Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

— Adotou-o para ser seu herdeiro, não seu filho?

— Não creio nessa distinção que você está fazendo.

— Entendo. E essa esposa que jamais pretende procurar? Você tinha alguém em mente antes de esse outro propósito?

— Ah, sim. Minha escolha estava feita. Bonita, bem-educada, espirituosa, inteligente. Belas curvas, olhos lindos e, é claro, louca por mim. Tudo o que um homem poderia desejar.

— Sei. E o que houve com ela? Casou-se com outro?

— Nem imagino. A verdade é que não cheguei a conhecê-la. Dulce riu.

— E você, Diego? Como é a pessoa de seus sonhos?

— Hum... — Ela clareou a garganta. — Uma pessoa boa, agradável.

— Rechonchuda? Esguia? Curvilínea? Vamos, conte-me.

— Bem... Do tipo dado a sonhos, acho. E você? Qual é o tipo de mulher que o cativa? Ou deixou de devanear com mulheres?

 Christopher se empertigou.

— É claro que me interesso pelas mulheres. O que acha que sou, uma folhinha de chá?

— N-não, lógico que não. De modo algum.

— Pois esteja certo de que devaneio com mulheres! Aliás, a mulher com quem fantasio é simplesmente... — Diabos, havia realmente se alterado. Só podia ser efeito do conha­que. Tornou a afundar-se na poltrona. Bem, já fazia dias que não sonhava com a ruivinha do parque. Ou melhor, um dia, para ser sincero.

— Então, qual é sua fantasia?

— Minha fantasia... — Serviu conhaque noutro cálice e entregou-o ao preceptor de Flip. — Tome.

Tomando o cálice entre os dentes, Dulce aspirou o aroma da bebida e torceu o nariz.

— Tem cheiro de verniz e rosas.

— É verdade. — Ele riu. — Mas tem gosto de néctar.

Incitada pela observação, ela tomou um bom gole... e qua­se não conteve o ímpeto de cuspi-lo.

— Bá! — Olhou feio para Christopher, que sorria para si en­quanto derramava outra dose no cálice dele. — Por que não me avisou?

— Ora, Diego, agora sua garganta já está preparada para os próximos tragos.

Embora resmungasse, Dulce tomou outro golinho.

— Hum... E não e que ficou melhor? — Tornou a levar o recipiente de cristal aos lábios. — Bem melhor!

— Vá com calma! Isto é, se não quiser acordar amanhã com uma bela dor de cabeça. — Voltando a se largar na poltrona, ergueu seu cálice num brinde: — Bem-vindo à cate­goria dos bons de copo, sr. Diego.