Fanfic: O tempo não apaga

Capitulo 10 – identidade Revelada

Mais um dia estava começando.

Felipe estava em sua casa tomando café da manhã com sua família e a televisão estava ligada no jornal e a reportagem que estava passando era sobre o baile da noite anterior.

- o que era para ser uma noite super divertida de carnaval seguindo a tradição dos bailes de mascaras acabou em tragédia quando um maluco mascarado assassinou a anfitriã da festa Olivia Campbell. – falava a repórter. – pouco se sabe ainda sobre o acontecido e a policia esta investigando o caso, mas testemunhas contam que um vídeo foi passado em um telão na festa mostrando o momento em que Olivia era atacada e o assassino indo embora.  E a informação é de que o mascarado usava a mesma roupa e a mesma mascara de um dos amigos de Olivia. O rapaz se chama Felipe Torres e apesar de não ter nenhuma prova concreta contra ele ainda, o rapaz é o principal suspeito do crime.

- que ótimo. agora vou ser o centro das atenções. – falou Felipe sem nenhuma animação. – já estão falando ate nos jornais que eu sou o principal suspeito.

- vai ficar tudo bem Felipe. – falou Malu. – você viu o que a repórter falou. O vídeo não esta sendo considerado uma prova concreta contra você. e esta certo. A imagem esta escura. Não da para ver o rosto do assassino e ninguém pode provar que era você só porque estavam usando a mesma mascara.

- isso é o que as pessoas estão dizendo. – falou Felipe. – a repórter ainda não falou com a policia e eu tenho certeza de que a policia terá uma opinião diferente quando assistir o vídeo.

- Felipe você é inocente. – falou Beatriz. – e nós sabemos disso. E vamos provar a sua inocência.

- é. Ainda não sabemos como vamos fazer isso, mas você não vai pagar por um crime que não cometeu. – falou Roberto e o celular de Felipe começou a tocar fazendo o rapaz olhar assustado para o aparelho.

- é ele? – perguntou Malu com medo também.

- é do consultório. – falou Felipe e todos respiraram aliviados. – alo?

- Felipe? – perguntou a dona do consultório.

- sou eu. – falou Felipe.

- estou ligando para informar que a partir de hoje você não trabalha mais aqui. – falou ela.

- o que? – perguntou Felipe. – como assim? Isso é brincadeira né?

- não é não. Eu vi o noticiário. E não quero que o meu consultório perca o prestigio devido a um dos psicólogos ser suspeito de ter cometido um crime. – falou ela. – vou disponibilizar a sala onde você atende para outra pessoa.

- eu não fiz nada. – falou Felipe. – você não pode fazer isso comigo.

- eu sinto muito Felipe. – falou ela e desligou.

- o que aconteceu Felipe? – perguntou Malu.

- fala filho o que houve? – perguntou Beatriz e ele já estava com os olhos marejados.

- eu fui demitido. – falou Felipe. – não vou mais poder atender na sala que eu tinha alugado la no consultório porque a dona acha que o consultório vai perder o prestigio se tiver um suspeito de um crime trabalhando la.

- eu sinto muito filho. – falou Beatriz olhando para Felipe com pena e Roberto e Malu também estavam tristes com a noticia.

- a minha vida esta desmoronando. – falou Felipe deixando as lagrimas rolarem. – so esta faltando eu ser preso mesmo. e do jeito que as coisas estão indo e perigoso eu ficar preso com os piores psicopatas possíveis e morrer na primeira semana por la.

- credo Felipe não fala assim. – falou Beatriz. – lembre-se de que quando tudo parece perdido sempre há uma luz no fim do túnel.

- ta difícil ver essa luz no fim do túnel. – falou Felipe. – daqui apouco mesmo teremos que ir para o funeral da Olivia. E la as pessoas vão ficar me olhando com cara feia como se eu tivesse mesmo causado aquilo. Eu perdi meu emprego. E agora vou ter que ficar adiando mais ainda o meu casamento com a Geovana e todos os planos que eu fiz para o futuro. E ainda não faço idéia de quem é esse psicopata que não me deixa em paz, que esta querendo acabar com a minha vida e que ainda quer abusar da minha noiva.

- a Geovana e a sua luz no fim do túnel. – falou Malu. – quando você estava péssimo porque tinha ficado cego, ela conseguiu fazer você reagir e não desistir de lutar.

- eu não sei como vou contar para ela que perdi o emprego. – falou Felipe.

- Felipe ela vai entender. – falou Malu. – ela te ama. E ela não esta tão desesperada assim pelo casamento. Claro que a ansiedade e grande, mas vocês ainda tem a vida toda pela frente.

- eu não teria tanta certeza disso. – falou Felipe. – ela pode ter. eu não.

- Felipe quem te escuta falando assim pensa que você esta com alguma doença ou algo do tipo. – falou Roberto. – todos temos fases ruins na vida. fica calmo. Você tem o apoio dos seus amigos e da sua família. E todos nos te amamos muito.

- eu sei disso. – falou Felipe e forçou um sorriso. – eu não sei o que seria de mim sem vocês na verdade.

- você provavelmente já estaria em um manicômio. – falou Malu para descontrair e eles riram.

- seria bem provável. – falou Felipe e a campainha da casa deles tocou. – eu vou ver quem é.

Sendo assim, Felipe se levantou da mesa, saiu da casa e foi até o portão. E quando abriu, ele viu que era Geovana.

- oi amor. – falou Felipe.

- oi amor. – falou Geovana e deu um selinho nele. – eu vim para irmos juntos. Meus pais vão para la com a Alice.

- vamos indo então. – falou Felipe saindo para fora e em seguida trancou o portão.

- seus olhos estão vermelhos. – falou Geovana enquanto eles caminhavam ate o carro de Felipe que estava estacionado na frente de casa.

Era uma manhã fria e com o tempo nublado. Uma tempestade estava se aproximando e o vento já começava a ficar mais forte.

- impressão sua. – falou Felipe e abriu a porta do carro para Geovana.

- obrigada. – falou Geovana e entrou no carro enquanto Felipe deu a volta e entrou no carro também pela outra porta.

- lipe você é um péssimo mentiroso. – falou Geovana. – eu sei que você estava chorando. Aconteceu mais alguma coisa? O maluco ligou de novo?

- eu fui demitido Geovana. – falou Felipe. – já não bastava tudo o que  estava acontecendo.

- eu sinto muito Felipe. – falou Geovana o olhando com pena.

- agora nossos planos serão adiados. – falou Felipe. – se é que eles vão acontecer algum dia.

- é claro que eles vão acontecer. Para com essa negatividade Felipe. – falou Geovana. – nós vamos nos casar ainda e vamos ser muito felizes.

- eu não tenho mais tanta certeza disso. – falou Felipe.

- Felipe quando uma porta se fecha outra se abre. – falou Geovana. – lembra do que eu te disse sobre isso no primeiro dia que nos conhecemos?

- lembro. – falou Felipe. – o tempo não apaga o caminho que foi traçado, o tempo não apaga as escolhas que já foram feitas, mas sempre e tempo de começar a escrever uma nova chance de ser feliz.

- isso mesmo. – falou Geovana. – nós estamos juntos nessa e vamos dar um jeito nisso.

- eu não sei o que seria de mim sem você. sem a minha família e amigos. – falou Felipe. – eu te amo.

- eu também te amo. – falou Geovana e os dois se beijaram.

Quando terminaram o beijo, Felipe começou a dirigir e  não demorou muito para que eles chegassem no local onde ia ser o funeral. Um enorme gramado perto do cemitério.

Assim que desceram do carro, várias pessoas começaram a olhar para Felipe de um jeito estranho e Felipe disse:

- Geovana eu não posso fazer isso.

- você pode sim. Você não fez nada. – falou Geovana.

- eles acham que eu fiz. – falou Felipe.

- então foda-se a opinião deles. – falou Geovana. – o que importa e que as pessoas que você ama sabem que não foi você.

- você tem razão. – falou Felipe.

- o que vocês estão olhando? – perguntou Geovana para um grupo de pessoas que olhava de cara feia para os dois. – não foi ele ta.

- isso é o que você diz. – falou uma mulher.

- Geovana deixa quieto ta. – falou Felipe puxando Geovana pela mão e eles se aproximaram de suas famílias que estavam juntas perto de uma arvore.

- Você esta chamando a atenção geral. – falou Vinicius que estava junto com as famílias e o resto da galera também estava ali incluindo Alice, Alexia e Nicholas.

- pois é. Eu sou o principal suspeito. Estão achando muita audácia minha vir no funeral dela. – falou Felipe.

- o que você esta fazendo aqui? – perguntou o namorado de Olivia se aproximando de Felipe e ele estava com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. E parecia que também não tinha dormido muito bem a noite.

- ela era minha amiga. – falou Felipe. – não muito próxima, mas mesmo assim uma amiga.

- você matou ela. Eu vi o noticiário e eu vi o vídeo. – falou ele com ódio.

- eu não matei a Olivia. Eu não estaria aqui se tivesse feito isso. – falou Felipe.

- o disfarce perfeito. – falou o namorado da moca. – quem iria suspeitar de você sendo que você estava aqui. Assassinos não vão ao funeral de suas vitimas não é mesmo?

- eu não fiz isso. eu juro. – falou Felipe.

- não jure. Você é um assassino sem coração. E eu não vou sossegar ate te colocar atrás das grades. – falou ele.

- você vai estar colocando um inocente na cadeia. – falou Geovana. – alguém estava na festa com a mesma roupa e a mesma mascara do Felipe. Eu vi.

- você cala boca. – gritou ele. – você é a vadia da namorada dele então é claro que ia defendê-lo.

- agora chega. Não vou deixar você falar assim dela. – falou Felipe e deu um soco na cara do rapaz o que chamou a atenção de todos.

- esta se revelando Felipe? – provocou o rapaz ainda caído no chão. – vocês viram o que acabou de acontecer aqui né? Ele deve estar querendo me matar como fez com a minha namorada Olivia. E ai Felipe? Vai me matar quando ninguém estiver olhando?

- cala boca. – falou Felipe com raiva.

- Felipe se acalma. – falou Geovana segurando os ombros dele. – é isso o que ele quer lipe. Ele quer fazer você perder a cabeça para ter como acusar você.

- ele não vai conseguir o que ele quer. – falou Felipe. – ele quer um culpado? Pois que vá procurar o verdadeiro.

O namorado de Olivia se levantou e saiu de perto deles indo na direção do caixão.

- eu não sei quanto tempo mais vou agüentar isso. – falou Felipe.

- se acalma filho. – falou Beatriz.

O funeral terminou, teve o sepultamento e na hora de ir embora, eles viram o namorado de Olivia perto de onde ela tinha sido sepultada e ele chorava muito.

- ainda não consigo acreditar que estamos mesmo no funeral da Olivia. – falou Geovana.

- é difícil mesmo de acreditar. – falou Felipe.

- olhem só o namorado dela. – falou Malu. – esta arrasado.

- sei bem o que ele esta sentindo. – falou Megan. – é horrível perder alguém que se ama muito. É como se uma parte de você tivesse partido também.

- esta falando isso por causa do Kevin? – perguntou Fred.

- é. – falou Megan. – não fica bravo ta.

- não vou ficar bravo. O Kevin foi muito importante na sua vida. Ele foi o seu grande amor. Ele e o pai da sua filha. – falou Fred. – não sinto ciúmes quando te ouço falar dele.

- que bom que você entende. – falou Megan.

- podemos ir ate o tumulo do Kevin? – perguntou Geovana e ela ainda tinha algumas flores na mão. – Eu queria deixar essas flores.

- vamos la. – falou Felipe e os dois foram ate o tumulo de Kevin sendo seguidos pelos amigos.

Assim que se aproximaram, Geovana colocou as flores que tinha trazido sobre o tumulo e Megan disse:

- já fazem seis anos.

- pois é. Seis anos sem o Kevin. – falou Geovana e uma lagrima escorreu. – esse vazio não some nunca né?

- não. – falou Felipe e a abraçou de lado.

- vamos indo? – perguntou Malu. – ainda temos que prestar depoimento sobre ontem.

- vamos la. – falou Felipe.

- você jura que não foi você? – perguntou Fernanda a Felipe.

- juro. Eu não fiz nada. – falou Felipe. – não sei porque esta duvidando de mim. Somos amigos a tanto tempo. Achei que confiasse em mim.

- desculpa. –falou Fernanda. – fiquei meio impressionada com o que aconteceu. Acho que não estava pensando direito. Eu sei que você é bom e nunca faria uma coisa assim.

- tudo bem. – falou Felipe e eles começaram a andar na direção da saída do cemitério.

Quando chegaram ao local onde estavam estacionados os carros, Felipe viu que tinha um bilhete em cima do para brisa do carro e o pegou.

- De quem será o próximo funeral? Será que é o seu? – falou Felipe lendo o bilhete e então olhou para os amigos assustado.

- mas que droga. – falou Geovana. – essa pessoa não desiste nunca.

- eu vou ficar louco. – falou Felipe.

- eu tenho um palpite sobre quem poderia ser o psicopata. – falou Nicholas e todos olharam para ele. – pode ser implicância minha, mas eu acho mesmo que o James pode estar por trás disso.

- porque acha isso? – perguntou Alice o olhando.

- não fica brava comigo ta Alice. – falou Nicholas.

- não estou brava. Quero ouvir a sua teoria. – falou Alice.

- Porque você acha que pode ser o James? – perguntou Felipe.

- primeiramente ele é um cara super agressivo e o assassino tem que ter uma personalidade assim para conseguir cometer uma barbaridade dessas. – falou Nicholas. – mas isso não prova nada. Mas acredito que seja ele porque ontem me lembro de ter visto a Alice procurando pelo James que tinha sumido e alguns minutos depois foi mostrado o vídeo da Olivia sendo atacada. E cadê ele agora? Porque ele não veio dar uma força?

- faz sentido. – falou Geovana. – o James sumiu ontem durante a festa.

- o James estava comigo ontem na festa. – falou uma moca se aproximando deles e Felipe percebeu imediatamente que era a vendedora da loja.

- você. – falou Felipe e ela o olhou.

- Felipe. O gato da mascara. – falou ela e o olhou com um sorriso malicioso que deixou Geovana cheia de ciúmes. – que menino mal hein. Nunca imaginaria que ia usar a mascara para cometer um crime.

- não foi ele ta sua oferecida. – falou Geovana.

- eu perdi alguma coisa? – perguntou Fernanda.

- essa oferecia deu um cima do Felipe ontem quando fomos comprar a mascara para a festa. – falou Geovana.

- é isso. para quem mais você vendeu uma mascara igual a minha ontem? – perguntou Felipe.

- porque esta perguntando isso?  - perguntou a moca.

- o assassino estava usando uma mascara igual a minha. Deve ter comprado la. –falou Felipe. – se você se lembrar para quem vendeu podemos descobrir quem é ele.

- eu não lembro. Vendi tantas mascaras ontem. Sinto muito. – falou ela.

- droga. – falou Felipe.

- você disse que estava com o James? – perguntou Alice.

- estava. – falou a moca. – sinto em te informar queridinha mas você não é  a unica que beija aquela boquinha.

- eu vou ter uma bela conversinha com aquele safado. – falou Alice com raiva.

- so quis avisar. Sei que não e justo você ser enganada. – falou a moca. – eu pelo menos sei que não sou a única e aceito isso. eu tenho que ir. Tchaau.

A moca se afastou deles e Geovana disse:

- que vadia.

- Alice você esta bem? – perguntou Nicholas.

- eu não esperava por isso. – falou Alice. – desculpa não ter acreditado em você Nicholas. Parece que é mesmo verdade.

- tudo bem. sei que e difícil acreditar que uma pessoa que amamos pode não ser o que parece. – falou Nicholas.

- eu vou falar com ele. – falou Alice.

- você vai chegar nele e perguntar se ele matou a Olivia? – perguntou Malu.

- não. Vou perguntar porque ele sumiu da festa. – falou Alice. – se ele estava aprontando, provavelmente vai inventar uma mentira e da para saber pelo olhar quando uma pessoa esta mentindo. E se for esse o caso, ai sim ficaremos mais desconfiados.

- porque resolveu dar um voto de confiança para mim? – perguntou Nicholas. – quero dizer, você ja estava dando esse voto antes da maluca ali vir dizer que estava com ele.

- porque o James é meio estranho mesmo. – falou Alice. – eu pensei muito e comecei a ligar os fatos. O James vive sumindo sem uma explicação lógica. Ele pode ate não ser o assassino, mas ele esta me escondendo alguma coisa. Pode ser a traição também, mas agora estou aberta a possibilidades. Eu quero saber a verdade. apesar de não acreditar que ele seja mesmo o assassino.

- espero que eu esteja errado sobre isso. – falou Nicholas. – ia ser um choque para você descobrir que namora um psicopata.

- já esta quase na hora de nos apresentarmos na delegacia. – falou Fernanda. – esta na hora de irmos.

- então vamos logo. – falou Felipe e cada um entrou em seu carro.

Alice foi com Geovana e Felipe no carro dele já que Geovana não estava em condições de dirigir e por isso veio com Felipe.

- vocês podiam me deixar na casa do James? – perguntou Alice enquanto Felipe dirigia.

- tem certeza de que quer ir vê-lo? – perguntou Geovana. – papai vai ficar muito bravo se souber que deixei você fazer isso.

- é por uma boa causa. – falou Alice.

- eu deixo você la, mas qualquer coisa me liga. Eu venho correndo buscar você e trago a policia junto. – falou Felipe.

- acha que vai ser necessário? – perguntou Geovana.

- ele não vai tentar nada contra a Alice. – falou Felipe. – ele quer manter as aparências e ele não sabe que desconfiamos dele.

- ele é meu namorado. – falou Alice e Felipe estacionou o carro na frente da casa de James. – eu vou ficar bem.

- se cuida Alice. – falou Geovana.

- eu vou me cuidar. – falou Alice e em seguida desceu do carro.

- eu não quero que ele faça isso. – falou Geovana.

- vai dar tudo certo. – falou Felipe.

Na delegacia, os amigos de Geovana já tinham chegado e aguardavam por ela e Felipe na sala de espera.

- bom dia. – falou Daniel entrando na sala. – eu vou interrogar vocês, um por um. É necessário que seja assim. Para termos certeza de que não inventaram uma historia para proteger alguém. Não estou dizendo que fizeram isso, mas faz parte do procedimento.

- tudo bem senhor Devonne nos já estendemos. – falou Henrique.

- ok. Eu vi o vídeo. – falou Daniel. – o Felipe é o principal suspeito, mas eu me recuso a acreditar que foi mesmo ele. eu vou investigar isso a fundo. Eu vou descobrir o que aconteceu.

- tomara que descubra e que o responsável pague pelo que fez. – falou Fernanda.

- e ai quem vai ser o primeiro? – perguntou Vinicius.

- minha filha falou que a Malu conversou com o suposto psicopata que estava vestido igual ao Felipe. – falou Daniel. – então quero começar com ela.

- tudo bem. – falou Malu se levantando da cadeira que estava sentada. – vamos la.

Daniel levou Malu ate outra sala ali da delegacia e os dois sentaram ao redor de uma mesa.

- então, o que quer saber? – perguntou Malu.

- quero saber exatamente o que aconteceu naquela noite. O que você viu. – falou Daniel.

- bom eu cheguei na festa junto com o Felipe e o Henrique. Nos começamos a dançar com os amigos e algum tempo depois eu fui pegar um refrigerante. – falou Malu. – quando me aproximei do balcão com o Henrique, compramos o refrigerante, bebemos e ai eu vi o Felipe tomando um copo de vodka no balcão o que e bem estranho levando em consideração o fato de que ele não bebe bebidas alcoólicas. Mas não era ele. e eu não percebi na hora porque o ambiente era meio escuro e a musica alta atrapalhava o reconhecimento da voz.

- como descobriu que não era ele que estava bebendo? – perguntou Daniel.

- quando voltei para perto dos meus amigos e vi ele dançando com a Geovana. – falou Malu. – era impossível ele ter chegado ate eles antes de mim e quando perguntei como ele tinha chegado tão rápido ele disse que nem tinha saído dali. E ainda riu quando eu disse que vi ele tomando vodka no balcão. Não era ele.

- e depois disso? Você viu mais alguma coisa? – perguntou Daniel.

- depois de mais um tempo o Felipe disse que ia no banheiro e logo que ele saiu o namorado da Olivia passou pela nossa mesa perguntando se sabíamos dela. – falou Malu. – falamos que não e ele continuou procurando. Ou seja, quando o Felipe saiu dali a Olivia já tinha sido atacada provavelmente. E ai o Felipe não voltou também.

- então o Felipe não estava com vocês na hora da morte da Olivia? – falou Daniel.

- não. – admitiu Malu. – mas a Geovana foi atacada naquela noite pelo psicopata e o Felipe salvou ela. O Felipe e o psicopata ficaram juntos no mesmo cômodo e a Geovana presenciou isso.

- ótimo. – falou Daniel. – é o suficiente. Estou torcendo para ter câmeras de segurança no cômodo em que eles estavam. Vou interrogar o Felipe e a Geovana quando eles chegarem.

Sendo assim, quando Geovana e Felipe chegaram, Felipe foi para a sala de interrogatório com Daniel e ele disse:

- Felipe. Quem diria que um dia eu estaria interrogando você.

- pois é. – falou Felipe. – eu não fiz nada.

- eu quero acreditar. – falou Daniel. – me conta o que aconteceu quando você foi ate  o banheiro e não voltou mais ate a hora em que o vídeo do ataque foi mostrado.

-  eu fui até o banheiro e quando estava saindo, alguém me atacou. Ele tapou a minha boca para que eu não gritasse e me prendeu em um dos quartos. Ele amarrou minhas pernas e meus braços com cordas e disse que ia atrás da Geovana. – falou Felipe. – e eu fiquei la amarrado tentando me soltar.

- ele fez alguma coisa contra a minha filha? – perguntou Daniel com medo da resposta de Felipe.

- não. Eu cheguei a tempo e impedi que ele fizesse algum mal a Geovana. – falou Felipe.

- e como você conseguiu escapar das cordas? – perguntou Daniel.

- fiquei me debatendo e tentando cortar a corda passando ela na beirada da cadeira. – falou Felipe. – deu trabalho mas eu consegui. E ai eu escutei a Geovana gritando e fui na direção de onde vinham os gritos. E quando entrei no quarto vi o assassino tentando abaixar a alça do vestido dela. E ai eu falei para ele soltar ela e ele soltou. Ele usava uma mascara igual a minha e a roupa também. E ai ele disse que se corrêssemos para o salão chegaríamos a tempo de ver o grande show. O vídeo no caso.

- ok. Obrigado Felipe. Pode pedir para a Geovana entrar? – perguntou Daniel.

- de nada. eu peco sim. – falou Felipe e saiu da sala de interrogatório. E em seguida entrou Geovana e ela sentou na cadeira que estava em frente a Daniel.

- Geovana quero que me conte tudo o que você viu. E por favor diga a verdade. eu quero acreditar que não foi o Felipe, mas se foi ele outras pessoas correm perigo. – falou Daniel.

- eu vou falar a verdade ta. – falou Geovana. – se tivesse sido ele eu não iria protegê-lo. Eu estaria com ódio dele.

- beleza. Pode começar então. – falou Daniel. – ate a parte em que todos vocês chegaram na festa e começaram a dançar eu já sei. O que aconteceu quando você foi atacada no quarto?

- eu encontrei o assassino perto da porta do banheiro quando fui procurar o Felipe. E como ele usava a mesma mascara e a mesma roupa do Felipe achei que fosse ele. – falou Geovana. – estava escuro e com muito barulho. Não dava para perceber que não era ele.

- e como você percebeu que não era o Felipe? – perguntou Daniel.

- Ele me levou para um quarto e então começou a tentar me agarrar com brutalidade. O Felipe nunca faria isso comigo e o Felipe nunca quis ficar sozinho comigo em uma festa para tentar alguma coisa desse tipo. – falou Geovana. – e ai quando eu falei que ele não era o Felipe, ele admitiu. E ai começou a tentar abusar de mim, mas o Felipe chegou e me salvou. E o Felipe estava sem a mascara no rosto o que comprova que o cara que tentou me agarrar não era ele. ele e o assassino ficaram juntos no mesmo cômodo. Não foi ele.

- obrigado. – falou Daniel e Geovana se retirou da sala também.

Na casa de James, Alice tocou a campainha e logo uma moca veio abrir a porta.

- oi. O James esta? – perguntou Alice.

- ele acabou de sair. Foi comprar mais cerveja. – falou a moca que estava com um cigarro na mão. – entra ai. quer um baseado?

- não obrigada. Eu não fumo. – falou Alice entrando na casa e fechou a porta.

- olha ai a mulher do James. – falou um cara que estava sentado no sofá da sala fumando também. – quer uma cerveja gatinha?

- não. Eu não bebo. Obrigada. – falou Alice. – quem são vocês?

- somos amigos do James. – falou a moca. – sempre fumamos baseado e bebemos juntos.

- tem a parte do sexo também. O James pega uma amiga nossa. – falou o cara já completamente chapado.

- ei não era para ela saber disso. – falou a moca olhando com cara feia para o cara e em seguida voltou a olhar para Alice. – ele esta chapado. Não sabe o que ta falando. O James te ama. Ele não faz sexo com ninguém.

- eu sei. – falou Alice e sorriu fazendo a moca respirar aliviada.

- e ai galera cheguei. – falou a vendedora da loja chegando na casa e já foi entrando como se a casa fosse dela. – cadê aquele safado do James?

- foi comprar cerveja. – falou a outra moca.

- Hoje to querendo pegar ele gostoso. – falou a vendedora e então viu Alice o que a fez arregalar os olhos. – Alice?

- droga. Vocês vão acabar com o namoro do James desse jeito. – falou a moca.

- quer saber. É verdade. eu transo com o James sempre. – falou a vendedora. – ele me usa para ter o que você não da para ele.

- não acredito que ele te falou isso. eu vou esperar ele la no quarto ta. não me levem a mal. Mas já ouvi muito por hoje. – falou Alice controlando a raiva e foi ate o quarto do James enquanto a vendedora da loja pegou uma garrafa de cerveja também e se juntou aos amigos.

Alice entrou no quarto de James e entao viu um mural de fotos em sua parede onde tinham varias fotos dos dois juntos.

Ela foi ate a parede onde tinha o mural e começou a olhar para as fotos.

- não acredito que ele estava me traindo esse tempo todo. – falou ela. – que sem vergonha.

Ela sentou na cama do rapaz e ficou ali por um tempo ate que resolveu ir no banheiro e viu que ali no quarto dele tinha uma porta que devia ser de um banheiro.

Ela caminhou ate a porta, mas quando a abriu, teve uma grande surpresa.

- o que é isso? – perguntou ela se assustando com o que viu e ela colocou a mão sobre a boca.