Fanfics Brasil - 2 Temporada - 062 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 062

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CAPÍTULO VINTE


 



“Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto.


A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e humilde o bastante para aprender."


 


 


Eu ainda não conseguia acreditar na cafajestagem que o Christopher tinha tido a coragem de fazer com a Dulce.Fui para casa dela penalizada com estado em que se encontrava. Estava devastada e não era pra menos. Se eu tivesse flagrado meu marido na cama com outra, ficaria igual ou pior. Com a única diferença: antes, acabava com ele ou com ela — provavelmente com os dois.


Foi difícil acreditar que o Christopher tivesse feito algo assim, cheguei a ter dúvidas. Mas diante do relato que Dulce fez, daquela riqueza de detalhes, tantas provas incontestáveis, era muito difícil não acreditar. Maldita “rata”! Ela tinha cumprido sua ameaça, seduzir o Christopher com sua bela aparência e seus presentes caros. Se ele tinha aceitado, provava que era tão fútil quanto ela. Então se mereciam.


Dupla de serpentes venenosas!


E tinha algo particularmente amargo nessa situação, Dulce ainda estava muito frágil pelos recentes acontecimentos, envolvendo o acidente e suas terríveis consequências. Não tinha sido nada fácil fazer com que aceitasse o seu casamento com Christopher. Aos poucos, por persistência dele e encorajamento da família, de amigos e especialmente de mim, Dulce mostrou-se disposta a dar uma chance a essa relação. Estava indo tudo tão bem... E agora ela estava grávida! Tive tanta esperança de que essa gravidez e o amor deles pudessem fazer com que ela recuperasse completamente sua memória...


Por que isso tinha que acontecer? Não me conformava! Ao abraçar minha amiga, que chorava profusamente, senti uma terrível culpa. Se eu não tivesse dado ouvidos ao sonso do Christopher, não teria aconselhado e insistido com a Dulce para aceitá-lo e, provavelmente, ela não estaria nessa situação.


Como fui estúpida! Como pude acreditar nele? Realmente, era um excelente ator, soube me enganar direitinho. Um ódio gelado me consumia. Se ele estivesse agora à minha frente, acho que não conseguiria me controlar.


Qual não foi minha surpresa ao voltar pra casa do Poncho e me deparar justamente com o indivíduo! Foi demais pra mim, aquele par de olhinhos castanhos não me enganavam mais, nem seu jeitinho de bom moço e aparência de abatimento e tristeza. Parti pra cima! Ninguém faz Anahí Portilla de boba e fica por isso mesmo! Principalmente envolvendo a minha amiga-irmã Dulce. Aí eu viro uma leoa. Se o Poncho não me contivesse, nem sei o que faria! Saí dali furiosa, mas não sem antes ameaçar seriamente o Poncho. Eu sei que eles são grandes amigos, tanto quanto a Dulce e eu, mas a situação era muito diferente. Seria insuportável conviver com esse traidor.


Felizmente, o Poncho entendeu isso. Algumas horas depois ele ligou para mim informando que Christopher tinha se mudado provisoriamente para um hotel. Quando voltei para casa dele, percebi que não havia ficado muito satisfeito por quase tê-lo obrigado a escolher entre seu amigo e eu. Se ele quisesse ser solidário ao Christopher, não iria me opor, desde que o fosse bem longe de mim. E como se fazia necessária minha presença na casa dele, permanecermos no mesmo espaço seria impossível.


Os dias seguintes passaram rápido e o Poncho se recuperava a olhos vistos. Não demorou ser liberado pelo médico e voltar a ter uma vida quase normal, comprometendo-se a fazer algumas mudanças saudáveis como, por exemplo, parar definitivamente de fumar — o que me deixou delirante de felicidade; ao contrário dele, que se tornou um velhinho resmungão naqueles primeiros dias de abstinência.


Minha presença foi se tornando menos necessária, até chegado o dia em que pude voltar para casa. Eu estava muito feliz pelo tratamento ter sido um sucesso e ele ter se recuperando tão bem.


Entretanto, ao começar a recolher meus pertences espalhados pela casa dele, percebi o quanto tinha me acostumado com essa situação. Quando fui ao banheiro pegar meus produtos de higiene pessoal, senti um vazio dentro de mim. Só agora me dava conta do quanto tinha me acostumado com essa convivência e percebia o quanto me faria falta. Para minha grata surpresa, nosso trato havia sido harmonioso, foi muito bom comprovar que nos dávamos bem em outros aspectos da vida, além do físico.


Esperei para fazer essa limpeza na casa após ele sair para fazer um exame médico de rotina. Durante algum tempo Poncho teria que tirar radiografias periódicas do pulmão para que o médico acompanhasse seu restabelecimento. Não queria que ele testemunhasse meu estado melancólico, apesar de estar tentando tirar minhas coisas com a rapidez de quem puxa um curativo da pele, infelizmente, com a mesma reação, brevemente doloroso.


Lembrei que tinha deixado algumas coisas na cozinha e fui até lá. Estava retirando a caixa do meu chá favorito, quando a porta se abriu e Samuel entrou. Fiquei imediatamente alerta. Evitara-o com sucesso, desde o dia do acontecido no sofá, limitando nossos contatos a educados cumprimentos formais. E mesmo nesses breves encontros percebia seu olhar insistente.


— De mudança? — perguntou olhando a bolsa cheia que eu carregava.


— Sim. Seu irmão já está praticamente curado. Já posso voltar pra casa. — respondi com a caixa de chá nas mãos.


— O Alfonso está em casa? — questionou olhando ao redor.


— Saiu. Mas volta logo.


Ele usava um terno cinza muito alinhado. Poncho havia me contado que ele estava terminando o curso de Direito e planejava trabalhar na empresa do pai. Ele e o Poncho eram realmente muito parecidos fisicamente — a cor dos olhos e a postura agressiva os diferenciava, além, é claro, do caráter duvidoso do Samuel.


Ele estava parado me observando com expressão enigmática e o olhar intenso de sempre. Mas existia algo mais que eu não soube identificar. Tinha que aceitar que era um homem incrivelmente atraente com aqueles olhos expressivos e magnéticos.


— Gostei desse chá. — comentou baixando ao olhar para minhas mãos. Com essa fiquei surpresa.


— Você o bebeu? É o meu favorito.


— Espero que não tenha se importado de ter roubado um pouco. Eu a observei bebendo algumas vezes, é uma bebida muito perfumada. Fiquei curioso. — explicou com um leve sorriso.


— Claro que não me importo. Já que gostou, vou deixar essa caixa aqui pra você. Minha avó sempre envia bastante da Alemanha e tenho o suficiente em casa. Ia levar porque Poncho achou o sabor meio forte e não pensei que outra pessoa usaria. — expliquei voltando a colocar a embalagem no armário.


— Obrigado. Sempre que preparar vou me lembrar de você.


Eu estava de costas para ele e fiquei desconfortável com suas palavras, ditas num tom tão sussurrante, que foi impossível não perceber as emoções por trás delas. Então, tentei quebrar o clima, brincando um pouco.


— Imagino que quando eu passar por aquela porta, fogos de artifício serão ouvidos a distância. A partir de hoje, o apartamento volta a ser um espaço exclusivamente masculino. Você vai poder voltar a andar a vontade por aí, com toda privacidade.


Ele deu um meio sorriso.


— Você é uma mulher muito discreta Anahí e, para seu conhecimento, nunca deixei de ser eu mesmo. Foi apenas por uma curiosa falta de oportunidade, que você nunca me flagrou saindo à vontade do banheiro.


Que espécie de quase cunhado é esse? Como conseguir ficar relaxada na frente dele, ouvindo essas coisas? Ainda bem que a sorte esteve do meu lado e nunca presenciei nenhuma cena parecida! Seria constrangedor demais. Hora de ser irônica.


— Realmente, depois de tal visão, iria ser muito difícil não ter pesadelos. — ironizei com um risinho e me encaminhei para fora da cozinha.


— Trégua, Anahí! — pediu sorrindo e com mãos erguidas. — Relaxe, só estava brincando. Proponho baixarmos nossas armas e aproveitar seus últimos momentos aqui em casa numa pacífica rodada de chá. O que acha?


Parei onde estava e por um momento fiquei em dúvida, sem saber como agir.


— Prometo me comportar. — afirmou percebendo minha indecisão. — Será que não pode me dar um voto de confiança? — quando ergui minha sobrancelha ele riu — Eu sei que pisei na bola, mas dessa vez serei um bom rapaz, acredite.


Bom rapaz e o Samuel Herrera na mesma frase parecia uma combinação impossível. Todavia, seu olhar tinha perdido aquela estranha intensidade desconfortável, substituída por um brilho amigável. Uma rodada de chá? Acho que podia lidar com isso.


— Sente-se. — pedi calmamente. — Vou preparar.


 


 


 


 


aiai, Anahí é outra caindo nesses papinhos...



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De forma obediente, ele se sentou na pequena mesa de dois lugares, retirando o paletó, afrouxando e retirando a gravata, desabotoando um pouco a camisa branca. Preparei o chá num clima silencioso, mas descontraído. — Obrigado. — retribuiu ao lhe servir uma caneca com a bebida fumegante. Sentei à sua frente e começamo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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