Fanfics Brasil - 1 Temporada - 013 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 1 Temporada - 013

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— E se você arriscasse?


— Como assim?


— Agarra ele e pronto, tira sua dúvida!


— Já pensei nisso, mas a verdade é que tenho tanto medo. Medo de ser rejeitada. Dele não me querer como o quero, medo do que vou ver nos olhos dele. E se ele ficar com raiva de mim, ou pior, nojo, sabe? Sei lá! Eu não suportaria, Anahí! Não conseguiria suportar que ele pensasse mal de mim! — disse, baixando o rosto ao terminar meu desabafo.


— Dulce, olha para mim, vai! — Levantei o rosto, e estava tão aflita com aquele assunto que acabei chorando, rolaram algumas lágrimas que eu discretamente secava rapidamente com as mãos. — Não puxei esse papo para deixá-la triste, mas para fazê-la refletir sobre como está sua vida no momento. Para incentivá-la a tomar atitudes — falou carinhosamente.


— E quais são minhas alternativas? — perguntei, limpando o nariz no guardanapo.


— Tenho duas para você. Primeira: literalmente cair de boca no Christopher, pegar o cara à unha, tascar um beijo daqueles e ver como ele reage.


Olhei para ela espantada, pensando se não tinha surtado ao sugerir algo assim, mas ao ver seu olhar sério e decidido vi que tinha dito aquilo para valer.


— E a segunda? — perguntei, tremendo.


— A segunda é partir para outra e esquecer que o cara existe. Mas você tem que realmente querer isso, Dulce, tem que querer esquecê-lo e encontrar outra pessoa. Poxa! Tem um monte de caras bonitos e interessantes aí fora, que adorariam ter uma chance com você. — Paramos um pouco a conversa, pois chegou o garçom com nossos pedidos. — Vai pensar nas coisas que eu te disse? — perguntou, quando ficamos sozinhas de novo.


— Vou sim — respondi com sinceridade.


— Quero que você saiba, que independente da escolha que faça estarei do seu lado, para o que der e vier — continuou, dando um tapinha na mesa.


— Obrigada, prometo que quando decidir você será a primeira a saber.


Mais tarde, voltei para casa com a cabeça cheia de interrogações. Anahí estava certa ao dizer que eu não podia continuar vivendo assim, tinha que ter minha própria vida, fazer uma escolha e ter coragem de seguir em frente, de assumir as consequências, de correr riscos.


Ao me arrumar para ir ao bar-restaurante aquela noite, me olhei no espelho e pensei o quanto estava cansada daquilo tudo, de ser covarde, de esconder meus sentimentos, se não seria melhor romper logo com tudo, mudar definitivamente e esquecê-lo.


Acabava de passar o batom quando ouvi uma batidinha na porta.


— Pode entrar.


A porta se abriu, e Christopher apareceu, vestido de preto da cabeça aos pés, cabelo cheio de gel e aquele sorriso matador nos lábios. Olhou-me de cima a baixo, soltando um assovio, e corei de prazer.


— Gostou? — perguntei, dando uma voltinha, fazendo rodopiar meu vestido longo de um vermelho escuro.


— Muito, você sabe que fica muito bem com essa cor, combina com seu tom de pele — respondeu, observando o ondular do tecido.


— Obrigada — agradeci sorrindo.


— Vamos, já deve ter um monte de gente nos esperando. — Ele estava eufórico.


Pegamos um táxi até o lugar marcado e quando entramos já estava lotado. “De onde o Christopher conhecia esse povo todo?”, pensei.


Assim que chegamos, fomos rodeados por vários amigos que começaram a nos cumprimentar alegremente.


— Dulce, alguém já te disse que você está altamente “pegável” essa noite? — Alfonso falou, assim que se aproximou. — Amigo, se fosse minha irmã não deixava sair assim.


— Pode olhar à vontade, Alfonso — respondi para ele. — Agora, tocar só em pensamento, ou melhor, nem em pensamento.


— Hum, adoro mulher difícil!


Revirei os olhos; Alfonso não aprendia mesmo.


Comecei a caminhar, passando por um monte de gente, que conversava animadamente. Deixei Christopher recebendo os cumprimentos dos amigos pela sua conquista. Finalmente avistei Anahí numa mesa, acenando para mim.


— Guardei um lugar para você! — Ela teve que gritar para que eu pudesse ouvir.


— Caramba! Isso aqui está uma loucura hoje! — falei, ao me sentar do outro lado da mesa, bem à sua frente.


— Nem me diga, não sabia que Christopher era tão popular!


— Para falar a verdade, nem eu! — concordei.


Pedimos nossas bebidas, alguns petiscos, e ficamos ali, batendo papo, rindo, brincando e observando o movimento.


— E aí, meninas! Posso me sentar um pouco com vocês? — Era o inconveniente do Alfonso.


— Claro! — disse Anahí, se espremendo toda contra a parede, para que ele sentasse ao seu lado.


Ela sempre teve uma quedinha por ele, mas a fuzilei com o olhar por cima da mesa.


— Dulce, se prepara que agora o telefone não vai parar na sua casa! — ele comentou, rindo.


— Por quê? — perguntei, indiferente.


— Porque o seu querido irmãozinho acaba de entrar para o distinto grupo dos maiores pegadores de Londres. — Olhei pra ele, confusa.


— Ainda não entendi, explica. — Ele revirou os olhos.


— Agora ele vai fazer parte do elenco de um filme famoso, ainda por cima vai interpretar o personagem de quem todas as gatinhas estão a fim, então o que vocês acham que vai acontecer, ou melhor, que já está acontecendo? — E apontou para uma mesa onde Christopher estava sentado, rodeado de gente. Olhei com mais atenção e vi uma garota loira, pendurada no ombro dele, rindo de alguma coisa que ele falava em seu ouvido. Congelei na hora.


— Quem é a garota? — perguntou Anahí.


— Conheci essa noite, se chama Belinda Schull, e desde que chegou não sai de perto dele. O Christopher vai ser um otário se não ficar com ela hoje, ela já deu o sinal verde.


A garota era realmente bonita, mas pelas roupas que usava tinha uma aparência meio vulgar. Ela pegou o copo que ele estava bebendo, tomou um gole e devolveu para ele, num gesto muito íntimo.


Baixei os olhos para minhas mãos, bebi mais um pouco do meu refrigerante, procurando disfarçar minha tristeza. Eu não era ingênua em pensar que Christopher nunca tinha saído com outras garotas antes, pois eu sabia que isso acontecia esporadicamente, porém ele sempre foi muito discreto, inclusive nunca tinha levado uma namorada para nossa casa, então eu ainda não tinha testemunhado uma cena parecida. Alfonso e Anahí engataram num papo animado sobre cinema, eu fingi prestar atenção, mas, olhando de vez em quando na direção do casalzinho, reparei que ela se inclinava toda sedutora, falando alguma coisa no ouvido dele, fazendo-o rir em seguida. O tempo passava, Anahí e Alfonso começaram a falar sobre a carreira dele, que era a mesma do Christopher, mas eu já não prestava nenhuma atenção, concentrada em outra direção. De repente a tal Belinda se levantou, com Christopher seguindo atrás, e foram juntos para os fundos. Passava tudo na minha cabeça, tentando imaginar o que estariam fazendo; contei mentalmente até trinta, não aguentei mais e me levantei.


— Vou ao banheiro, já volto — falei para Anahí, que só resmungou um “está bem” e continuou no papo com o Alfonso.


Andei devagar por entre as pessoas, sem encontrá-los, saí do salão e entrei no corredor pouco iluminado que dava acesso aos sanitários. Mal tinha dado três passos quando os vi: a garota estava encostada na parede, segurando Christopher pelos cabelos enquanto se beijavam. A impressão é que tinham me dado um tiro no peito, tamanho o golpe que senti. Levei a mão ao pescoço, como se estivesse engasgada, precisava sair dali rapidamente. Completamente atordoada, me virei rápido demais e não vi a garçonete que passava atrás de mim, com uma bandeja cheia de copos, esbarrei nela e caiu tudo no chão. O barulho fez o dois pararem de se beijar e olharem na minha direção. Por um segundo, meu olhar se encontrou com os dele, surpresos, e reparei que se afastou da garota na mesma hora, mas não esperei para ver mais nada, me desculpei com a garçonete e escapei, apressada. Voltei para a mesa, pegando rápido minha bolsa.


— Vou pra casa agora! — disse, afobada.


— Já? — Anahí perguntou, surpresa.


— Depois me liga! — falei para ela, antes que me fizesse mais alguma pergunta, só queria sair daquele lugar. Assim que cheguei à calçada, peguei um táxi.


Entrei em casa e fui correndo para o meu quarto, alegando para mamãe que tinha chegado mais cedo por estar com dor de cabeça. Entrei, fechei a porta e arranquei com raiva aquele vestido que ele tinha gostado tanto – nunca mais usaria aquela porcaria. Fui ao banheiro tirar a maquiagem, deixando finalmente as lágrimas rolarem livres.


— Você é uma idiota, idiota completa! Chega de ser boba! — falei comigo mesma, olhando para o espelho. — Nunca, nunca mais choro por você, Christopher Uckermann! — prometi a mim mesma.


Apaguei a luz e me deitei, mas estava sem sono, não conseguia dormir, rolava na cama, torturada pelas imagens de Christopher beijando a tal Belinda. As horas passavam, a casa estava escura e silenciosa. Ouvi quando um carro parou em frente à nossa casa, fui à janela e vi Christopher, saindo do táxi.


Voltei para a cama, me cobri até o pescoço, ouvi passos na escada e depois silêncio. Percebi a maçaneta da minha porta girando e fechei os olhos, fingindo dormir; ele devia estar parado na porta. Pensei que ele já tivesse ido embora, quando senti seus passos no tapete em minha direção. O que ele estava fazendo ali? Inesperadamente, senti um carinho suave em meus cabelos e ouvi um suspiro, mas continuei imóvel; estava magoada demais. Depois disso, ele não se demorou muito e saiu do quarto.


Abraçada ao meu travesseiro, voltei a chorar, até cair no sono.


Acordei tarde, com meu celular tocando, olhei o visor – era Anahí, atendi e lhe disse:


— Lembra aquela escolha que eu tinha que fazer? Já fiz.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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