Fanfic: A espiã que me amava - vondy adap. (terminada) | Tema: romance e hot

Era óbvio. Como eliminar alguém sem saber onde essa pessoa se achava? Seu pai estivera trabalhando em prol dos interesses britânicos lá da Espanha, e Christopher e os demais espiões evidentemente tinham descoberto. Por certo eram eles os responsáveis pelos estragos que os soldados de Napoleão haviam feito.

Christopher Uckermann arruinara sua vida.

E ela o admirava. Gostava dele. Chegara mesmo a dese­já-lo... Não, melhor nem lembrar-se disso. Baixando o olhar ao chão, pôs-se a pensar. O que uma mulher poderia fazer contra um bando de espiões?

O poder de uma mulher está no corpo. Elas sabem virar a cabeça de um homem até transformá-los numa criatura sem vontade própria, a voz embriagada de Christopher ecoou em meio a seus pensamentos agoniados. Quase sem pensar, levou as mãos aos seios, achatados sob a faixa de linho. Conseguiria... conseguiria seduzi-lo e com isso arrancar informações dele?

Talvez fosse mais sensato tentar descobrir o que ChristopherUckermann sabia acerca do paradeiro de Fernando Saviñon an­tes de... De súbito, lembrou-se de tê-lo visto tirar uma folha de papel de uma pasta, uma pasta que nunca mais tornara a ver no escritório dele, para dobrá-la e guardá-la entre as páginas de uma caderneta de anotações com capa de couro da qual nunca se separava.

Muito bem. Se fosse espiã, jamais largaria algo importan­te à vista de qualquer um em seu gabinete. Se fosse espiã e quisesse manter certas informações ao alcance da mão para quaisquer eventualidades, manteria esses dados anotados em algo que pudesse guardar ou esconder no bolso.

Algo como uma caderneta com capa de couro.

Horas mais tarde, pouco antes do amanhecer, Dulce se achava diante da porta dos aposentos de Christopher com o coração na boca. E pensar que aquilo tinha lhe parecido uma excelente idéia em seu dormitório...

Nunca vira a caderneta em outro lugar que não o bolso do paletó dele. Mas um homem tinha de trocar de paletó, não tinha? E onde fazia a troca? No quarto dele.

Depois de respirar fundo, levou a mão à maçaneta. Valei-me, Senhor. E se tivesse lido erroneamente as palavras na folha de papel coberta de fuligem? A mensagem fora escrita de trás para a frente; quem lhe garantia que não havia desvir­tuado o... Aporta se abriu de mansinho.

Pronto, estava lá dentro. A janela encontrava-se escancara­da, o que fazia o ar frio da noite espalhar-se por todo o apo­sento e permitia que a lua quase cheia deitasse seu esplendor sobre o corpo despido de Christopher na cama. Fechou os olhos por um instante, então tornou a abri-los. Misericórdia. Havia um deus desnudo bem à sua frente, deitado como a abra­çar uma amante. Costas descobertas, pernas descobertas e, oh, sim, nádegas descobertas. Oh, o que não daria para estar naquela cama...

Você está aqui para tentar descobrir onde esse crápula dos infernos mantém seu pai prisioneiro.

No momento, ele não parecia nenhum crápula. Muito menos vindo dos infernos. Parecia absolutamente... deli­cioso. Talvez Christopher fosse diferente. Ele era diferente. Ria, brincava, cuidava de Flip...