Fanfics Brasil - 2 Temporada - 047 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 047

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Ela olhou pra caixinha que coloquei à sua frente, por fim, estendeu o braço e a pegou. Foi com enorme satisfação que vi seus olhos praticamente saltarem das órbitas quando abriu e conferiu o que tinha na caixa.


— Isso... Isso é o que estou pensando? — perguntou quase sem voz.


— Se o que você está pensando são alianças de compromisso, então, é isso mesmo. São de ouro branco e mandei fazer uma gravação especial nelas.


Com as mãos trêmulas, Anahí pegou uma das alianças, aproximando dos olhos para ler o que estava escrito e deu uma risada.


— “Tony e Cleo Forever.” — leu em voz alta quando conseguiu parar de rir. — Isso é tão a nossa cara!


— Também acho, afinal, não somos convencionais, somos? — perguntei bem humorado.


— Ainda bem que não somos! — concordou sorrindo radiante.


— Você não ficou decepcionada, ficou? — falei um pouco inseguro.


— Claro que não! — afirmou enfaticamente. — Por que pensa isso?


— Ah, sei lá! — falei coçando a cabeça, nervoso. — Talvez você pudesse estar esperando algo diferente ou mais sério. — ela tocou meu rosto.


— Poncho, nós não somos Christopher e Dulce. — disse carinhosa. — Somos Anahí e Poncho. Não precisamos de nada mais sério do que isso por enquanto. Temos nosso próprio ritmo, cada coisa a seu tempo. Como você mesmo disse, o que importa é o que está dentro dos nossos corações.


Ela aproximou o rosto do meu e nossos lábios se encontraram no mais doce dos beijos.


— Então, vamos colocar? — perguntei empolgado depois que nos separamos.


Ela abaixou a cabeça, olhando séria para a caixinha em suas mãos. Franzi a testa, estranhando sua hesitação.


— Alguma coisa errada? — perguntei.


— Não, nada errado. — respondeu pensativa. — Só que…


— Só quê? — perguntei nervoso e ela soltou um longo suspiro.


— Só que você me contou algo tão íntimo e pessoal hoje, abrindo-se comigo tão sinceramente, que acho que deveria também dividir com você uma coisa muito pessoal. — falou muito séria e comecei a ficar preocupado.


— Você não está saindo com meu irmão, não é? — perguntei horrorizado.


— Céus! Não! — exclamou com riso nervoso. — É algo que aconteceu comigo há muito tempo atrás.


— Ah, bom! — exclamei aliviado.


Fiquei aguardando e reparei que ela tremia ligeiramente. Colocou uma mão sobre os seus olhos antes de prosseguir.


— Minha história, assim como a sua, não é bonita. Mas sinto que devo te contar. Até agora, as duas únicas pessoas que sabem são minha mãe e Dulce, mas acho importante partilhar com você e, ao final, acredito que vai entender o motivo.


Ela parou de falar e estava quase em agonia de tanta ansiedade. Tentei aparentar tranquilidade, aguardando pelo restante da história. Finalmente, ela descobriu os olhos e prosseguiu sem me fitar.


— Sempre fui uma garota atrevida e curiosa, o mundo pra mim era uma sucessão de maravilhosas descobertas e segredos a serem desvendados. À medida que crescia, não via hora de poder ficar independente, sair com as amigas, me divertir, ir às festas e... eu tinha um verdadeiro fraco por caras mais velhos. Uma noite, quando tinha quatorze anos, fui a uma festa com algumas amigas. Dulce não pode ir porque estava gripada e com febre. Era aniversário da irmã da prima de alguém. Resumindo, nem conhecia direito quem era, mas tinha ouvido falar que estaria cheia de universitários, amigos do irmão da aniversariante, e fiquei muito interessada. Preparamo-nos com cuidado, colocando roupa e maquiagem que nos fizesse parecer mais velhas, e chegamos à festa abafando. Rolava muita música, bebida, o pessoal dançava super à vontade. E um rapaz me convidou pra dançar. Aceitei de cara. Ficamos dançando um tempão. Ele me contou em qual universidade estudava e várias outras coisas. Fiquei encantada e muito vaidosa daquele carinha tão legal ter me dado bola! — disse com um sorriso amargo. — Mas estava tão enganada!


Ela parecia ter dificuldade de continuar a história, passou a mão na testa, respirando fundo.


— Annie, se é muito difícil, não precisa me contar nada. — assegurei pegando sua mão.


— Não, está tudo bem. — falou apertando minha mão. — Bem, a certa altura, ele me falou que tinha acabado de ganhar um carro novo do pai, com uma super aparelhagem de som. Disse que o carro estava lá fora e perguntou se eu não queria conhecer. Claro que aceitei, saímos por entre os convidados, rindo e brincando. Em instantes estávamos lá fora e, em seguida, dentro do carro dele. A gente começou a conversar, ele ligou o som, colocando uma música romântica. Pouco depois estávamos nos beijando. Estava me sentindo o máximo, como se tivesse ganhado na loteria. Mas ele aumentou o volume e as coisas mudaram. Veio pra cima de mim com violência. Fui pega de surpresa. Mandei que parasse, tentei lutar, mas ele era tão mais forte que eu. Não parava de repetir “não”. Ele tapou minha boca e subiu em mim. Os vidros do carro eram tão escuros que se alguém passasse do lado de fora não veria nada. E então aconteceu.


— Ele forçou você? — perguntei baixinho.


— Sim. — respondeu tão baixo quanto eu. — Ninguém viu, ninguém ouviu. Quando acabou, saí do carro com a roupa rasgada. Estava machucada e envergonhada. Voltei pra casa sem me despedir das minhas amigas. Quando cheguei, como sempre, minha mãe me esperava. Assim que me viu, soube que tinha alguma coisa errada. Contei tudo, fomos até a polícia e demos queixa. No hospital, me examinaram, colheram provas.


— Pegaram o cara? — perguntei cheio de ódio e revolta.


— Demorou muito pra que isso acontecesse. O cara era um playboy, rico, filhinho de papai, de família importante. Conseguiram um ótimo advogado, mas as provas foram irrefutáveis. No final, conseguimos que fosse declarado culpado e que pagasse pelo seu crime. Embora a imprensa tenha noticiado a história, a nosso pedido e por ser menor de idade, meu nome foi mantido em segredo. Não queria ser tratada diferente por ninguém e, afinal, tinha conseguido alcançar meu objetivo, punir o desgraçado.


Ficamos um tempo em silêncio, ela continuava de olhos baixos, segurava fortemente sua mão e sentia um bolo na garganta, decidindo o que deveria dizer.


— Estou tão orgulhoso de você. — consegui falar. — Você foi corajosa. Muitas garotas esconderiam a verdade.


— No princípio quis esconder, mas minha mãe não deixou, disse que a justiça precisava ser feita e que a denúncia seria o início da minha cura. Ela me incentivava a retomar minha vida, continuar com meus planos, sem perder a alegria de viver, apesar do trauma.


— A sua mãe é o máximo! — falei comovido.


— Também acho. — disse firme. — Mas quero que saiba o motivo por estar te contando tudo isso. Naquela noite perdi minha virgindade e, anos mais tarde, tive dois namorados, mas sempre me sentia suja. Então, conheci você e foi tão diferente! Senti-me virgem de novo, intocada, limpa de tudo. E cada vez que nos amamos, é sempre a mesma emoção. Talvez não no corpo, mas na minha mente e no meu coração, perdi minha virgindade com você.


Então, ela finalmente ergueu os olhos e eles brilhavam, como sempre, cheios de emoção e calor. Já admirava a Anahí antes, mas agora, ao ouvir aquela história terrível e a declaração sublime, simplesmente beijaria o chão que ela pisasse. Sem dizer nada, tirei a caixa de suas mãos, peguei o anel e coloquei em seu dedo. Ela fez o mesmo comigo. Por um momento ficamos olhando nossas mãos. Fiquei de pé e a trouxe comigo. Ela me olhou insegura.


Com um gesto rápido, peguei-a no colo, ela soltou um gritinho surpreso e riu.


— Deixa te mostrar como trato uma virgem. — e fui rápido em direção ao meu quarto.


 


***


 


Chegamos ao seu quarto e ele me pôs de pé no chão. Tremia de emoção, primeiramente, por ainda estar sob influência da história do que tinha acabado de revelar e, segundo, pela doce expectativa do que viria a seguir.


Ele se ajoelhou à minha frente para desamarrar meu tênis, e fazia isso com muita calma, retirando sem pressa alguma.


— Somos muito parecidos, Annie. — falava durante o processo. — Ambos não temos vergonha de quem somos; fazemos aquilo que acreditamos; nos jogamos de cabeça na vida, sem olhar para trás; aprendemos com nossos erros; caímos e nos levantamos mais fortes; amamos e fomos traídos por pessoas que acreditávamos serem de confiança e, mesmo feridos e quebrados, ainda estamos aqui, de pé, prontos para outro dia, ansiando pelo que a vida nos reserva — ele se ergueu e me olhou nos olhos. — Somos dois sobreviventes, você e eu.


Ele me tocou e daquele momento em diante me senti como argila nas mãos de um oleiro, sendo moldada em busca da forma perfeita. Cada toque, cada gesto, parecia milimetricamente cronometrado, enquanto com suas mãos de artista, faziam o que sabiam fazer melhor. Nunca pensei que uma primeira vez pudesse ser assim, mágica, cheia de encantamento, enquanto Poncho, numa paciência e zelo infinitos, me acariciava com todo carinho.


Em seus braços voltava a ser menina; na sensibilidade de seu toque, meus sentidos foram despertados; no calor de seu corpo, descobria a cumplicidade e a intimidade de fazer amor com a pessoa certa; e, no momento da posse fui a mais virgem das virgens.


— Não tema, amor. — sussurrou ao meu ouvido. — Não há nada mais a temer, sinta o quanto somos perfeitos juntos, o quanto precisamos um do outro.


Eu o abraçava apertado, Poncho me fez sentir importante, especial, valorizada. Não era um homem em busca do prazer, era um homem em busca do prazer da sua mulher.


— Oh, Annie! Sabe o que veria, se me olhasse no espelho agora? — perguntou com voz rouca. — Veria você, meu reflexo seria você!


No talento desse artista, fui pintada em tons quentes e frios simultâneos, manejada com firmeza e doçura. Naquele momento, ele fez de mim uma obra de arte, sua obra prima.



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CAPÍTULO QUINZE   Um verdadeiro amigo é alguém que te conhece tal como és, compreende onde tens estado, acompanha-te em teus lucros e teus fracassos, celebra tuas alegrias, compartilha tua dor e jamais te julga por teus erros.   Chegamos à casa da Anahi e encontramos o lugar abarrotado de gente, parecia um formigueiro humano ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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