Fanfics Brasil - 2 Temporada - 054 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 054

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— Ele poderá receber o tratamento em casa? — Anahí perguntou.


— Bem, se tiver quem cuide dele em tempo integral, não tem problema. Se isso não for possível, terá que ser internado. — falou categórico.


Apavorado, apertei forte a mão da Annie. Vivia com um irmão com quem mal falava. O apartamento que dividíamos tinha sido herança deixada pelos nossos avôs. Minha mãe morava em outro continente. Meu pai estava fora da cidade numa viagem de negócios, e não tinha intimidade com nenhum outro parente vivo. Eu estava perdido! Foi quando meu queixo caiu, ao ouvir as seguintes palavras dela:


— Eu me responsabilizo por ele e me comprometo seguir todo o tratamento à risca. — afirmou muito segura.


— Não, gata! Não posso te passar essa responsabilidade. — tratei de esclarecer.


Eu estava acostumado a me virar. Desde garoto não podia contar muito com meus pais para me livrar de confusões. Na infância, geralmente só tomavam conhecimento do que tinha ocorrido de errado comigo muito tempo depois, através da babá. Seja porque precisei tomar alguns pontos no rosto, por ter dado uma cabeçada durante uma partida de futebol ou por ser pego dirigindo quando ainda não tinha habilitação, sabia me defender, tive que aprender, era questão de sobrevivência, autopreservação. Quando você está sempre sozinho, aprende a lutar suas batalhas.


Então, ter alguém tomando a iniciativa de cuidar de mim era uma novidade tão grande que chegava ser chocante. Nem sabia como reagir a isso.


— Não esquenta, é o mínimo que posso fazer. — replicou muito segura.


— Mas você vai ficar presa o dia todo. — tentei argumentar.


Ela fez uma careta.


— Nossa, ficar presa por cinco dias com o Alfonso Herrera! Que sacrifício!


— Anahí! Você sabe o que quis dizer. Não é justo te fazer de enfermeira, você tem sua vida. E a escola? Sua mãe não vai aceitar isso.


— Tolice! Minha mãe te adora e ela não me perdoaria se não tomasse uma atitude. Não se preocupe com nada, além de se recuperar. E deixe o restante comigo. Além disso, tenho certeza de que se fosse o contrário faria o mesmo por mim. Por isso, não tente me deter! Nos próximos dias você estará sob meus cuidados. É melhor começar a se acostumar com a ideia.


Fiquei olhando pra ela. Seu rosto transparecia aquela personalidade esfuziante, decidida e amorosa, tudo ao mesmo tempo. Senti meu coração se encher de gratidão e ternura. Sim, estava certa, se o mesmo acontecesse com ela, moveria céus e terra para ajudá-la. Nada me impediria.


E assim foi. No hospital, aplicaram-me doses massivas de antibiótico e fui liberado com orientações que deveriam ser seguidas à risca para que meu pulmão se recuperasse — compromisso que Anahí assumiu com o entusiasmo de uma escoteira.


Surpresa ainda maior foi perceber que Marichelo também assumiu parte da responsabilidade. Pela manhã, enquanto Anahí estivesse na escola ela ficaria comigo. E vou dizer, foram horas muito agradáveis que passamos juntos, ouvindo suas histórias de família e comendo as refeições leves e deliciosas que preparava. Sentia-me quase um inválido, sendo servido na cama. Quando Marichelo quis me dar comida na boca, como um bebê, recusei da forma mais educada possível. Isso seria demais para os meus cromossomos.


Depois do almoço começava o turno de Annie. Quando ela chegava, era como se o sol entrasse no quarto, trazendo luz, alegria e calor. À medida que os dias foram passando e o medicamento fazendo efeito, fui me sentindo mais forte e ficando impaciente com tanta inércia, ainda mais tendo uma namorada linda ao meu lado o tempo todo, a noite toda. Ficava mortificado vendo Anahí acordar no meio da noite, só porque tinha que me dar o remédio. Nesses momentos não existiam palavras que pudessem expressar o que sentia por ela. Nunca alguém tinha feito tanto por mim.


— Obrigado, Annie. — sussurrei numa dessas vezes, na escuridão do quarto. — Eu não mereço.


— Você está tão enganado, Poncho. — sussurrou de volta debruçada sobre mim. — Sabe por quê?


— Por quê?


Ela soltou um doce suspiro e aproximou o rosto do meu.


— Porque, como disse John Donne: “Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.


Prendi a respiração.


Aquela declaração me fez confirmar e descobrir três coisas.


Primeiro: Anahí não era apenas um corpinho e rosto bonitos; uma mente inteligente e sensibilidade aguçada faziam parte do pacote.


Segundo: ela tinha mais solidariedade no dedinho do pé do que muita gente por aí que se apregoa caridoso. Enrique ficaria orgulhoso dessa quase compatriota.


Por último, descobri que uma garota dizendo citações clássicas no meio da noite era a coisa mais atraente que poderia existir.


O que poderia dizer à altura para tentar retribuir algo tão especial? Não conseguia lembrar nada brilhante ou terrivelmente charmoso que pudesse competir com aquilo. Foi quando, sem pensar muito abri a boca e uma frase saltou de mim quase como um soluço.


— Eu te amo.


Não lembrava a última vez que tinha dito isso, porque essa era a prova mais concreta de que realmente estava me afeiçoando a alguém, de que laços estavam sendo atados e que estava me tornando emocionalmente dependente de outra pessoa. Para mim, essa não era uma frase que deveria se empregar de forma leviana, como tantos faziam, falando apenas da boca pra fora, de forma banal.


Eu levava realmente à sério afirmar algo assim. Para mim, tinha o mesmo valor que assinar o nome em um contrato com meu próprio sangue.


Mesmo na escuridão, vi os olhos dela brilharem de alegria.


— Você sabe sempre dizer a coisa certa para agradar uma garota. — e me beijou.


Vivo! Era assim que me sentia correspondendo ao seu beijo, com o mesmo entusiasmo que ela demonstrava, e porque não dizer, com o mesmo amor. Já não tinha mais febre. O calor que sentia agora ao puxá-la de encontro ao meu peito era vulcânico.


Girei o corpo, colocando-a sob mim e me deixei levar. Percebi que Anahí estava mais comedida esses dias em suas demonstrações físicas de carinho, mas agora, ela voltava a ser o que era, apaixonada e vibrante. Eu estava morrendo de calor. Tirei rápido minha camiseta e já estava pronto para fazer o mesmo com ela, quando segurou minhas mãos.


— Não. — negou com firmeza, com respiração arfante. — Vamos parar por aqui.


— Mas, gata, já me sinto ótimo!


— Você está melhorando, Poncho. Não significa que está curado. Seu corpo precisa de cada grama de energia que possui para se recuperar, não podemos arriscar. Lembra-se do que disse o médico? Repouso absoluto. — ela tocou meu rosto com carinho. — Podemos esperar.


Encaramo-nos e senti o fervor da paixão, sendo substituído por algo doce e delicado.


— Você realmente me ama. — afirmei.


Ela sorriu e disse:


— Só agora você notou?




 


Como vocês notaram já votei com os capítulos, como tinha dito era temporario, as meninas que entenderam o meu lado muito obrigada, e as meninas que criticaram, entendendo perfeitamente o lado de vocês também viu? 


Outra coisa que eu queria falar, as gatinhas que tiverem fics e querer que eu divulgo aqui pode mandar o link que eu divulgo ok?


 



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Prévia do próximo capítulo

*** A primeira noite na casa do Poncho foi tranquila, dormi ao seu lado e programei o relógio para despertar nos horários da medicação. E tudo deu certo. Ele me deixou muito à vontade em seu apartamento. Só havia ficado um pouco temerosa a respeito da convivência com o seu irmão. De qualquer maneira, Samu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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