Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

Fazia muito tempo que não tinha um sonho tão bom.

Sem deixar de ondular o corpo ao ritmo exótico da mú­sica, a dançarina rodopiava à sua volta toda coberta por véus, comunicando-se com ele por intermédio do olhar e dos gestos esfuziantes.

Venha.

Levando as mãos às suas coxas, ela então deslizou as palmas por sua carne ávida até encontrar seu membro ereto para afagá-lo com torturante desvelo. Ela o desejava, era evidente. A sede de paixão nos olhos misteriosos penetrava sua pele, mesclando-se ao seu desejo, tão intenso, que chega­va a doer. Carícias e mais carícias de mãos cálidas, arreba­tadas, prementes... Jamais fora tocado daquela maneira.

De repente, ela se afastou. Tentou alcançá-la, mas seus braços pesavam como chumbo, seus pés pareciam presos num lodaçal. Ágil e leve tal qual uma pluma ao vento, ela continuou a dançar. Açulado pelo desejo enlouquecedor que o devorava, venceu a força que buscava contê-lo e partiu atrás dela, os braços estendidos, as pernas meio bambas, o coração disparado, correndo como um predador faminto no encalço da presa.

Alcançou-a. E, enquanto ela ria, tomou-a nos braços para carregá-la até o macio gramado do parque, onde os dois de­sabaram como um só, braços e pernas entrelaçados. Ardente e lúbrica, e repentinamente nua, a exuberante dançarina abraçou-o pelo pescoço e passou as pernas ao redor dos seus quadris enquanto ele, igualmente despido, penetrava-a com todo o vigor da sua paixão. Uma parte de seu corpo preen­cheu uma parte do corpo dela por inteiro. Em resposta, ela o envolveu por inteiro num sopro de ternura.

Amaram-se como animais sobre a relva, como espíritos feitos de carne sobre uma nuvem. Próximo a alcançar o clí­max, sentiu-a escapulir de sob seu corpo para reaparecer a poucos metros de distância, novamente fora do seu alcan­ce, dançando para ele ao mesmo tempo que se afastava com os longos cabelos acobreados esvoaçando à brisa...

Sobressaltado, Christopher abriu os olhos e viu que se achava em seu gabinete, imerso na poltrona. Sozinho.

Que inferno. Algo lhe dizia que o celibato iria ser bem mais árduo do que havia imaginado.

Na manhã seguinte, ao despertar com dor de cabeça e uma forte sensação de ter feito algo horrível na noite passada, ela lembrou que... Oh, não. Puxou as cobertas sobre o rosto na inútil tentativa de esconder-se. Maldito conhaque. Por quê, oh, por que cargas-d`água cismara de fazer aquilo?

Seu único consolo era saber que Christopher ignorava comple­tamente o que havia se passado.

Depois de ser avisada de que ele já havia saído para as atividades do dia, Dulce entrou um pouco mais calma na sala do desjejum.