Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
CAPÍTULO DEZESSEIS
"Ser mãe, é algo divino sem explicação, é um sentimento muito lindo que nos invade sem limites,
um sentimento eterno que nos faz virar uma protetora incondicional.
Eu tinha ouvido, mas não conseguia assimilar.Meu raciocínio parecia ter congelado. Não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir.
— Quando a senhora disse um… bebê, quer dizer estar… grá... grávida? — gaguejei e ela apenas confirmou com a cabeça.
— Espere aí! — Anahí alertou com as mãos erguidas. — Mas isso não é possível, é? Quer dizer, vocês se previnem, certo? — perguntou com tanta veemência, que intimidava. Então, quando constrangida fiquei calada, ela arregalou os olhos. — Oh, Dul! Não me diga que vocês…
— Só nos descuidamos por dois dias, ok? Nos dois primeiros dias que nós, bem… voltamos a ter relações. — revelei baixando os olhos.
— Então, se vocês fizeram sexo sem proteção e você não tomou nada… O Christopher é um completo irresponsável!
— Calma, Annie! — falei defendendo-o. — A culpa não é só dele. No primeiro dia, ele me avisou que não estava preparado, mas eu meio que, bem… — senti as faces arderem. — Forcei um pouco a barra.
— Você é incrível! — falou rindo nervosamente. — Com ou sem amnésia, sempre o está defendendo!
— Bem, só não quero ser injusta. — expliquei.
Ficamos olhando assustadas uma para a outra, levei a mão ao ventre e olhei minha barriga. Será que era possível? Será que carregava o filho do Christopher comigo, nosso filho?
— Meninas, vamos ter calma! — Marichelo pediu. — Tive cinco filhos e os sintomas de Dulce são muito parecidos com os de uma mulher grávida. Mas essas coisas enganam. Será necessário fazer exames para ter certeza.
Aos poucos a força dessa possibilidade foi me invadindo, aquilo era completamente inesperado! Há poucos meses, tinha passado por um acidente que quase tinha me tirado a vida e que me deixou sequelas, como aquela indesejada amnésia parcial. Tinha despertado de um coma, descobrindo que o cara que seria meu irmão, era na verdade meu marido e o pior, sem ter lembrança alguma dele ou de nossa vida em comum. Felizmente, graças à sua paciência e amor, refizemos nossa relação e voltei a me apaixonar por ele, mesmo que minha memória não tenha retornado, salvo algumas impressões. E agora, surpreendentemente, me descubro grávida. Isto é, com uma enorme chance de estar grávida.
Será verdade? — não parava de me questionar.
Coloquei levemente as mãos sobre os seios, estavam doloridos e um pouco maiores. Lembrei da discussão com Christopher, de como tinha ficado sensível ao extremo e, mais tarde, do súbito impulso sexual que me tomou por completo.
— O que foi, Dulce? — perguntou Marichelo bondosamente, enquanto segurava minha mão. — Diga o que está pensando, talvez eu possa ajudar, tenho experiência com essas coisas.
— Eu estou me lembrando de outros detalhes. — respondi insegura. — Além dos seios, ando com as emoções meio descontroladas. Num momento estou com raiva, no outro chorando e depois estou… — olhei para a mãe da Anahí um pouco envergonhada.
— O quê? — perguntou simpática. — Pode falar, não vou julgá-la ou criticá-la, desabafe.
— Bem, eu… — respirei fundo. — Tenho sentido maior libido.
— Alterações de humor e diminuição ou aumento de libido são sintomas muito comuns na gravidez. — esclareceu bem humorada. — Meu marido ficava tonto comigo, pois num mesmo dia eu brigava, chorava, ria e o agarrava.
Agora todas nós sorrimos, descontraindo um pouco aquele súbito clima de revelação, suspense e expectativa.
— Se isso for verdade, só estou imaginando a reação do Christopher quando souber! — exclamou Anahi.
— Não vou contar nada ainda. — anunciei rápido.
— Como assim não vai contar nada? — Anahí perguntou fazendo cara feia. — Ele é o pai!
— Não quero assustá-lo sem necessidade, pode ser alarme falso! — justifiquei. — Quando tiver algum tipo de comprovação, contarei. Até lá, por favor, peço que não falem nada.
— O direito e o dever de contar são todos seus. — disse sabiamente Marichelo. — Não direi nada, você tem minha palavra. E você deve fazer o mesmo! — falou fitando sua filha que fez biquinho, contrariada.
— Bem, se não tiver outro jeito, fico de bico calado. — suspirou resignada. — Mas digo uma coisa, se fosse comigo, contaria pro Poncho imediatamente, não ia perder tempo!
Logo em seguida a porta se abriu e Christopher entrou trazendo um copo com refrigerante. Ficamos em silêncio, olhando uma para outra, como se fôssemos conspiradoras de algum crime. Ele nos olhou desconfiado.
— O que aconteceu? — perguntou preocupado, estendendo-me a bebida. — Algo errado? Não está se sentindo bem?
— Está tudo bem. — respondi enquanto segurava o copo que me estendia.
Depois de beber o refrigerante, garanti a ele que estava bem o bastante para sair da cama. Segurando-me pela cintura descemos a escada. Na sala, a música tinha voltado a tocar e a festa prosseguia — o que me deixou aliviada! Detestaria que meu desmaio fosse motivo para interromper a comemoração. A fim de tranquilizar algumas pessoas, dissemos que havia sentido apenas um leve mal estar.
Um bebê! — pensava alarmada. — Se for verdade, o que faremos? Qual será a reação dele? — me perguntava, observando-o discretamente.
— Você está silenciosa. — falou ao meu ouvido. — Está cansada?
— Um pouco. — respondi agradecida por ter essa desculpa. — Você se importa se formos pra casa agora?
— Claro que não.
Ao nos despedirmos, aguentei firme os olhares indiscretos e recriminadores da Anahí. Então, com alívio, voltamos pra casa.
***
Já acordou pela manhã sentindo vontade de dançar, pular e dar cambalhotas, tudo ao mesmo tempo? Pois foi assim que acordei naquela manhã: baterias carregadas e completamente aditivadas. Tomei banho cantando mais que um rouxinol. Fazendo do vidro de xampu microfone, soltei a voz imitando Frank Sinatra naqueles filmes antigos.
— I’ve got you under my skin. — cantarolava sob a água quente.
Estava tão estupidamente feliz! Sorri comigo mesmo pensando nos motivos. Imagens de Dulce me amando, rindo e dançando feliz povoavam a minha mente. Finalmente, parecia termos encontrado sintonia, como se eu fosse um jogador de tênis que encontrava um parceiro à altura, sabendo que poderia lançar a bola, e ela seria rebatida com a mesma velocidade e força.
Mas franzi a testa ao me lembrar do que tinha ocorrido na festa da Anahí. Dulce precisava procurar um médico o quanto antes, aqueles desmaios podiam ser algo mais grave, talvez uma anemia profunda como Anahí sugeriu, ou alguma consequência tardia do acidente. Cocei a cabeça desanimado, lembrando o que teria de fazer daqui a pouco: viajar para uma cidade próxima onde começaríamos a excursionar. Adorava minha profissão, era desafiadora e muito excitante, mas nada era perfeito. Embora adorasse viajar, detestava sair e deixar Dulce. Ficava sempre morrendo de saudade. E depois do acidente a ansiedade por saber notícias dela para me certificar de que estava bem, era ainda maior.
Passamos o dia todo bem juntinhos, falando pouco, trocando beijos suaves e leves carícias, como se fosse um ritual de despedida. Estava deitado no sofá da sala com a cabeça em seu colo. Ela acariciava meus cabelos, parecendo distante, perdida em pensamentos.
— Em que você está pensando? — perguntei curioso.
— Nada importante. — respondeu olhando para algum ponto do céu pela janela.
— Parece um pouco preocupada.
— Impressão sua.
Franzi a testa, incomodado. Não gostava quando me respondia assim, evitando o meu olhar. Parecia que estava me escondendo alguma coisa ou fugindo de mim. Peguei seu queixo e abaixei seu rosto para que me encarasse.
— Está triste por causa da minha viagem, não é?
— Um pouco. Estou mais preocupada com quem você vai reencontrar.
— Está se referindo à Natalia? — perguntei acariciando seu rosto. — Se for, fique tranquila. Hoje mesmo devolverei aquelas porcarias e deixarei definitivamente bem claro que sou seu, só seu, todo seu. — ela sorriu, desfazendo a expressão preocupada.
— Daria tudo para ver a cara dela quando fizer isso! — falou rindo satisfeita.
Foi muito bom vê-la sorrir e ficar com o semblante mais descontraído. E foi assim, nesse clima doce que nos despedimos e parti já cheio de saudade, enquanto acelerava minha moto e me afastava de Londres e dela.
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*** Cheguei tarde à casa da Anahí. Saí logo depois que Christopher partiu. Estava nervosa e andava apressada pela rua. Tinha nevado aquela manhã. O frio era intenso e era bom estar em movimento para me aquecer. Toquei a campainha e a porta abriu quase que imediatamente, como se ela estivesse esperando atrás da porta. — Nossa, Dulce! ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3