Fanfics Brasil - 2 Temporada - 032 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 032

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CAPÍTULO DEZ


 


 



"Uma vez me falaram que amar é se jogar de um precipício


sem saber se lá embaixo vai ter alguém para segurar a gente.


Foi a melhor definição de amor que já ouvi."


 


 


Antes de me encontrar com Dulce como tinha combinado, resolvi falar com Poncho, avisando que estávamos de partida.O encontrei dançando com Anahí do outro lado da pista. Quer dizer, dançar era apenas uma figura de linguagem ao tentar expressar o que Poncho fazia. Ele pulava e se sacudia tanto que nem reparou quando me aproximei. Então dei uma tapinha em seu ombro.


— Opa! — soltou, surpreso. — Algum problema?


Anahí se aproximou, parando ao seu lado.


— Não, nenhum. — respondi balançando a cabeça. — Desculpe interromper, só queria avisá-los que Dulce e eu estamos de saída. Mas fiquem tranquilos, vamos pegar um táxi. Continuem aproveitando a festa!


— Tem certeza? Se quiser, não me importo em sair agora. Você se importa, gata?


— Não, por mim, tudo bem. — Anahí respondeu, numa boa.


— Sério, não precisam, mesmo! Vocês estão se divertindo e tenho certeza que querem curtir mais um pouco. Não percam a oportunidade.


Eles se entreolharam parecendo pensar em minha proposta. Até que balançaram a cabeça em sinal de concordância.


— Então, tá. — Poncho falou. — Aproveite bem sua noite com Dulce. A gente se vê outra hora.


— Certo, até mais! — falei ao sair. — Aproveitem!


— Onde nós paramos, mesmo? — foi à última coisa que ouvi Poncho dizer pra Anahí, e os dois recomeçarem a dançar. Quer dizer, Poncho recomeçar a saltar.


Caminhei por entre os convidados até chegar à porta de saída onde fiquei aguardando. Enquanto isso, pensei no quanto era legal vê-los tão apaixonados e conectados. Essa era uma situação normal para quase todo casal, mas não pra eles. Ou melhor, não especificamente para Poncho. Ele costumava evitar qualquer tipo de relacionamento estável, e só muito recentemente teve coragem para levar alguém a sério e se permitir viver uma emoção genuína.


Ao vê-los assim tão próximos e à vontade um com o outro, senti uma saudade enorme de quando Dulce e eu também partilhávamos essa comunhão, com essa aura de quem divide tudo na vida. Embora nosso relacionamento tenha se fortalecido nos últimos meses, conseguindo ultrapassar as barreiras da amizade e, finalmente, cruzado a fronteira em direção a uma relação amorosa, sabia que Dulce ainda não tinha conseguido perder o medo e confiar totalmente em mim. Sempre que nos aproximávamos mais intimamente, ela recuava com os olhos medrosos, implorando por mais tempo.


E eu sempre respeitava os limites impostos por ela, mesmo quase enlouquecendo. Passei a mão no rosto e suspirei me sentindo cansado. Talvez não tivesse sido uma boa ideia forçá-la a tanta proximidade física, praticamente obrigando-a a dormir comigo toda noite. A questão é que eu adoecia só de pensar na possibilidade de ficar num quarto diferente do dela, longe do calor de sua pele, despertando sem seu cheiro de baunilha.


Mesmo assim, talvez devesse repensar minhas escolhas e lhe oferecer mais espaço. Era provável que eu a estivesse assustando, mostrando diariamente a força da minha paixão. Se ficássemos separados, talvez ela pudesse desenvolver maior confiança sem se sentir tão pressionada.


E se ocorresse o inverso? — pensei preocupado. — E se com a distância ela chegasse a conclusão de que não precisa de mim, de que não me quer mais? Que não sente nada forte o suficiente por mim para querer que o nosso relacionamento prossiga?


Ao oferecer uma distância maior entre nós dois, com certeza, também correria esse risco. Mas o que mais poderia fazer? Amava-a demais. Jamais iria forçá-la a se entregar, mesmo que estivesse com meu controle por um fio, como acontecia ultimamente. Eu queria que ela viesse até mim por livre e espontânea vontade, me desejando e querendo, como eu a desejava e queria.


Então é isso. Se para que Dulce volte a me amar, eu tiver que abdicar da alegria de tê-la junto a mim todas as noites, faço o sacrifício


Ai, droga! — pensei desconsolado. — Vou morrer um pouco a cada noite, tendo uma parede entre nós e me lembrando do seu cheiro, do seu calor, dos seus beijos, dos sussurros abafados na madrugada. Sentindo a falta do seu olhar, ao mesmo tempo surpreso e culpado, quando quase perdia o controle, como se desfrutar das minhas carícias fosse algo proibido, mas impossível de resistir.


Ela surgiu entre a multidão, andando com aquele gingado singular.


— O que lhe preocupa? — perguntou gentilmente pegando minha mão.


— Nada, só estou um pouco cansado. — respondi tentando disfarçar, beijando sua bochecha. — Pronta para ir?


— Sim, vamos.


Que os céus me deem força para fazer o que tenho que fazer! — clamei em pensamento.


Pegamos um táxi. Sentamos ao lado um do outro. Passei o braço por trás de seus ombros e, mesmo com essa proximidade, ficamos em silêncio. Às vezes nos olhávamos brevemente e sorríamos. O clima estava tenso, como se soubéssemos de alguma forma que essa noite seria diferente das outras, que ventos de mudança se aproximavam de nossas vidas. As últimas lembranças da noite invadiram minha mente, Dulce dançando na festa, linda e talentosa, uma mistura perfeita de doçura, força e ingênua sedução.


Chegamos. Todas as luzes estavam apagadas e o ambiente silencioso. Embora a noite tivesse sido maravilhosa, sentia que a alegria havia ido embora. Meu peito estava invadido de tristeza pela despedida que estava prestes a ocorrer. Queria abraçá-la, apertando-a fortemente junto a mim, dizer-lhe que nada poderia nos separar. Repetir incansavelmente que a amava e que sempre estaríamos juntos, até que perdesse completamente a voz.


— Vem comigo até a outra sala? — pedi, aliviado por conseguir fazer a voz soar firme. — Queria te mostrar uma coisa.


Ela me olhou surpresa, mas fez sinal afirmativo com a cabeça e me seguiu até a sala de música.


Sentei na banqueta em frente ao piano, puxando-a para que se sentasse ao meu lado. Enquanto levantava a tampa e retirava a proteção das teclas, pensei no quanto a música fazia parte da minha vida, no quanto aquele instrumento tinha me acompanhado por fases alegres ou tristes. E mais uma vez, quando estava prestes a tomar uma difícil decisão em minha vida, meu piano se tornava testemunha e arauto da minha decisão.


Toquei levemente as teclas com as pontas dos dedos e me virei pra ela, encontrando um par de olhos curiosos. Sorri.


— O que você quer me mostrar? — perguntou com olhar atento.


— Nada demais, eu acho. — respondi dedilhando as teclas aleatoriamente como se estivesse procurando por uma melodia. — Mas te vendo dançar hoje, lembrei-me de uma música que acho que conhece e gostaria de tocar para você.


— Pensei que você não tivesse gostado de me ver dançar. — comentou com um sorriso.


— Eu adoro ver você dançar! Só não gosto quando um monte de marmanjos se anima e resolve se aproximar. Aí, eu realmente não gosto nada! — afirmei e ela soltou uma risadinha baixa. — Vê-la dançar sempre é uma experiência mágica, minha pequena bailarina.


— Não sou assim tão pequena! — falou erguendo o queixo e fingindo-se ofendida. Agora foi a minha vez de rir.


— Dulce, minha coxa deve ser do tamanho da sua cintura!


— Isso te  incomoda? Que eu seja petite? — perguntou franzindo a testa.


— Não, em absoluto! — tratei de negar com firmeza. — Por que pensou isso?


— Ah, sei lá! — falou jogando o cabelo pra trás. — Talvez porque você seja bem alto e possa achar interessante ter uma mulher mais de acordo ao seu lado.


— Mais de acordo? Não entendi. — falei confuso.


— Eu quis dizer que talvez possa achar que o estilo mulherão combine mais com você, alguém assim tipo a... Natalia.


— A Natalia? Isso nunca me passou pela cabeça!


— Ela é uma mulher muito bonita. — comentou. O elogio soando sincero.


— É verdade. — falei enquanto continuava dedilhando o piano. — Mas a beleza dela é estranha.


— Estranha? Como assim? — perguntou curiosa.


— Bem, Natalia sempre está toda enfeitada, quase milimetricamente produzida. Isso me faz questionar o motivo para agir assim, se é apenas por vaidade ou é um tipo de máscara que usa para esconder algum segredo. Já pensou, um cara todo animado, crente que está indo dormir com uma princesa e, pela manhã descobre que passou a noite com um dragão? Estando nesse meio, sei muito bem do que uma maquiagem bem feita é capaz! — rimos juntos. — Além disso, meu tipo de mulher sempre foi outro.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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