Fanfic: A Melhor Parte de Mim (Herroni) | Tema: Herroni, Vondy, Anahí e Ian.

ღ 009 - 1ª Fase ღ

Maite: E então Alfonso, você vai à festa? – Resolveu se pronunciar.

Poncho: Sim.

Maite: Hum... E ao clube?

Poncho: Sim.

Maite: Pra o clube eu acho que vou também, mas para a festa não... – Ela disse.

Poncho: Eu te perguntei alguma coisa, droga? – Ele bradou irritado e ela abaixou a cabeça, se calando.

Maite: Eu não tenho culpa, Alfonso... Ninguém tem. – Ela sussurrou baixinho, mas ele ouviu.

Poncho: O que você disse? – Perguntou, irritado.

Maite: Que ninguém tem culpa, Alfonso. – Ela disse.

Poncho: Escuta aqui...

Maite: Não Alfonso... Por favor, não fala nada. Eu sei o que vai dizer, que eu sou uma mosca morta, intrometida, um nada, que não devo me meter na sua vida e que... Aaah não importa, você me odeia e nada vai mudar isso, fim. Eu só quero que entenda que... Ninguém tem culpa dele está morto e eu entendo a sua dor, eu a entendo muito bem e... – Suspirou e parou no caminho, olhou pro lado e viu a fonte que sempre amou. Alfonso olhou pra trás e também parou seguindo o olhar dela.

Poncho: Vai ficar ai? – Perguntou, pela primeira vez, sentindo algo estranho pelas palavras dela. Talvez fosse verdade, mas ele não tinha certeza daquilo...Não tinha certeza se a odiava, mesmo que só a tratasse assim.

Maite: Sim. Pode ir, você não quer a minha companhia mesmo. – Sorriu triste. — Se o papai perguntar, diz que eu fiquei na fonte.

Poncho: Não direi nada e para de drama, garota. – Ele disse e ela suspirou assentindo e indo em direção à fonte, sentou-se no banquinho da pra que ficava em frente a ela e colocou sua mochila ao seu lado. Alfonso revirou os olhos e a mirou. Ele devia ir embora e também queria isso, mas não foi, ficou encostado em um carro de lá a mirando. Maite estava lembrando dos momentos que vivei ali com a mãe, o sorrido dela, os abraços aconchegantes, os olhos que brilhavam e principalmente o amor e carinho que ela fazia questão de mostrar todos os dias a sua filha. Abaixou a cabeça e deixou as lágrimas caírem, doía tanto, parecia que cada dia que passava, em vez de diminuir, aumentava mais. A verdade é que Maite apesar de ser tão frágil e sensível, sempre se fazia de forte, sempre acolhia a todos, dizia palavras bonitas, mesmo por dentro se despedaçando cada vez mais e sofrendo tanto. Alfonso sabia que ela estava chorando e se sensibilizou com aquilo, mas a raiva dele era grande e sem nenhuma explicação. Mai enxugou as lágrimas e se levantou rapidamente depois de um tempo e se assustou quando virou deu de cara com Alfonso, para a sua surpresa, caminhou até ele.

Maite: Por que... Por que ficou aqui? – Ela perguntou.

Poncho: Porque sim. Estou a fim de tomar um ar, antes de voltar para o inferno que é a sua casa. – Mentiu, pois na verdade, mesmo que quisesse negar, estava preocupado com ela.

Maite: Nossa casa, Alfonso... – Ela disse e suspirou. Maite não estava bem, Alfonso percebeu isso.

Poncho: O que houve? – Ele perguntou e os olhos dela marejaram, foi de partir o coração. — Maite. – A repreendeu bravo. — Não chora droga. – Ele disse, mas foi em vão as lágrimas de Maite já desciam e ele se comoveu com aquilo e por um momento esqueceu tudo que os rodeava. — Maite... – Disse baixinho, mas nada adiantou, ela não conseguia parar. Ele segurou sua mão e a puxou para si, deixando-a chorar no seu ombro. O momento foi único. Maite era pequena em relação a Poncho, ele pôs os braços ao redor dela e afagou seus cabelos. Ele estava a consolando, mas não só isso, era a primeira vez que ele consolava alguém na vida. Ele sentiu algo estranho no momento, mas deixou pra lá. Quando Maite se acalmou, eles se afastaram e ela secou as lágrimas, sem graça.

Maite: Me...Me desculpe. – Ela disse e fungou, passando a mão no rosto. Ele assentiu e adotou novamente a postura séria.