Fanfics Brasil - Capitulo - 18 Uma Noite de Prazer - AyA - Adaptada - FINALIZADA.

Fanfic: Uma Noite de Prazer - AyA - Adaptada - FINALIZADA. | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo - 18

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A funcionária apontava o dedo em direção à butique, e, com um gesto de agradecimento, o homem seguiu a indicação com passos firmes. Anahi puxou pela respiração. Instintivamente, levou a mão ao pescoço como se estivesse com dificuldade para respirar. Teve ímpetos de correr e refugiar-se no seu escritório, antes que ele a visse.
Alfonso estava ali. No hotel.
Ele parecia mais alto do que era na realidade. Um homem bonito, sensual, de músculos rígidos, irradiando magnetismo e força. Vestia camisa de linho bege, jeans e botas de couro. Suas roupas de trabalho destoavam dos ternos e trajes esportes de grife dos homens que cruzavam o saguão do hotel. Pelas roupas e pela boa aparência física, Alfonso chamava a atenção de todos, sobretudo das mulheres, funcionárias e hóspedes.
Rosalyn, que seguiu a linha de visão de Anahi, também não escondeu sua admiração.
— Uau, que gato! Não é sempre que temos a sorte de ver um bonitão desses por aqui! — ela brincou. Depois voltou-se para Anahi, ainda perplexa e abalada.
Rosalyn franziu o cenho, percebendo que havia alguma coisa mais naquela cena além do que os olhos viam.
— Anahi, você conhece esse homem?
— Humm... mais ou menos.
— Mais ou menos? — Rosalyn repetiu. — Esse mais ou menos significa "sim" ou "não"?
Naquela altura, prestes a confrontar-se com Alfonso Herrera, Anahi não via sentido em mentir para a irmã.
— Sim, eu o conheço — afirmou num tom quase de indiferença, como se o relacionamento deles fosse puramente comercial.
— Oh! — A entusiástica exclamação de Rosalyn deixava claro que ela já chegara à própria conclusão a respeito deles.
Anahi sentiu um frio no estômago. Conseguira fugir de Alfonso no The Daily Grind, mas agora, finalmente, ele a prendera numa armadilha.
Alfonso entrou na butique, olhou ao redor até avistá-la ao lado de Rosalyn, no canto direito da loja. Anahi sentiu o ar faltar-lhe. O sorriso que ele dispensara à recepcionista desaparecera. Sua expressão era séria, determinada, implacável, lembrando-a do homem que a recebera em sua casa, na noite de sexta-feira.
Anahi entrou em pânico ao vê-lo parar bem na frente dela. Estremecendo, obrigou-se a sustentar o olhar dele e assustou-se com o que viu no fundo dos olhos azuis.
Inclinando a cabeça, Alfonso cumprimentou-a.
— Olá, sita. St. Puente.
Anahi surpreendeu-se por ele saber seu sobrenome. Como Alfonso descobrira, ela não tinha a menor idéia, mas que ele estava furioso, isso era evidente.
Endireitando os ombros, Anahi fingiu uma calma que estava longe de sentir.
— Sr. Herrera.
Rosalyn estendeu-lhe a mão e, sorrindo, apresentou-se:
— Olá. Sou Rosalyn, irmã de Anahi.
— Alfonso Herrera. — Ele apertou-lhe a mão e contemplou-a com um sorriso encantador. — Prazer em conhecê-la.
— O prazer é meu — Rosalyn respondeu meio ofegante. Anahi cruzou os braços.
— O que o traz aqui, Sr. Herrera?
O sorriso de Alfonso desapareceu de novo.
— Penso que sabe exatamente o motivo. Aliás, eu gostaria de conversar com a senhorita em particular.
De jeito nenhum ela ficaria a sós com Alfonso. Não ali, não naquele momento, não num lugar onde todos comentariam e especulariam sobre ele... sobre eles.
— Sinto muito, mas estou ocupadíssima.
— Você prefere tratar de negócios aqui, no meio da sua loja? — O tom calmo e amigável da voz dele não a tranqüilizava em nada. — Por mim, poderemos conversar aqui mesmo, Srta. St. Puente.
Rosalyn olhava de um para outro sem esconder a curiosidade. Anahi não acreditava que Alfonso cometeria a insensatez de revelar tudo sobre eles em público. Mas Alfonso estava furioso por ela ter lhe escondido a verdade sobre sua identidade, e Anahi não queria brincar com a sorte.
— Tudo bem. Vamos conversar no meu escritório. — E voltando-se para a irmã: — Rosalyn, importa-se se eu ligar mais tarde para combinarmos um dia para irmos às compras?
— Oh, não, claro. Eu já ia embora mesmo. Está na hora de Sophie dormir. — Ela apontou para a criança que cochilava no carrinho de bebê.
Anahi despediu-se da irmã e da sobrinha. Minutos depois, estava a sós com Alfonso no escritório nos fundos da butique. Deu a volta na mesa, como se precisasse dela para proteger-se da presença sufocante dele.
Sustentou o olhar de Alfonso, esperando por uma explosão de fúria. Ele, porém, apenas fitava-a em silêncio, ressentimento e raiva brilhando em seus olhos. Havia alguma coisa mais naquele olhar que Anahi não conseguia definir. Mágoa? Decepção? Desejo?
Oh, sim, definitivamente, havia um lampejo de desejo na expressão dele, um brilho quase imperceptível, mas com tamanha carga de emoção que quase derrubou as defesas de Anahi. Apesar do comportamento egoísta dela, apesar da própria revolta por sentir-se usado e enganado, Alfonso Herrera ainda a desejava.
Mesmo não querendo desejá-la.
Não suportando mais o silêncio pesado e constrangedor, Julie reuniu toda sua coragem para perguntar:
— Como você me encontrou?
— Meu primo Steve Herrera é detetive particular, e eu anotei a placa do seu carro. A partir daí, foi fácil descobrir informações interessantes a seu respeito.
Ela não o culpava. Se a situação fosse inversa, sem dúvida ela teria feito o mesmo. Mas até que ponto ele desenterrara seu passado e que outras coisas descobrira sobre ela?
— Imagine meu choque quando descobri que eu estava transando com a filha de uma das famílias mais importantes de Chicago — disse Alfonso, num tom indesculpavelmente vulgar.
Anahi cerrou os punhos, magoada e ofendida com as palavras dele. Entendia que Alfonso estava despejando sua frustração, mas detestava a linguagem grosseira e o modo como ele reduzira o tempo que haviam passado junto em alguma coisa tão sórdida e barata.
Alfonso apoiou as mãos na mesa e inclinou-se para a frente.
— E então, você se divertiu à beca exibindo-se numa espelunca como o Nick`s Sports Bar e indo para a cama com um simples trabalhador braçal?
— Não foi nada disso! — ela se defendeu.
— Mas é exatamente o que parece, Srta. St. Puente. Ofendida, Anahi deu a volta na mesa e parou na frente dele, enfrentando-o.
— O que eu fiz aquela noite no bar, juro que nunca tinha feito antes com ninguém. Independente do que você pensa a meu respeito agora que sabe quem sou, saiba que eu não costumo sair por aí para dormir com desconhecidos apenas para chutá-los no traseiro depois, ou só porque sou rica e preciso ficar me exibindo pelos bares da cidade!
— Não? — ele a provocou.
— Não. — A palavra pronunciada com tanta força e convicção ecoou pela sala.
Alfonso desviou o olhar e respirou fundo. Quando a fitou novamente, as linhas duras de sua expressão tinham se suavizado.
— Então, explique-me o que aconteceu aquela noite, Anahi. — Não havia mais sarcasmo ou rispidez na voz dele, apenas curiosidade. — Por que o disfarce? Por que o anonimato e os segredos? Eu só quero entender o que está acontecendo para não ficar pensando o pior, porque sem explicações, eu só posso pensar mal de você.
A verdade. Depois de tudo, Alfonso merecia saber a verdade.
— Você está certo, Alfonso. Vou contar tudo. Na noite do meu trigésimo aniversário, decidi terminar com um jejum sexual de três anos. Sim, porque depois do que aconteceu com o meu último namorado, eu me tornei uma pessoa conservadora, responsável, fechada. O protótipo da boa moça, dedicada apenas à família e ao trabalho.
Alfonso observava-a com olhar impenetrável, ouvindo, absorvendo as palavras dela, em silêncio.
Anahi esfregou as mãos nos braços e continuou:
— Então, de repente, decidi que uma noite de sexo e diversão com um desconhecido seria o ideal. Sem confusão, sem cobranças, sem comentários. Nada mais do que uma noite de sexo ardente e inesquecível. Sem promessas, sem vínculos, sem envolvimentos emocionais.
E ela falhara no último item.
— Admito que fui ao Nick`s justamente por ficar nos arredores da cidade, um lugar onde ninguém me conhecia e onde sabia que ninguém que eu conhecia estaria lá. — Anahi forçou um sorriso. — Eu só queria um pouco de aventura. Só queria uma lembrança de aniversário para guardar para sempre na memória. — Ela ergueu os olhos e, na intensidade do olhar de Alfonso, finalmente viu a promessa de um pouco de compreensão. — Em vez disso, encontrei você.
Anahi sorriu e seus lábios tremularam, recordando os acontecimentos daquela noite.
— Você era o rapaz que eu tinha imaginado para realizar o meu sonho. Confesso que você superou todas as minhas expectativas mais loucas e as fantasias mais ardentes. Despertou meu lado sedutor e atrevido que, até então, eu não sabia que existia. Nunca esperei nada disso, mas foi maravilhoso e excitante.
— Sim, foi — disse Alfonso, por fim, surpreendendo-a com a revelação. Ele fora tão afetado quanto ela.
Não resistindo à necessidade de tocá-lo, precisando daquele contato físico, Anahi pousou a mão no braço dele. Sua pele era quente, os músculos rígidos e firmes.
— Não sei o que você está pensando a meu respeito, Alfonso, mas nunca pretendi que as coisas fossem tão longe entre nós. Nunca planejei me envolver com você e nem que o nosso caso se tornasse tão complicado. Era justamente o que eu queria evitar ao optar por um encontro fugaz, de uma noite só. — Ela umedeceu os lábios secos. — Mas não consegui ficar longe de você. A atração era muito forte, e eu o desejava demais.
O encontro deles envolvera muito mais do que desejo sexual. Alfonso representava a independência e a liberdade que Anahi buscava. Com Alfonso, ela era autêntica, tendo ele percebido ou não. Enquanto mantinha sua identidade em sigilo, Anahi revelara muito mais de sua personalidade, de sua alma, de seu interior, que nada tinham a ver com o nome St. Puente.
— Não é só isso. — Alfonso assustou-a com seu tom ríspido.
— Como assim?
— Há alguma coisa muito importante que a impede de assumir o nosso relacionamento. Uma razão específica para você ter escondido a sua identidade. É por causa da minha profissão?
— Não. Eu não sou fútil assim, Alfonso.
— Então, o que é?
Ela fechou os olhos. Alfonso era tão perceptivo e estava pedindo para esclarecer tudo entre eles. Ele queria saber de um passado que Anahi queria esquecer, mas que a afetaria para sempre.
— Desde que comecei a aceitar convites para sair com rapazes, só tenho tido decepções. E só saberem que sou uma St. Puente para eles se interessarem mais pela fortuna da família do que por mim como mulher. Imagine o que significa envolver-se com uma St. Puente socialmente falando. Eles me vêem como uma polpuda conta bancária, e não como realmente sou.
Agora vinha a parte mais triste e difícil do passado.
— Um dia, fui com algumas amigas a uma exposição de arte e conheci Greg Derryn. Ele era charmoso e espirituoso.
Mesmo depois de saber quem eu era, Greg nunca deu mostras de estar mais interessado na minha herança ou no status social. Honestamente, pensei que o interesse dele por mim era sincero. Anahi suspirou, reunindo coragem para contar o restante da história.
— Namoramos durante uns seis meses e, pela primeira vez, pensei ter encontrado o homem da minha vida. As atitudes de Greg me levaram a acreditar que era diferente, que gostava de mim e que o nome St. Puente e as vantagens que isso poderia lhe render nada significavam para ele. Deixei-me levar pela emoção e me apaixonei.
Anahi fez uma pausa, tentando organizar os pensamentos.
— O que aconteceu depois? — Alfonso indagou.
— De repente, Greg se revelou igual a todos os outros rapazes e passou a me enxergar como um investimento rentável. Só que ele me usou de um modo como nunca imaginei. — Ela sentiu um nó na garganta. — Ele me chantageou para conseguir o que queria.
— Dinheiro?
— Muito dinheiro.
— O que ele fez? — Alfonso quis saber.
Humilhada, Anahi baixou os olhos. Ela não esperava precisar revelar o que originara a extorsão de Greg, mas agora que começara, tinha de ir até o fim.
— Uma noite, ele me drogou e bateu uma série de fotografias em poses sensuais e eróticas. O tipo de fotos publicadas nas revistas masculinas. Depois, escolheu as menos vulgares e as enviou a meu pai com um bilhete de advertência. Se meu pai não pagasse a pequena fortuna que ele exigia, as fotos circulariam pela internet. Meu pai pagou a quantia exigida, Greg entregou os negativos e, felizmente, ele sumiu e as fotos nunca foram publicadas.
Alfonso praguejou.
— Por que seu pai não foi à polícia?
— Porque ele não queria correr o risco de enfrentar um escândalo. — Ela escondeu o rosto com as mãos. — Meu Deus, você não imagina a confusão. Eu queria morrer de vergonha. E nunca me perdoei por ter colocado meus pais numa situação tão constrangedora e por havê-los desapontado com o meu erro de julgamento.
— Como você podia saber as intenções daquele cafajeste? Anahi riu, o som abafado pelas lágrimas que ela tentava conter.
— E isso aí, Alfonso. Agora eu vivo com medo de me envolver seriamente com alguém. Como vê, tenho motivos de sobra para não confiar nos homens.
— Eu não estou interessado na sua fortuna, Anahi — ele rebateu rispidamente.
— Eu sei. Eu acredito. Mas as circunstâncias do nosso relacionamento têm todo o potencial para se tornar um escândalo. Veja só o que eu fiz! Entrei num bar, escolhi um homem e dormi com ele. Por estupidez, me envolvi numa situação que tem tudo para repetir a história de Greg.
Anahi não queria lhe contar sobre a ameaça de James. Céus, a vida dela poderia tornar-se mais complicada e enrolada do que já estava?
— Então, é isso, Anahi? Este é o nosso final de linha?
— Sim. Aliás, comentei com você que estava pensando em me mudar de Chicago. Eu já me decidi, Alfonso. Dentro de um mês, já estarei instalada em San Francisco.
Depois de um longo momento de silêncio, Alfonso disse:
— Enquanto você não mudar, terá de se acostumar com a minha presença no hotel.
— Como assim?
— Você está sabendo da reforma do hotel?
Anahi ficou surpresa por ele saber a respeito da reforma que seu pai e Evan tinham autorizado para modernizar certas áreas do hotel.
— Sim, mas não dos detalhes.
— Minha empresa, Nolan & Filhos, ganhou a concorrência. Começaremos a trabalhar na semana que vem.
—- Oh, não!
—Não é irônico demais, Anahi? Enquanto você tentava de tudo para manter as nossas vidas separadas, eu estava batalhando pela aprovação do nosso orçamento para a reforma do seu hotel.
Sim, era irônico demais!
— E sendo do tipo que literalmente põe a mão na massa, estarei aqui todos os dias para supervisionar o trabalho.
Anahi sentiu a cabeça girar. Justamente quando pensava que não seria possível, parecia que sua vida estava prestes a tornar-se ainda mais complicada!


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 17



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  • maria_cecilia Postado em 08/01/2015 - 01:14:10

    obs - desculta ta flo se to incomodando rsrs [WEB] Entre el Amor y El Odio - AYA http://fanfics.com.br/fanfic/41683/web-entre-el-amor-y-el-odio-aya-ponny Gente eu estou postando essa web,ela não é minha mais é muito boa, espero que gostem.

  • maria_cecilia Postado em 08/01/2015 - 01:13:58

    posta mais

  • mikaellaborges Postado em 23/12/2014 - 01:42:19

    Posta mais please

  • luizaportilla14 Postado em 09/12/2014 - 14:06:31

    Ansiosa pra ver quando a Anahi descobrir que ele tá trabalhando pra empresa dela *------*

  • luizaportilla14 Postado em 09/12/2014 - 12:50:02

    Posta maaaais <3

  • vanessinhaborges Postado em 08/12/2014 - 15:05:08

    Continuuua

  • luizaportilla14 Postado em 04/12/2014 - 14:40:20

    Continuaaa

  • luizaportilla14 Postado em 03/12/2014 - 16:06:13

    Posta mais!!!!!

  • luizaportilla14 Postado em 03/12/2014 - 16:03:44

    Oee Leitora nova. To adorando!!!! Posta mais *-------------*

  • andryaponnyever Postado em 25/11/2014 - 23:16:00

    Esses dois são uns perfeitos eroticos isso sim!!!


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