma moça que os tivesse procurado perguntando do sr. Upkirk.