Fanfic: "Nos Caminhos da Vida"(continuação da web original)

Dulce tragou a saliva, sentindo como novamente a emoção voltava a lhe rondar. E ela que pensou que sua cota de emoção já havia se esgotado nessa noite.

Chris: Não digo pelo casamento...esse ia ser surpresa desde sempre. Mas falo em relação aos meus projetos. Você tem todo o direito de me criticar por eu não ter compartilhado isso com você, toda a minha vida... Você faz parte de mim, e eu me senti desleal com você escondendo tudo. Mas achei que seria o melhor. Não quero que fique chateada.
Dulce: Você poderia até explodir minha casa nesse instante que eu não ficaria chateada com você, seu i-idiota! (novamente a voz voltou a falhar) Eu tenho que lamber o chão que você pisa pra te merecer, pra merecer tudo o que você fez por mim! 

E ela suspirou, sabendo que não se calaria tão cedo.

Dulce: Às vezes eu não consigo acreditar que você é real! Não consigo acreditar que nosso amor é real! E tudo por sua causa... Porque você esteve ali quando eu mais precisei, porque você me deu um ombro pra chorar, me deu ânimos pra continuar...me fez ver eu era uma jóia valiosa demais para deixar de brilhar! Toda a felicidade da minha vida, eu devo a ti. Eu sei que se você não tivesse estado comigo...ele teria me estuprado, ele teria levado meus sonhos. Ele teria levado uma parte de mim que eu nunca mais acharia. (falava rápido pela apreensão) E Deus quis que você estivesse ali do meu lado para me salvar dele. Para salvar meus sonhos. Para proteger essa parte de mim...para que no futuro, pudesse te pertencer... E se alguém um dia me perguntassem, quem é o meu Herói... Eu responderei que é você! Porque você foi isso para mim, o meu Herói!
Chris: Você sabe onde tocar fundo...(disse ele rindo com a voz mais rouca que o normal) Incrível isso! Até parece que fui eu que me embebedei um dia e gritei pra todo mundo que você não via o estúpido amor que eu sentia por você.
Dulce: Até parece que fui eu que quebrei a mão e fiquei todo roxo para defender você!

Ele riu, treplicando:

Chris: Até parece que fui eu que cantei pra ti “Y llegaste tu” na frente de vários desconhecidos.
Dulce: Até parece que fui eu que disse que te levei para o fim do mundo para te dizer que era a primeira vez que não dependia somente de mim para ser feliz.

E só de relembrar fez com que seu coração pulsasse mais rápido, assim como o dele próprio.

Chris: E...até parece que fui que disse que a maior lição que tive na vida foi para não julgar os outros pela aparência, porque você era tudo o que eu não pensei que fosse...e hoje é tudo o que eu mais quero.

Ela abriu um sorriso.

Dulce: Até parece que fui eu que te consolei quando você mais precisou...
Chris: Até parece que fui eu quem te pediu em namoro de joelhos...

Dessa vez ela teve que rir.

Dulce: Até parece que fui eu que rezei para Deus te abençoar...antes de dormir.
Chris: Até parece que fui quem te levou para conhecer minha família...
Dulce: Até parece que fui que fiquei bêbado com o seu pai...

Christopher riu, lembrando-se.

Chris: Até parece que fui eu que cantei agradecendo a Deus por ter te encontrado...
Dulce: Até parece que fui eu...que disse que te amava na igreja...
Chris: Até parece que fui eu quem se vestiu de mulher para ir atrás de ti...

E as gargalhadas coincidiram dessa vez.

Dulce: Se nós formos dizer tudo o que aconteceu entre nós, acho que não acabamos em três meses.
Chris: Só quero dizer mais uma coisa, posso?
Dulce: Pode, fale!
Chris: De tudo...tudo, tudo, tudo o que aconteceu entre nós...o que sempre levarei de mais importante é que hoje me sinto orgulhoso de mim porque você me transformou em alguém melhor.
Dulce: Tá bom, vai me fazer chorar de novo!
Chris: Nooooooooooo! (e riu vendo que a menos de cinqüenta metros se encontrava seu destino final)

Quando o carro parou, Dulce pôde ouvir um barulho, de como algo se mexia. E logo o carro entrou, deduziu que era um portão, e foi logo perguntando:

Dulce: Chegamos?
Chris: Sim.

Ele estacionou o carro na vaga que lhe pertencia e suspirou olhando para os lados. Não haviam muitos carros estacionados, isso queria dizer que não havia muita gente ali naquela época. Seria bom demais não ser perturbado durante a única noite que passaria ali... E suspirou com nervosismo. Somente de estar ali, fazia com que aquela semana fluísse em sua mente. E que todas as risadas, as tristezas, os sentimentos encontrados, o nervosismo...voltasse a tona. Era como se pudesse sentir a apreensão que lhe afligia naquela época. Era como se Dulce ainda fosse sua amiga. Era como se fossem quase como dois desconhecidos. E aquela sensação foi tão forte, que suspirou outra vez, fazendo-a se dar conta daquilo.

Dulce: Alguma coisa errada?
Chris: Não, por que?
Dulce: Porque faz um minuto que paramos e você não fez menção de sair.
Chris: Ahhh...
Dulce: Tem alguém aí que não pode nos ver?
Chris: Não tem uma alma de pessoa aqui.
Dulce: E então?
Chris: Nada, mi vida...eu só estava pensando.

Ele nem deu a chance de falar mais nada. Dulce ouviu a porta se abrindo e fechando outra vez. Poucos segundos depois, sua porta se abriu e Christopher segurou sua mão para ajudá-la a sair do carro.

Chris: Ergue um pouco o vestido para não arrastar no chão...

E assim Dulce o fez. Se pôs de pé, sentindo o travamento de seus músculos aos se esticarem e deu um grunhidinho de prazer, ao sentir o formigamento no seu pé direito. O alarme do carro soou depois de Christopher fechar a porta e logo sentiu uma de suas mãos se apoiando em sua cintura para guiá-la pra não-sei-onde. Suspirou, pelo menos aquilo não parecia o meio do mato. Não fazia a mais mínima idéia de onde estava.

Dulce: Onde vamos, pelo o amor de Deus?!
Chris: Humm... (murmurou rindo um pouco) Você vai descobrir...
Dulce: Não vamos passar nossa noite de núpcias em um motel, não?
Chris: Você não está vendo mesmo, não é?

Ela riu negando com a cabeça. Christopher ao passar pelas portas automáticas, os encaminhou para o elevador, onde o mesmo rapidamente se abriu ao apertar o botão. Dulce deu um passo a frente, e logo os dois estiveram dentro.

Dulce: Motel não tem elevador... (e riu) Anda, me diz...tou com frio no barriga!
Chris: A gente passou quase meia-hora dentro do carro e você não perguntou nada... E agora que estamos quase há dois passos....você quer saber?
Dulce: Estou nervosa...
Chris: Por que, mi amor? Nós já temos experiência com noites de núpcias.
Dulce: Mesmo assim me sinto como uma virgem... 

E ouviu sua risada, e logo depois sentiu como ele segurava seu rosto com as duas mãos, sentindo como o rosto dele estava próximo ao seu. Seus lábios se tocaram em um beijo terno, porém rápido.

Chris: Dessa vez não vou me oferecer para ir ao bar e deixar você sozinha no quarto. Dessa vez nós iremos fazer tudo direito...
Dulce: Vamos elevar ainda mais nosso nível de amizade com direitos, não é? (palmeou o peito dele, enquanto dava um sorrisinho)
Chris: No, chiquita... (e a beijou de leve mais uma vez) Nós só vamos elevar nosso nível de momentos inesquecíveis.