Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

— Não vou demorar. — Passando por ela, Christopher entrou no vestiário.

Com o cuidado de não se pôr no caminho dos indivíduos que iam e vinham, Dulce ficou a contemplar a arrojada arqui­tetura do ginásio. Arcos majestosos encontravam-se no ponto central do teto, sustentados por graciosas colunas jônicas que perfuravam o amplo saguão em intervalos regulares.

— Pronto, Diego?

Depois de respirar fundo, ela se virou... e quase engoliu a própria língua: esculpido numa musculatura rija e compac­ta, o torso nu dele reluzia bem diante de seus olhos. Christopher enrolava os dedos de uma das mãos com uma faixa de linho branco, movimentos que se refletiam nos músculos e tendões do bíceps avantajado. Pelos magníficos deuses gregos. Como pudera esquecer a atração que sentia por ele? Ou como aquela atração amolecia seus joelhos e transformava suas partes íntimas em cera derretida?

Um assistente veio enrolar a segunda faixa na outra mão de Christopher, e ele, depois de bater um punho cerrado contra o outro como a verificar o ajuste da proteção, endereçou um sorrisinho provocador a Dulce.

— Preste atenção. Se se empenhar, um dia você pode vir a ser tão bom quanto eu. — Com isso, subiu no tablado e pas­sou por entre as cordas para ir se colocar diante de um sujeito tão pouco vestido quanto ele.

Mas ela só tinha olhos para Christopher. As janelas altas derra­mavam a luz perolada da manhã sobre o físico dele, realçan­do e sombreando a musculatura sob os contornos másculos. Que grande ironia: ficar com a respiração em suspenso por causa do próprio patrão... E então o outro sujeito o golpeou. Com toda a vontade.

Dulce gritou, um gritinho agudo, tipicamente feminino, que por sorte foi encoberto pelos brados de incitamento dos homens que assistiam ao treino. Mordendo o lábio a fim de evitar novas e inoportunas manifestações, ela tratou de prestar atenção à prática que se desenrolava no ringue e, ao constatar que Christopher batia tanto ou mais do que apanhava, começou a relaxar.

Céus, aquele homem tinha uma energia ímpar. Todo suado, o corpo tal qual uma escultura em bronze, os cabelos gruda­dos na testa e na nuca, parecia um animal testando sua força bruta: dava o bote e revidava os golpes que recebia, os olhos castanhos cravados no oponente. Ela não conteve um suspiro. Seria tão bom ser o alvo de toda aquela energia... Sem perce­ber, deslizou a língua por entre os lábios e ficou a admirá-lo com olhos arregalados e apertando uma coxa contra a outra.

No ringue, Christopher esquivou-se do golpe do sparring que o ajudava a treinar e, satisfeito com sua destreza, olhou de relance para Diego a fim de se certificar de que ele tinha tes­temunhado a agilidade da manobra. O rapaz não apenas assis­tia à prática; estava absolutamente concentrado nos movimen­tos táticos que se sucediam no alto do tablado. Ótimo. Sinal de que já havia visto boa parte do que precisava saber.

Antes que acabasse sem forças para parar em pé, afastou-se do oponente e, saltitando, ergueu os punhos para sinali­zar "descanso", em seguida acenou a um dos assistentes para pedir um novo jogo de faixas. Enquanto o garoto ia provi­denciar as tiras de linho, debruçou-se sobre as cordas para anunciar:

— Sua vez, Diego. Venha. Estarrecida, Dulce gaguejou:

— M-mas eu... nunca lutei com ninguém.

— Então devo dizer que já está mais do que na hora.

candy_telles: não ainda não esta perto, vai demora, só quando acontecer um acidente com o Flip, e falta poco pro "primeiro beijo"  obrigado por comentar!!!

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