Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
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Meu namorado é tudo! — pensei maravilhada enquanto via Alfonso e mamãe saindo juntos da sala.
Bonito e charmoso como um vampiro, usando aquela jaqueta de couro preta, e com seu olhar abrasador. Nunca conheci alguém mais à vontade consigo mesmo do que o Alfonso. Ele era confiante e arrebatadoramente sexy. Ainda por cima, completamente sedutor, capaz de numa única frase conquistar a minha mãe e surpreender meus irmãos com sua perspicácia.
— Daqui a pouco vai ter que usar babador, maninha. — censurou Tejas malicioso.
— A inveja não lhe cai bem, maninho. — rebati.
— Acha mesmo que teria inveja do seu namoradinho, um ator iniciante e mal remunerado?
Senti o sangue ferver ao ouvir os risinhos maliciosos do grupo. Quase todos os meus irmãos foram estudantes acima da média. Eram profissionais bem sucedidos, com vida independente. Os três mais velhos, sócios numa empresa de criação de softwares, adoravam se gabar do seu sucesso. Vayu, a única exceção à genialidade acadêmica da família Portilla, ainda não estava presente, o que realmente era uma pena. Além de ser o irmão com a idade mais próxima da minha, era com quem tinha mais afinidade. Não que me desse mal com os outros, porém, o que lhes sobrava em competência intelectual, faltava no lado emocional. Eram caras legais, mas sempre tão ligados em números, investimentos e tabelas de progressão, que acabava se tornando cansativo até mesmo jogar Banco Imobiliário com eles.
Vayu foi o filho “ovelha negra”. Mesmo que nunca tenha se metido com nada ilegal, até onde eu saiba, foi o único que não se encaixou ao estilo de vida dos outros. Desde criança demonstrou paixão por carros. Lia tudo a respeito e, para desespero de mamãe, já tinha desmontado o motor do carro dela mais de uma vez durante a adolescência. Depois que terminou os estudos, conseguiu emprego como ajudante de mecânico numa oficina, e adorava o que fazia. Tinha certeza que, com seu talento e profissionalismo, logo conseguiria algo melhor. Apoiava a escolha de Vayu, porque compreendia que era a profissão que o fazia feliz. Às vezes, era meio difícil para meus outros irmãos entenderem que não foi por falta de ambição que Vayu optara por um trabalho manual. Era apenas uma ambição diferente. Mamãe compreendia. E na frente dela ninguém ousava questioná-lo. Essa situação, somada ao fato de ser o único filho homem sem ensino superior ainda vivendo na casa da mãe, era motivo de piadinhas furtivas que me deixavam uma fera!
Então, não me espantava que fizessem pouco da profissão do meu Todo-Poderoso. Viviam citando Steve Jobs e Mark Zuckerberg como se fossem deuses! Nerds metidos!
— Sim, vocês estão roxos de inveja. E sabem por quê? Porque a inveja é a arma dos incompetentes.
Eles riram.
— Fala sério! — falou Prithivi risonho. — Incompetentes? Faz ideia do quanto cada um de nós lucrou esse ano? O quanto nossos negócios cresceram ano passado?
— Realmente, inegável o quanto são competentes na profissão. Mas vocês já devem ter ouvido aquela frase: “sorte no jogo, azar no amor”.
Pelas caras constrangidas, vi que tinha alcançado meu objetivo.
— Não sei do que você está falando.
Tive que rir.
— Onde foi parar tanta capacidade cerebral? Vocês entenderam e entenderam muito bem! Mas, se preferem que eu diga alto e claro, lá vai: total incompetência pra conseguir uma garota. E isso, meus caros, não existe Q.I. no mundo que dê jeito.
Sabia que tinha tocado no ponto sensível de suas vidas. Eram os caras mais atrapalhados que conheci, quando se tratava de garotas. Geralmente não os cutucava com esse tópico doloroso, porém, foi impossível me conter diante da provocação.
Escutamos mamãe chamando e fui à frente, seguida pelo trio de solteirões.
***
— Esse é meu marido, Enrique Portilla. — disse Marichelo, referindo-se a um quadro na parede com uma grande foto em preto e branco, mostrando um homem sorridente, de ar jovial. — Bonitão, não era?
Movi a cabeça positivamente, impossibilitado de responder por estar de boca cheia. A comida estava deliciosa. Até que não estava me saindo tão mal, comendo com as mãos.
— Gostou das almôndegas de nozes? — perguntou Anahí.
— Maravilhosas! — respondi enfiando mais uma na boca. — Os pastéis também estão divinos e esse arroz é demais. Não imaginava que comida vegetariana pudesse ser tão gostosa.
— Tudo é questão de tempero e dedicação. — explicou Marichelo. — E isso também serve pra outros aspectos na vida. Temos que colocar o coração naquilo que nos propomos, para podermos fazer um bom trabalho.
— Concordo. — falou Apas. — Os negócios estão crescendo e achamos que, em breve, vamos precisar contratar alguns funcionários.
— Isso é ótimo, meu filho! Fico feliz em saber.
— Por falar em trabalho. — citou Tejas. — Agora há pouco na sala, estávamos comentando sobre sua profissão, Alfonso. Você gosta do que faz?
Por um momento fiquei sem saber o que responder. Tinha começado aquele lance de ator mais por influência do Christopher e por não fazer à mínima ideia de que carreira seguir, pois nada particularmente me chamava à atenção. Minha aparência ajudava a abrir algumas portas nesse meio,porém, pra ser sincero, minha atuação não me satisfazia. Também pareceu não satisfazer o diretor da última peça que trabalhei, pois me dispensou no meio da temporada. Realmente, Marichelo estava certa, faltava-me paixão pela profissão.
— Não estou muito certo. — resolvi responder. — Posso dizer que ainda estou experimentando minhas alternativas. Acabou de aparecer uma nova oportunidade, fiquei interessado porque paga bem.
— Você não me contou isso! — comentou Anahí animada. — Qual é a proposta?
— Modelo fotográfico. Um colega me indicou para uma agência e eles gostaram. Ligaram ontem. Vou tirar fotos para o catálogo de uma grife.
— Que máximo! — exclamou animada. Mas depois ficou subitamente séria. — Espere aí, pensando melhor... Ai, minha nossa! Se você já era Todo-Poderoso com a mulherada, imagina agora? Vai vir bombardeio por todos os lados! Estou perdida!
— Calma, Majestade. — pedi segurando sua mão por sobre a mesa. — Já tenho preparado meu abrigo antiaéreo.
Ela voltou a sorrir, nossos olhares se encontraram e os dela brilhavam luminosos de alegria. Olhei pra sua boca pintada de batom vermelho, linda, provocante, e tive tanta vontade de beijá-la! Mordi os lábios reprimindo o desejo. Mas o calor da nossa troca de olhar deixava bem explícito o que estávamos sentindo.
Escutei três pigarros diferentes e quando olhei ao redor os irmãos de Anahí me fuzilavam com o olhar, como se dissessem: mais um movimento em falso e, vegetarianos ou não, lhe comemos o fígado. Soltei sua mão.
— Deixem de bobagem, meninos. — conciliou Marichelo com tranquilidade. — Sabemos que eles estão namorando.
— Sabemos? — perguntou Prathivi — Que eu saiba, nada nos foi comunicado oficialmente, mamãe.
— Comunicado? — indagou Anahí, voltando rapidamente a segurar minha mão. — Minha mãe sabe e, para mim, já é o bastante!
— Papai não está mais entre nós. Sou o irmão mais velho. Deveria, no mínimo, ter sido consultado. — afirmou de queixo erguido.
— Consultado? Sei tomar minhas próprias decisões e, se precisasse “consultar” alguém sobre com quem namoro ou deixo de namorar, com certeza, não seria com um cara que tem a experiência amorosa de um pinguim de geladeira!
Prathivi soltou uma exclamação em uma língua que julguei ser híndi, respondido imediatamente por Anahí no mesmo idioma. Daí em diante, começou uma acalorada e incompreensível discussão que passou a incluir os outros irmãos.
— Chega. — ordenou Marichelo num tom baixo, mas ecoou pela mesa com a força de uma sirene, calando a todos. Percebi autoridade em cada sílaba. — Temos um convidado à nossa mesa, por sinal, meu convidado, nem de Anahí e nem de nenhum de vocês. Então, fico muito aborrecida com a falta de respeito que acabaram de demonstrar pelo meu convidado.
Anahí abriu a boca para começar a protestar, mas sua mãe ergueu a mão e ela desistiu.
— Até mesmo você, minha filha, não está isenta do erro, já que correspondeu a atitude insensata de seu irmão. Todos erraram e de agora em diante exijo um mínimo de cortesia por parte de todos, assim como um pedido de desculpas.
— Desculpe, mamãe. — adiantou-se Prathivi.
— Não para mim. Peçam desculpas a Alfonso que foi o ofendido.
Sentindo-me desconfortável com a situação, pensei imediatamente dizer que aquilo não era necessário. Porém, o olhar que Marichelo me lançou, calou-me. Pensei que seria fuzilado por olhares rancorosos. Surpreendentemente, todos baixaram o olhar e murmuraram de cabeça baixa.
— Desculpe.
Caraca! Depois de Anahí, Marichelo Portilla foi a mulher que mais aprendi a respeitar em minha vida.
Bem até Quinta então né? bjos.
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3