Fanfic: Entre o Amor e a Vingança

—Alfonso: De que se trata? —perguntou ele, estranhando.

—Anahí: Diga a ela que ela já não tem nada do que se preocupar. Não pergunte do que se trata. É algo pessoal. Diga a ela. Ela o compreenderá —concluiu. Pôs-se de pé. Tinha um aspecto elegante e frágil—. Adeus Alfonso.

Ele se pôs também de pé.

—Alfonso: Perdi o paraíso —sussurrou—. Me arrependerei toda a vida, mas seria uma insensatez convidar vc novamente para a loucura.

—Anahí: Tem razão —afirmou. Então, acompanhou-o até a porta—. Eu... não estarei aqui durante muito tempo mais.

—Alfonso: Onde vc irá?

—Anahí: Ainda não decidi.

—Alfonso: Vai embora com o homem que te espera em Chicago?

—Anahí: E por que não? —Replicou ela com ironia—. Há homens no mundo que desejam algo permanente.

—Alfonso: Idiotas.

—Anahí: Não. Simplesmente homens carentes que estão cansados de viver sozinhos.

—Alfonso: Eu não tenho por que estar só, céu. —disse ele com um frio sorriso— O único que tenho que fazer é estralar os dedos.

—Anahí: Eu sei. Enquanto o dinheiro te dure, não passará nada. No entanto, quem ficaria a seu lado quando estivesse enfermo se não tem dinheiro? Quem iria ler pra vc se ficasse cego ou pegaria a sua mão se estivesse morrendo?

Alfonso fechou os olhos brevemente. Quase não podia suportar a dor. Anahí teria feito todas essas coisas porque o amava. No entanto, não podia corresponder a ela do mesmo modo. Não se atrevia...

—Alfonso: Tenho que ir —anunciou com voz firme.

Não olhou para atrás. Dirigiu-se diretamente ao carro e entrou nele. Anahí observou como o carro se distanciava antes de fechar a porta. Supunha que deveria estar agradecida a Alfonso por ter dado a possibilidade de romper com o passado. A partir daquele momento, podia seguir com seus planos, com sua vida, sem seguir sonhando sonhos impossíveis. Acabava de dar-se conta do impossível que tinham sido.

Precisava desesperadamente sair dali durante uns dias. Além do mais, tinha reuniões com clientes que não podia faltar. Ligou para à senhora Dade a sua casa e pediu a ela que desse a segunda-feira livre para poder vender a casa de sua tia. Não era verdade, mas serviu de pretexto para assim não ir trabalhar.

Minutos mais tarde, ligou para que enviassem o avião para buscá-la. Duas horas mais tarde, colocou a peruca e o casaco, chamou um táxi e já estava no aeroporto quando o avião chegou. Aquela mesma tarde estava em sua casa com Miguel entre seus braços. Ao menos assim, tinha tempo para aceitar a rejeição de Alfonso. E pensava aproveitar tudo o que pudesse.