Fanfics Brasil - 2 Temporada - 024 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 024

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CAPÍTULO SETE


 


 




“Amor de família é a coisa mais inexplicável do mundo,


nem um pai consegue dizer para um filho o quanto o ama,


nem o filho sabe dizer ao pai, então simplesmente demonstram.”


 



 


 


 


A casa da família Portilla era o reflexo perfeito de seus donos. Fui preparado para me sentir um tanto desconfortável com a situação, mas o ambiente me pareceu tão agradável e alegre que, surpreendentemente, fiquei à vontade.


Fui recebido por Anahí que alegremente me deu as boas vindas, permitindo-me entrar sem demora. O ar estava delicadamente perfumado com o cheiro de sândalo — o que achei muito agradável, assim como a aconchegante e suave música alemã que tocava baixinho.


A decoração, assim como Anahí, era uma mistura de dois mundos, ocidental e oriental. Quase toda a mobília da sala era sóbria, em madeira sólida, sofás confortáveis de cor clara salpicados de cor por almofadas de tecido em tom vibrante. Num interessante contraste, cadeiras de linhas sinuosas em madeira escura com entalhe de motivo floral marfim ajudavam a dar vida ao cômodo. As cortinas também alegravam o ambiente com suas cores quentes.


Observei algumas peças interessantes, objetos decorativos como estátuas de elefante e de dançarinos em roupas típicas. Porta-retratos de metal belamente trabalhados enfeitavam a sala em pontos estratégicos. Gostei bastante do que via, mas me senti particularmente atraído pelo belíssimo espelho que tomava boa parte de uma das paredes. A moldura de metal dourada era ricamente trabalhada. Parei em frente, com Anahí ao meu lado, admirando-o. Daí, o que mais me surpreendeu foi o nosso reflexo. A nitidez da imagem era incrível, nunca tinha me visto de forma tão clara em um espelho. Alguns espelhos parecem nos distorcer, deixando-nos mais baixos, mais altos, gordos ou magros. Esse era impressionante! Minhas proporções exatas pareciam se refletir ali e tive a estranha sensação de ver meu rosto pela primeira vez, como se somente agora conseguisse enxergar meu verdadeiro eu. Sabia que era tolice, mas não consegui evitar.


— O belo Narciso contempla-se. — escutei.


Olhei na direção da voz feminina e vi que a recém-chegada era uma mulher magra de estatura mediana. Seu cabelo preto estava preso num coque baixo e vestia um conjunto de túnica e calça coral, com discretos bordados na gola. Elegante e confortável. Ninguém precisava me dizer quem era ela.


Pela evidente semelhança com Anahí, só podia ser sua mãe. Agora sabia de quem Anahí tinha Herdado  o sorriso amplo e amigo, com dentes brancos cintilantes. Ficou fácil imaginar como Anahí seria no futuro, uma beleza madura, mas daquele tipo que atravessa os anos com espírito jovial e olhar penetrante.


Namastê, senhor Herrera. — cumprimentou-me unindo as mãos com uma leve inclinação da cabeça.


Namastê, senhora Portilla. — retribuí imitando o gesto.


— Por favor, pode me chamar Marichelo. — pediu se aproximando.


— Certo. Mas só se me chamar de Alfonso.


Ela parou ao lado da filha e sorriu.


— Combinado. Agora fique parado e me deixe olhá-lo de perto.


Desconfiado, fiz o que me pediu — não sem antes espiar o rosto de Anahí que me olhava confiante. Pensei que Marichelo fosse me lançar aquele olhar de cima a baixo que estava acostumado receber da maioria das mulheres. Ela apenas fitou meu rosto de forma atenta e concentrada. Ergueu os braços e, de forma respeitosa, segurou meu rosto em suas mãos. Por ser mais alto, tive que me curvar um pouco pra que nossos rostos ficassem no mesmo nível. Quando seus olhos fitaram os meus, não havia nada de provocante em seu olhar, foi mais parecido com ser examinado pelo oftalmologista.


— Azul violeta. — falou. — Cor profunda, bondade carregada de mágoa.


Suas palavras me soaram estranhas e, de repente, não senti mais como se fossem meus olhos a serem analisados, mas a minha alma. Seus olhos claros e perspicazes me atravessavam. Anahí continuava a nos observar como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.


Finalmente ela soltou meu rosto e voltei a me aprumar, sem saber o que viria a seguir. Será que pediria pra abrir a boca pra conferir minha higiene bucal?


— Minha filha tem a quem puxar, Alfonso. Ela vê além das aparências. No seu caso, a beleza física é um atributo tão forte, que me pergunto se às vezes não atrapalha mais do que ajuda.


— Posso ver que a Anahí realmente não herdou apenas a sua aparência, Marichelo. Como você, ela também parece ver coisas que a maioria ignora. — ela sorriu.


— Anahí tem muito de mim, mas também tem muito do pai, os olhos e a perspicácia são dele.


A mãe de Anahí havia ficado viúva quando ela tinha seis anos. Apesar de suas lembranças serem poucas, recordava de um pai amoroso e muito brincalhão. Por ter sido funcionário da embaixada alemã, tinha deixado a família em boa situação financeira. Mesmo sem precisar, Marichelo resolvera trabalhar e decidiu investir em algo que sempre gostou: o bem estar físico e mental. Ela se dedicou a aprimorar e aplicar técnicas de massagem milenares que trouxe do seu país de origem. Devia ser muito boa no que fazia, pois, hoje, além de ser uma massoterapeuta muito bem conceituada, era dona de um reconhecido centro de terapias alternativas.


Achei melhor desviar o tom da conversa mais pessoal para um assunto básico e corriqueiro. Não queria dar chance de voltar a ser motivo de análise, mesmo que o que tenha dito fosse, de certa forma, elogioso. Temia o que ela poderia ver se continuasse sua curiosa investigação. Talvez encontrasse mais vícios que virtudes.


— Sua casa é muito bonita. Adorei o visual.


— Obrigada. Gostou do espelho? — falou apontando para ele.


— Maravilhoso. Nunca gostei tanto de me ver num espelho como nesse. — respondi voltando a olhar meu reflexo.


— Sim, ele tem uma imagem perfeita. — concordou Anahí.


Ficamos os três de frente para o comprido espelho, comigo ao centro, tendo a Anahí de um lado e a Marichelo do outro.


— Essa é nossa imagem real, sem distorções. — informou Marichelo. — Os espelhos alemões não são famosos à toa. Este foi feito com uma técnica de quatrocentos anos, por um artesão cuja família trabalha nisso há gerações.


Anahí segurou meu braço direito e sorriu. Sua mãe também olhava de forma franca, simpática e sorridente. Sorrisos idênticos. Gostei do que via, mais do que isso, gostava de como me sentia. Sentia-me bem vindo, como se minha presença fosse genuinamente desejada, mais ainda, apreciada. Como se fossemos, bem... uma família.


Ouvi alguém pigarreando. Vozes masculinas soaram atrás de nós.


Viramos ao mesmo tempo e me deparei com, provavelmente, três dos quatro irmãos mais velhos de Anahí.


Diferente da recepção sorridente que tinha acabado de ter, eles me fitavam sérios, com ar analítico. Morenos e esguios, como sua mãe, estavam parados lado a lado formando uma espécie de barreira. Não me importei com essa recepção contida. Se estivesse conhecendo o namorado de uma irmã mais nova, também seria cauteloso.


— Você deve ser Alfonso. — falou o mais alto.


— Herrera. — completou o de óculos.


— Primeiro e único. — respondi com um meio sorriso.


Em seguida fui até eles, de mão estendida.


— E vocês devem ser Prithivi, Tejas e Apas. — apertei suas mãos, à medida que dizia seus nomes. E foi com prazer que observei a surpresa estampada em seus rostos.


Quando Anahí me repassou o convite para o almoço feito por sua mãe, foi impossível recusar. Primeiro, por não querer decepcionar Minha Majestade e, segundo, porque a mãe dela podia pensar que eu era um covarde, cheio de más intenções com sua filha. Bem, na verdade isso não era de todo mentira, ter más intenções com Anahí não era uma coisa difícil. Principalmente hoje, usando calça jeans justa e botas, ela tinha ficado muito sexy.


Por ser um cara prevenido, antes dessa visita, procurei fazer direitinho meu dever de casa. Perguntei a Anahí informações importantes sobre sua família e seus hábitos. Inclusive, pedi que me mostrasse uma foto de seus irmãos e contasse coisas básicas sobre eles. Ganhar gatas sempre foi algo inevitável, já com os caras, acho que meu rostinho bonito não surtiria tanto efeito. Sendo assim, procurei me munir com outras armas igualmente eficientes: estratégia e conhecimento do oponente.


Morra de inveja, Jamie Dornan! Meu nome é Herrera. Alfonso Herrera.


— Onde está Vayu? Ele já deveria estar aqui. — perguntou Marichelo, sobre o filho ausente.


— Ele ligou dizendo que está acabando seu trabalho e chegará em breve. — respondeu Prathivi, pelo que me lembro, era o mais velho.


Anahí soltou uma risadinha.


— Se bem conheço o “acabando” de Vayu, ele deve chegar na hora da sobremesa. — comentou.


— Sem dúvida! Por isso é melhor começarmos logo a refeição. — decidiu Marichelo de forma prática. — Desculpe a falta de consideração de meu filho, Alfonso. Infelizmente, seu trabalho não obedece muito a horários.


— Tudo bem. Sei como são essas coisas, meus horários, às vezes, também são incertos.


— Anahí nos disse que você é ator. — comentou Tejas que em minha opinião tinha um ar meio intelectual, com os óculos redondos de armação dourada.


— Isso mesmo.


— Está trabalhando em algum projeto? — perguntou Apas que, agora tinha reparado, usava uma camiseta amarelo vibrante com detalhes em verde da Seleção Brasileira de Futebol.


Antes que eu pudesse responder, Marichelo interrompeu.


— Vamos conversar à mesa, pois não quero deixar nosso convidado com fome. — ela falou olhando Apas fixamente, voltando-se pra mim com um leve sorriso. — Vamos?


— Permita-me. — ofereci-lhe o braço dando meu melhor sorriso.


Ela aceitou minha oferta sem titubear. Ponto para o Alfonso Herrera!


— Aprendam como se trata uma dama, meninos. — ela disse ao passarmos por eles indo ao outro cômodo. Impossível não sorrir.



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***   Meu namorado é tudo! — pensei maravilhada enquanto via Alfonso e mamãe saindo juntos da sala. Bonito e charmoso como um vampiro, usando aquela jaqueta de couro preta, e com seu olhar abrasador. Nunca conheci alguém mais à vontade consigo mesmo do que o Alfonso. Ele era confiante e arrebatadoramente sexy. Ainda por cima, complet ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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