Fanfic: Entre o Amor e a Vingança

Myrna abriu a boca para falar, mas, antes que pudesse fazer isso, Alfonso entrou no restaurante com sua ruiva enganchada em seu braço. Se fez parecer completamente apaixonado por Lara, enquanto a conduzia à mesa na que sua mãe estava sentada. Myrna pareceu tão surpresa como Anahí, ainda que Anahí não fez menção de ficar surpresa.

—Alfonso: Aqui está —disse Alfonso olhando para sua mãe—. Vc tinha que almoçar comigo e com Lara lá em casa. A comida está esperando.

—Myrna: Ah sim! —exclamou. Era a primeira vez que se esquecia de algo assim. Na realidade, aquela Lara não parecia muito melhor que Anahí. Tinha dinheiro, mas carecia de educação e de bons modos.

Anahí observou com um grande peso no coração como os três iam embora. Bom, sabia que Alfonso estava saindo com Lara. Por que tinha que se sentir ferida? Além do mais, ela tinha coisas bem mais importantes na cabeça.

Alegou uma dor de cabeça e saiu do restaurante. Já não se importava que a senhora Dade a despedisse. De todos os modos, aquele era seu último dia no restaurante. Só tinha agüentado até então, para aplacar suspeita naquele momento tão delicado.

Na elegante casa dos Herrera, Alfonso acomodou Lara ao lado de sua mãe e se sentou. As donzelas começaram a servir a comida enquanto Lara se queixava do frouxo que era o café.

—Alfonso: Por que vc estava no restaurante? —Perguntou a sua mãe—. Segue tentando me proteger?

—Myrna: Não, eu...

—Lara: Achei que íamos ir à cobertura para almoçar — disse, ignorando a conversa que Alfonso tinha com sua mãe—. Além disso, vc não mencionou que íamos vir aqui, até que vc viu o carro de sua mãe na cidade.

Myrna ficou atônita. Então, ele não tinha esquecido. Se perguntou quais eram os motivos de Alfonso e se perguntou se o fato de que Anahí o visse com Lara tinha tido algo que ver.

—Alfonso: Não importa. —disse à ruiva— Me responde —espetou a sua mãe—. Por que estava no restaurante? O que vc e Anahí estão me escondendo?

—Lara: Eu só quero uma salada —pediu a uma das donzelas—. Com tempero de queijo azul, mas não quero em cima da salada. E quero Perrier para beber.

—Alfonso: Vc vai morrer de fome só com isso —comentou.

—Lara: E vc vai engordar com isso —replicou ela, assinalando a carne com batatas-fritas—. A carne de boi é muito prejudicial a saúde. Não deveria comê-la.

—Alfonso: Vc se esqueceu que sou dono de um restaurante e de uma fazenda? —perguntou ele, apertando os dentes.

—Lara: É uma crueldade. Aposto algo que marca o gado. Eu pertenço a várias organizações de direitos para os animais e....

—Alfonso: Agora não — ordenou ele. A ameaça que Lara viu nos olhos dele fez que ela se calasse em seco—. E não fale assim. Já não sou nenhum menino.

—Lara: sei o que é— brincou com a cara dele.

Myrna parecia completamente escandalizada.

Alfonso olhou Lara cheio de fúria. Não tinha tido a intenção de levar ela a sua casa. Nem sequer ao restaurante. Mas queria que Anahí pensasse que ele estava tendo uma aventura com ela, mas não era verdade. Não tinha tocado outra mulher desde que Anahí tinha regressado a Billings. Não podia. No entanto, não estava disposto a admitir isso, ainda que se lamentava profundamente o que tinha dito a Anahí. O único que podia pensar era como ele iria se sentir quando Anahí voltasse a sair de sua vida. Levou Lara ao restaurante numa última tentativa para ver os sentimentos de Anahí, ver se ela ainda sentia algo por ele apesar de tudo o que ele tinha dito. Se tivesse visto um índice de interesse, um gesto da parte de Anahí, ele teria deixado tudo de lado para assim dar uma oportunidade para uma relação verdadeira. No entanto, Anahí nem sequer percebeu que Lara o acompanhava.

A fria mirada de sua mãe interrompeu seus pensamentos.

—Myrna: Tenho que me ocupar dos convites dessa ação benéfica que vou celebrar —disse pondo-se de pé—. Que desfrute o almoço Alfonso. Eu... espero que nos reveremos em alguma ocasião Lara.

Alfonso observou como sua mãe saia da mesa com uma mistura de sentimentos.

—Alfonso: Uéé, se eu soubesse o que está passando.

—Lara: Suponho que eu a envergonhei —comentou com uma gargalhada—. Talvez sua mãe não sabe que vc se deita com garotas?

—Alfonso: Eu não deitei contigo e vc sabe muito bem — disse com tom ameaçante. Então, levantou-se—. Vou te levar para a sua casa.

—Lara: Pelo amor de Deus, eu só disse que... — protestou quando ele a tomou pelo braço.

—Alfonso: Vamos.

Durante o resto do dia, Anahí esteve pensando na visita de Myrna Herrera. Não deixava de se perguntar o que Myrna queria dizer. No entanto, já não importava. O único que queria era fazer a armadilha para atacar Alfonso e poder ir embora de Billings. Já tinha desperdiçado muita energia e muito tempo num plano que mal reportava credibilidade em sua empresa. Henry teria se sentido envergonhado dela por consentir que os assuntos pessoais interferissem com os assuntos de trabalho. Além disso, Dom estava aproveitado sua ausência para reforçar sua posição na empresa.
Ligou para ele no domingo pela noite.

—Anahí: Vai vir à reunião amanhã?

—Dom: Claro. Tenho os poderes e tenho falando com os acionistas. Sou bastante otimista ao respeito.

Anahí esperava que ele não se vendesse, junto com Alfonso, na reunião. Nesse sentido, tinha que confiar em sua sorte.

—Anahí: Eu me conformo com a capitulação —disse—. Se podemos utilizar os votos para conseguir os contratos e obrigar Alfonso a aceitá-los, estarei mais do que satisfeita.

—Dom: Eu acreditava que o motivo de tudo isto era a absorção de Herrera Properties.