Fanfic: "Nos Caminhos da Vida"(continuação da web original)

Enquanto Anahí e Poncho reviam seus assuntos íntimos...

Dulce e Christopher estavam no meio da pista de dança, dançando a última valsa dos noivos. Os dois já haviam recorrido toda a festa cumprimentando os convidados. Christopher conhecendo a família de Dulce. Dulce conhecendo a família Christopher. Tudo em completa harmonia. Ela se encantou com a avó de Christopher por parte de mãe, quem por certo falava muito pouco espanhol e como seu inglês era um fracasso, Christopher foi o mediador da conversa em sueco. 

Já por outro lado, para ele foi impossível guardar todos os nomes da família de Dulce, era muita gente, mexicana da gema. Era primo, primas, tios, tias, avós que não acabava mais. Todos muitos simpáticos, engraçados e alegres, fazendo com que Christopher se sentisse bem do lado deles assim como se sentia ao lado dos pais de Dulce. Eram uma família extensa. E ele se sentiu mais um daquele meio. Dançou um pouco com a irmã de Dulce, enquanto ela dançava com o seu pai. Depois dançou com algumas das primas, das tias e da avó por parte de pai. E descobriu por meio de uma conversa com a avó de Dulce que eles descendiam da família da famosa pintora mexicana Frida Kahlo. Dulce confirmou a história logo depois, sua avó era prima-irmã da pintora. Christopher então notou que a pintura era um gosto familiar por parte de Dulce.

Mas o melhor foi a avó de Dulce beliscando sua bunda depois que os dois terminaram a valsa.

E o pior, toda a festa viu e caiu na gargalhada.

Dulce abraçou sua avó ainda rindo, enquanto a ouvia ela dizendo que moço mais bonito do que o que ela havia casado ela não encontra nunca mais. Logo Fernando tomou sua mãe pelo cotovelo, enquanto Christopher tomava sua mão, puxando-a e abraçando-a para que os dois pudessem bailar outra vez. Mas dessa vez, sem informalidades.

Chris: O que você achou da minha família?
Dulce: Nossa, sua família é linda!
Chris: Fiquei feliz por ver minhas primas! Meus avós! Fazia tempo que não nos víamos!

Dulce ainda estava quebrando a cabeça com os nomes estranhos da família de Dulce. Uma misturada que confundiu a cabeça dela. E ele se divertiu da confusão dela na hora das apresentações. E lhe prometeu ao pé do ouvido que um dia levaria ela e a filha para a Suécia para conhecê-los melhor. Dulce adorou a idéia. Mas antes ele teria que escrever os nomes para que ela pudesse treiná-los com calma antes de chegar lá.

Chris: Você está gostando? (sussurrou ele com a boca em sua têmpora)
Dulce: Acho que essa não é pergunta que se faça... (e riu um pouco) Um dia eu sonhei em me casar, mas realidade supera um milhão de vezes os meus sonhos!
Chris: E você se imaginou casando comigo?
Dulce: Por mais que eu ache estranho, eu nunca sonhei em casar com você...

Ele se fez para trás de uma vez, olhando-a com testa franzida. E ela sorriu, trazendo-o de novo para o mesmo local, enquanto rodopiavam por todo o salão, acompanhando o ritmo a música.

Dulce: Sonhar de sonhar dormindo não... (e riu) Mas já acordada, não foi só uma vez.
Chris: Eu também nunca sonhei em me casar... E pra quem nunca sonhou, já me casei duas vezes. (disse sorrindo)
Dulce: Con tu Naca! (e subiu a mão para o pescoço dele, lhe roubando mais um beijo)
Chris: Con mi Naca!
Dulce: Naco!
Ele lhe deu um beijo na testa e suspirou:

Chris: Já é hora, Dulce... Tudo o que nós teríamos que fazer aqui, nós fizemos. Já nos casamos ante Deus e o Juiz. Você jogou o buquê. Já tiramos 4 milhões, cento e cinqüenta mil e 10 fotos para o álbum. (Dulce riu ao seu ouvido) Já partimos o bolo, bebemos champanhe com as taças cruzadas... Deixa eu ver o que mais... (e ficou pensativo)
Dulce: Bailamos!
Chris: Sim, bailamos com nossas famílias! Eu dancei quase com a sua família inteira, acho que ficou faltando só o seu pai... (Dulce riu de novo)

Dulce: Falamos com todos já... (disse ela o ajudando)
Chris: Sim... O que nos impede de irmos?
Dulce: Você tomar a iniciativa...

Christopher se afastou dela e franziu as sobrancelhas com um sorriso lindo no rosto. E Dulce se derreteu. Que marido lindo, senhor! Aquela careca, aquele bigode e barbicha, aquele rosto, aquele corpo. Seu marido para hoje e sempre. Seu marido até que a morte os separasse.

Chris: Então vamos. A Senhora precisa descansar!

Christopher agarrou na mão dela e os dois saíram da pista sem falarem com ninguém. Dulce sorriu enquanto caminhava a passos rápidos, buscando acompanhá-los em sua marcha. Ao subir as escadas que davam acesso a casa... Blanca vinha descendo. Só bastou um olhar de mãe e filha, para eu ela soubesse que estavam escapando “A La Francesa” para a lua-de-mel. Blanca cumprimentou disfarçadamente com a taça de champanhe que estava em sua mão e Dulce deu um sorrisinho antes de entrar na casa e desaparecer por ela.

Eles nem ao menos pararam pararam para pegar algo na casa. Christopher passou direto, somente tirou as chaves do bolso do paletó e saiu pela porta da frente, agarrado na mão de Dulce.

Dulce: Pra que tanta pressa? (disse com a voz um pouco ofegante pela dificuldade de caminhar com aquele vestido e salto, assim como pela velocidade da mesma, que estava intensa)

Christopher havia apressado mais o passo, fazendo Dulce quase correr.

Chris: Quando você se deitar na cama...você vai ver porque.
Dulce: Eu pensei que tinha apagado seu fogo ontem...

Ele riu.

Chris: Dessa vez não tou falando de sexo...
Dulce: E de que então?
Chris: De cansaço...

ulce: Mas...?

De repente pararam do lado do carro e Christopher a interrompeu:

Chris: Mas nada... (mexendo no bolso do paletó, tirando um lenço) Agora fecha os olhos...
Dulce: Que? (perguntou desconfiada, enquanto franzia a testa) Pra que?
Chris: É outra surpresa... (novamente aquele sorriso lindo apareceu em seu rosto úmido pelo suor)
Dulce: Ahhh... (então fechou os olhos) espero que não me leve para o meio do mato... (e riu nervosa)

Christopher atou o lenço sobre os olhos dela e abriu mais um sorriso, guiando-a para dentro do carro. Mal poderia esperar para estar com ela mais uma vez naquele lugar... Era tanta a ansiedade de paz, de silêncio, de estar com ela, que o fazia suar. Estava nervoso de voltar ali. Estava nervoso de ter que regressar ali e fazer Dulce lembrar de coisas que não eram para serem lembradas nunca mais. Mas mesmo assim...persistia aquela vontade de estar lá com ela. Lá, naquele ambiente onde começou o caminho de uma bonita amizade, que gerou o fruto desse grande amor.