Fanfic: "Nos Caminhos da Vida"(continuação da web original)

Chris: E onde é o SPA?
Ivalu: Na Zona Norte...

Ele olhou no relógio de pulso.

Chris: Se quisermos chegar antes do meio-dia, temos que voar! Já são onze e quarenta!
Ivalu: Então vamos correr!

Dulce já começava a se encaminhar para a saída, quando uma mão se cerrou em seu antebraço para detê-la. Não deu nem tempo de se virar, a mão que a deteve se cerrou entrelaçou com a sua, puxando-a junto a ele. Dulce viu seus dedos entrelaçados a medida que subia o olhar pelas costas de Christopher. A mão dele a agarrava forte, sem permitir que ela o rejeitasse novamente. Ouviu como Christopher chamava Christian com um assovio alto e viu o loiro correndo ao seu encontro com a mochila nas costas. Tentou puxar a mão, mas estava bem presa entre as dele.

Somente restou a resignação... por mais que um sorrisinho brotasse no canto de sua boca, à semelhante ato de possessão.

Como o carro de Christopher estava no estacionamento do aeroporto, Guillermo conseguiu que eles nem entrassem no carro que estava à espera deles na pista de pouso. Entraram por uma sala e logo saíram em um corredor restrito que dava acesso ao terminal de cargas do aeroporto e de lá passaram por um portão que um funcionário abriu para eles, obviamente, sem antes ganhar um autografo.

No carro de Christopher, Dulce foi na frente como toda namorada do motorista, mesmo que ela houvesse insistido um milhão de vezes para Christian ir na frente. Christopher nem ao menos reclamou, ficou calado enquanto ela se decidia. E quando Christian sentou-se atrás e ela na frente, com raiva de si mesma por sua infantilidade, ele arrancou o carro sem olhar para trás.

Ivalu: Vai pra onde, wero?

Christopher olhou para Christian desde o retrovisor, vendo como Christian fazia senhas para Ivalu. Olhou de canto de olho para Dulce, que estava muito concentrada em olhar a cidade. Ele deu um sorrisinho e logo disfarçou, olhando pela janela.

Christian: Chris vai me deixar na casa da mina mãe que fica por ali...
Dulce: Sua mãe se mudou? Porque ela morava a uma quadra daquela minha prima que mora na Zona Oeste... Você lembra naquele dia que passei lá pra te pegar pra gente gravar?

Ivalu fez uma careta discreta, enquanto Christopher tragava a saliva. Christian olhou para Ivalu com o cenho franzido, sem saber o que dizer e ela lhe deu uma porrada no braço, tapando a gargalhada.

Christian: M-minha avó que mora ali... Minha mãe mora na Zona Norte...

E suspirou quando viu Dulce assentir sem dizer mais nada.

Quando chegaram à frente do SPA, Ivalu saiu primeiro, logo Christian para passar para o banco da frente. E quando Dulce foi sair, Christopher novamente a pegou pelo braço, mas dessa vez ela se voltou para vê-lo nos olhos.

Chris: Espera...
Dulce: O que é agora? (impaciente)
Chris: Me dá um beijo...?
Dulce: Não.

E se virou para sair... Christopher apertou o agarre de seus dedos no antebraço dela, impedindo-a de seguir.

Dulce: Dá pra me soltar, por favor?
Chris: Só sai se pagar pedágio...

E pôs um sorriso de provocação ao ver como ela quase fumaçava de ódio.

Dulce: Não é hora de brincadeira, me deixa ir, por favor? Já estou atrasada! (disse puxando o braço, sem sucesso)

Ele se inclinou até ela e fez um biquinho com os lábios, ocultando seus olhos bem abertos pelo Ray Ban preto.

Dulce: Canalha!

As comissuras da boca dele se elevaram em um intento de sorriso, por mais que seus lábios não afrouxassem o biquinho.

Dulce o olhou meio torto e se aproximou dele para lhe dar um selinho breve, rápido... Mas assim que seus lábios se pegaram aos dele, Christopher os separou e agarrou pela nuca com rapidez para que ela não saísse do beijo.

Sentiu como a língua dele tentava seus lábios fechados...e para sua própria surpresa, seus próprios lábios contradisseram as ordens de seu cérebro e se separaram de boa vontade para encaixar a boca na sua com a mesma perfeição de sempre. Ouviu como ele exalava um suspiro de satisfação ao tocar a língua com a sua. E ela se derreteu naquele beijo. Os olhos de Dulce também contradisseram as ordens de seu cérebro, suas pálpebras se cerraram com lentidão, apreciando o beijo, enquanto seus lábios sondavam cada parte desses lábios doce.

Suas mãos foram a única parte do seu corpo que permaneceram obedientes, ficaram onde estavam, fechadas em punho em cima de suas coxas. Não se moveram para acariciá-lo, não subiram para encontrar o rosto dele, não subiram para dedilhar cada rastro de pele...

Os olhos de Dulce ainda estavam fechados, mesmo quando seus lábios já não estavam juntos. Os olhos que se abriram lentamente, dando de cara com o sorriso enorme dele.

Chris: Você não vai terminar comigo...

E Dulce ouvia como ele ria, enquanto sua raiva voltava.

Dulce: Vamos ver se não...

Foi a última coisa que ela disse antes de sair do carro. A gargalhada de Christopher se tornou maior e Christian sentou-se no banco da frente não entendo porra nenhuma. Colocou o cinto e Christopher olhou pára ele de súbito, subindo as mãos para os ombros dele.

Chris: Eu vou me casar, guey!!!!!

Christian olhou para os lados, ainda não entendendo a euforia dele.

Chris: Aquela ali oh... (e os dois se viraram para a frente, vendo como Dulce entrava no SPA com Ivalu) Aquela ali vai ser minha mulher! (eufórico)
Christian: Você ta bem?

Christopher arrancou com o carro e ligou o som no último volume, ainda gargalhando.

Christian fez o sinal da cruz, discretamente.