Fanfic: "Nos Caminhos da Vida"(continuação da web original)

Nesse momento, ela subiu os olhos azuis para ele. E ele encontrou a verdade ali transparente como a água. Podia ver que ela o queria, conseguia sentir como ela o desejava...

Anahí: Não posso mais viver assim... Não é saudável pra mim. Você me faz mal... (disse ela com o desespero contido na voz, como se fosse difícil para ela dizer aquelas palavras) Precisamos dar um basta nisso... Já! ( falando rápido) Antes que seja pior...
Poncho: Pior pra quem? Sempre é bom para os dois...
Anahí: Pra mim, Poncho! Sempre o pior pra mim! (franziu a testa em súplica)
Poncho: Eu não vou te fazer mal algum...

Anahí virou-se para ele com fogo brilhando em seus olhos. E tudo o que um dia foi calado, explodiu nesse momento:

Anahí: Me faz, sim! Me faz mal todas as vezes que você se levanta da minha cama...e nem ao menos olha na minha cara depois! Me faz mal...sentir tudo isso o que eu ainda sinto por você e saber que não é recíproco! Me faz mal eu me dar conta de que sou só um passatempo pra você, enquanto não aparece nada melhor. Assim como me faz mal pensar que quando estamos juntos, você está imaginando outra mulher!

E Poncho se deu conta de que ela se referia a Dulce. Não precisava ser tão inteligente para imaginar. Negou com a cabeça, aquilo não era verdade. Aquilo aconteceu somente uma vez, há muito tempo atrás. Ele nem mais lembrava direito. Aquilo foi um erro natural de seu cérebro, não estava pensando que era Dulce...mas havia metido a pata como sempre, ao pronunciar o nome dela em um momento tão inoportuno.

Anahí: Eu me sinto doente...porque não consigo me curar de você! Porque não consigo dizer não a você! Eu me sinto doente por sentir meu coração bater como louco pelo simples fato de te ver...

A voz falhou um pouco e Anahí se irritou ainda mais ao sentir seus olhos rasos em lágrimas. Viu como ele apertava o punho, enquanto mordia os lábios como se não gostasse de ouvir aquilo.

Anahí: Não podemos mais, Poncho...tenta me entender.
Poncho: Eu te entendo... (disse ele quase com carinho)

Apesar dos apesares, os dois ainda trabalhavam juntos. Ainda tinham algo para zelar. E realmente não era saudável viver em um pé de guerra como eles viviam ultimamente.

Poncho: E se você acha que não podemos mais nos encontrar....vou me afastar... Você está certa em não continuar com isso. E-eu... (tragou a saliva) Eu não te mereço... Eu vou embora... (e esboçou um sorrisinho amarelo se recompondo) Te vejo daqui a duas semanas, não se queima muito na praia, ok!

E se aproximou dela para lhe dar um beijo na têmpora esquerda, sentindo como os dedos dela se cerravam em seu antebraço, como se não conseguisse ficar com as mãos longe dele.

A soltou rapidamente, antes que a vontade de levá-la consigo o fizesse arrastá-la com ele. Não queria obrigá-la a nada. Entendia muito bem o que ela disse. Não havia futuro nenhum para os dois. E suspirou se afastando a passos largos, lembrando de uma época feliz que viveu naquele mesmo lugar. E lembrar disso, fez com que ele se sentisse estranho. E se deu conta de que pela primeira vez, Poncho descobriu que se sentia sozinho, que precisava de alguém ao seu lado. Alguém igual a ele, briguenta, grudenta, amorosa, sarcástica, engraçada, bipolar...e muito, mas muito carinhosa. Alguém a sua altura. Um alguém assim, como Anahí.

E sorriu de sua falta de sorte. Mas a vida era assim, um dia ele teve tudo...e hoje ele já não tinha mais.

Destravou seu carro com o controle e abriu a porta do carro para entrar. Ele ajeitou ao volante e fechou uma porta, enquanto a outra se abria sozinha. Olhou para o lado, vendo como Anahí entrava rapidamente, fechando a porta com brusquidão. Podia ver o brilho naqueles olhos de íris azuis. Não disse nada ao vê-la ali, em seu carro, somente franziu a testa sem perguntar realmente o que ela estava fazendo ali, depois de rechaçá-lo.

Poncho: Mudou...de ideia? 

Ela assentiu nervosa.

Anahí: E-eu não deveria querer...
Poncho: Está segura? Depois que eu der marcha nesse carro, não tem volta atrás...
Anahí: Não muito...
Poncho: Bom, ainda há tempo de se arrepender... Ok. (e abriu um sorriso, olhando para seu relógio de pulso) Vou dar uma tolerância de cinco minutos...

Anahí se virou para vê-lo, estranhando .

Poncho: Você sabe o que vai acontecer se você ficar... e quero que você esteja totalmente segura do que vai fazer.
Anahí: Era pra você ter me dito isso na primeira vez... Talvez eu tivesse me arrependido. (bufou ela virando para frente)
Poncho: Seria o sensato a fazer, mas não fiz...e agora estamos aqui.

Ela respirou fundo, fechando os olhos...se perguntava milhares de vezes o que diabos ela estava fazendo ali. E enquanto tentava achar uma resposta para os seus questionamentos, Poncho falou:

Poncho: É por causa daquele cara que você ta saindo...?

Ela viu que ele não a olhava, de soslaio. Poncho olhava para frente, com as duas mãos no volante.

Anahí: Talvez também seja por causa da mulher que você está saindo...
Poncho: Quem? Claudia? (e bufou divertido) Não durou duas semanas... (e encostou a testa no volante) Nós dois sabíamos que não daria certo.
Anahí: Que pena...

Ele virou-se para ela...rindo.

Poncho: Você diz por você?
Anahí: Não, por você...ela é muito bonita.
Poncho: Você também é...
Anahí: Mas nós dois também sabemos que não vai dar certo.
Poncho: Uma vez deu muito certo...
Anahí: Uma vez que você estragou.
Poncho: E se eu estiver arrependido?
Anahí: Isso você já me disse uma vez...
Poncho: E se eu quiser que tudo aquilo...vote a acontecer?
Anahí: Realiza, Poncho! Você não quer isso! (e riu com escárnio) Pra que se amarrar a uma só mulher quando se tem todas na palma da mão?
Poncho: Christopher é um exemplo disso... E mira! Se casou!
Anahí: Porque deixou Dulce grávida!
Poncho: Pode ter sido, mas eu o conheço...se ele não a amasse, ele nunca teria feito isso. Christopher mudou muito depois que “conheceu” Dulce... (disse com um pouco de malicia e depois riu) E por que eu não posso mudar também?
Anahí: Porque você não é capaz de amar ninguém, simples assim.
Poncho: Se você quiser me ensinar... (e levantou o olhar para o dela) eu estou disposto a aprender...

Poncho sabia que tinha amolecido aquele coração amargurado com o que dissera. Porém era a verdade. Nunca havia amado ninguém, por mais que já tivesse dito muitas vezes. E estava sendo sincero em dizer que queria viver aquilo...com ela. 

E então riu alto de sua cara espantada, se projetando para o lado para abraçá-la. Anahí se aferrou a ele com força, como se ele pudesse sumir dali se afrouxasse o abraço. Sentiu seus beijos molhados em seu pescoço e fechou os olhos, enquanto um sorriso escapava de sua boca, se sentindo feliz por mais aquela migalha dele.

Poncho: Vamos sumir? (dizia ele com a voz abafada, enquanto deslizava os lábios por sua bochecha) Preciso de uma enfermeira...que me cuide 24 horas por dia... (agarrou-lhe o lóbulo da orelha entre os dentes, enquanto a pontinha de sua língua ao sugava) 

Anahí sentiu como os pêlos de seus braços se arrepiavam, e arquejou brevemente com o movimento sensual de sua língua macia.

Anahí: Vamos...
Poncho: Pra onde? (virou o rosto para estar de frente com o dela, enquanto lhe roçava os lábios)
Anahí: Miami...

Então ela subiu suas duas mãos para o rosto dele e o surpreendeu com um beijo apaixonado. Poncho somente entreabriu os lábios desfrutando, assim como ela mesmo o fazia. Ela o desejava... Muito. Tanto que não estava conseguindo se conter. Seu corpo se projetava par frente querendo sentir o peitoral de Poncho contra os seus mamilos, que já estavam sensível mesmo antes das carícias. Seria tão fácil se colocar nas pernas dele, subir o vestido e... Se não estivesse ali. Na casa de Dulce. Podia sentir como de seu ventre as sensações surgiam cada vez que a língua dele se encontrava com a sua. 

E quando ele a puxou para que ela sentasse em suas pernas, Anahí nem ao menos pestanejou, ela mesma subiu seu vestido, enquanto seus corpos se encaixavam, enquanto ele ajustava o banco para que ficassem mais acomodados naquele curto espaço. As alças de seu vestido não demoraram muito a serem baixadas, assim como não demorou sentir as carícias vaguearem por seus seios, assim como as de sua boca. Já não havia como dar marcha atrás. Ali seria, como seria em qualquer lugar...em que ele a quisesse.