Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

Anahí ia levá-lo para a casa dela, mas está com uma forte indisposição desde ontem.

— Milady? Oh, meu Deus. — O mordomo deu um de seus suspiros pessimistas antes de deixar o aposento conversando com seus botões.

— Se sua irmã está doente, talvez fosse melhor ficarmos em casa — observou Dulce.

— Anahí está ótima. E vai ficar ainda melhor daqui a oito meses.

— Ela está... — Ao ver Chistopher fazer que sim, comentou: — Milady deve estar muito feliz.

— Oh, certamente. Vamos indo? Ainda temos de passar na casa das jovenzinhas. Não que elas estarão prontas, e cla­ro. Aliás, já nos vejo passando uns quarenta minutos na sala de visitas, sentados num canapé desconfortável, fingindo prestar atenção à conversa da sra. Trapp.

Na carruagem, Christopher, que havia reparado no atípico mutismo do aio, tentou animá-lo:

— Olhe, Diego, quero que saiba que não há problema algum em você me dizer caso esteja precisando de alguma coisa. Seja lá o que for.

— Não preciso de nada, não. — Ansiosa, Dulce ajeitou os punhos da camisa. — Obrigado.

— Hum. Você confia em mim?

— Sim. Por quê?

— Porque eu gostaria de lhe pedir um favor. Eu queria que você tentasse ser mais... Como direi? Mais... masculino.

Seguiram-se alguns instantes de silêncio antes que ela conseguisse indagar:

— Acha que não sou um rapaz... viril?

— Não é isso. O que eu quis dizer foi que... Ora, sei que a culpa não é sua, Diego. Você não deve ter tido um exemplo de masculinidade em que se espelhar. Não é mesmo?

— De fato. Com toda a franqueza, nunca segui o exemplo de virilidade de ninguém.

— Isso não é problema. Começaremos amanhã mesmo. Vou ajudá-lo a ser um pouco mais rude, digamos assim. Vou lhe ensinar a ser um homem de verdade. Espere para ver.

— Oh. — Nova pausa. — É... é muita... bondade sua.

— Você precisa passar mais tempo na companhia de homens-feitos, Diego. Mas não se preocupe, cuidarei disso de hoje em diante.

— Nem sei como agradecer...

— Esqueça isso. Será um prazer ajudá-lo.

Quando a carruagem estacou diante de uma bela mansão num quarteirão da área nobre da cidade, Dulce tratou de parar de indagar-se como Christopher pretendia torná-la mais viril e, ao ponto de tecer um comentário sobre o suntuoso jardim no centro da praça, deu-se conta de que, isso só iria fazer com que ele redobrasse os esforços para transformá-la num "homem de verdade".

A sala de visitas na ala dianteira da residência era bas­tante confortável e, como Christopher previra, passou-se quase meia-hora até que as jovens Trapp descessem para cumpri­mentá-los. Apesar de um tanto imaturas, as gêmeas Bitty e Kitty, dois anos mais novas do que ela, pareciam boas garotas. Um tantinho mais alta do que a irmã, Kitty tinha os cabe­los mais claros e os olhos um tom mais escuro de azul que os de Bitty. E, ao que tudo indicava, ambas haviam simpati­zado com Diego.