Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy

CAPÍTULO VINTE E QUATRO

"Quando penso em você, fecho os olhos de saudade. "

Quero minha cama, quero meu travesseiro, quero dormir por mais duas horas, no mínimo, e quero beijar na boca. — pensei enquanto entrava na cozinha de mau humor.

Olhei para o relógio na parede que marcava quase cinco da manhã e depois para o meu avô, que acabava de encher duas canecas com chocolate quente e empurrava uma delas em minha direção.

— Beba. Se quiser, faço algumas torradas. — sugeriu.

— Só o leite está bom. — respondi com voz rouca de sono. — Não tenho muita fome a essa hora.

— Seria bom você se alimentar melhor antes de sairmos, vamos ter uma manhã puxada. E pelo que percebi, você não está acostumado com atividades tão cedo, não é? — comentou bebendo um gole, olhando para mim maliciosamente.

— Acostumado não estou. — confirmei também bebendo um pouco. — Mas faço o que for preciso.

— Entendo. — meu avô continuava a me fitar por trás da fumaça que saía de sua caneca.

Terminamos de beber em silêncio. Eu não era a mais comunicativa das pessoas àquela hora, principalmente quando sentia que só meu corpo estava ali, o restante continuava na cama. Quando o meu avô percebeu que eu havia terminado e tinha fechado os olhos, começando a cochilar, deu uma sonora pancada com a mão aberta na mesa, o que me fez despertar.

— Muito bem, rapaz! — falou firme, mas bem humorado. — Eis o que você vai fazer essa manhã. Primeiro: alimentar os animais, o que inclui todas as aves, os porcos, ovelhas e cavalos. — fez uma curta pausa, observando minha reação, que foi arregalar os olhos de espanto. — Depois, enquanto os cavalos saem para se exercitar, limpará os estábulos. Quero palha limpa em todas as baias. 

Eu olhava para o meu avô me perguntando se ele estava maluco ou se fazia ideia que eu nunca tinha feito aquilo na vida. Não sabia nem por onde começar! Mas parecendo adivinhar meus pensamentos, disse:

— Tenho um ótimo funcionário que irá lhe explicar como executar suas tarefas. — analisou-me de cima a abaixo e completou. — Irá precisar de roupas mais adequadas.

— Como assim, o que tem de errado com essas? — perguntei chateado, erguendo os braços.

— Vestido como uma “estrela do rock” não irá ajudar, Christopher. — comentou apontando para a roupa que estava vestindo: calça jeans rasgada, jaqueta de couro preta e tênis surrado. — Você não irá passear no shopping, mas trabalhar e trabalhar duro. Creio que não irá gostar de ter sua roupa de grife cheia de estrume, palha, terra e suor, não é? Vamos lá! Separei algo pra você vestir.

Levantou-se da mesa e o segui, ainda em choque. Fomos até a sala, onde ele pegou uma pilha de roupas dobradas em cima de uma poltrona e um par de galochas.

— Vá se trocar e veja como fica. — sentenciou sem chance de negativa.

Rangendo os dentes, peguei tudo e fui resignado ao banheiro. Como não tinha alternativa, comecei a me despir contrariado. Enfiei a grossa camisa de flanela quadriculada pelos braços, coloquei o enorme macacão jeans pelas pernas, puxando as alças nos ombros. Nos pés, coloquei grossas meias, antes de enfiar as galochas pretas, grossas e pesadas. Por último, vesti um casaco marrom, grosso, velho e surrado. Contemplei o meu reflexo no espelho e fiz uma careta. 

Estou ridículo! — pensei chateado.

Peguei minhas roupas e levei para o quarto. Então percebi minha velha touca de lã preta em cima da cama e resolvi colocá-la. Precisava usar algo meu para me sentir um pouco menos esquisito. Enfiei na cabeça e voltei pra sala, onde o meu avô aguardava próximo à porta.

— Ficou bem, Christopher! — falou assim que me viu, claramente tentando controlar a risada. — Percebo que deu um toque pessoal ao visual. — disse apontando para minha touca, mas nem respondi.

Cruzei os braços, aguardando o que viria a seguir.

Vovô limitou-se a abrir porta, fazendo sinal para que o seguisse. Colocando as mãos no bolso do casaco, foi o que fiz. Do lado de fora, o ar da manhã era terrivelmente gelado e não me importei de seguir os passos rápidos de meu avô. Precisava ficar em movimento para não congelar. Ainda estava escuro e não consegui conter um longo bocejo. Após a curta caminhada, chegamos num galpão, onde fui apresentado a  Eddy Jones — pelo que pude notar, o braço direito do vovô. Aparentava quarenta e poucos anos. Discretamente, observei que vestia uma roupa muito parecida com a minha, com exceção do boné. Tinha cabelo preto e cheio, e a barba cerrada lhe dava uma estranha aparência de urso.

Embora de baixa estatura, seu corpo era duas vezes mais largo que o meu, o que me fez pensar que deveria ser muito bom numa queda de braço. Vovô nos apresentou e depois um rápido e forte aperto de mão, explicou-lhe que enquanto eu estivesse no sítio, teria tarefas diárias e ele seria responsável pela minha orientação.

Fiquei um pouco apreensivo. Eddy não devia estar feliz sendo obrigado a assumir mais aquela tarefa. Seu rosto entretanto permanecera impassível e, aparentemente, aceitara sem hesitação aquela nova responsabilidade. Tudo ficou esclarecido. O vovô se despediu, avisando que nos veríamos à noite.

— Venha comigo, garoto da cidade. — pediu Eddy com voz baixa. — Os animais já estão impacientes.

Diferente do vovô, ele não andava correndo, mas cada passo seu revelava total domínio daquele ambiente. Eu sabia que apesar da roupa emprestada não enganava ninguém. Cada passada minha era cheia de dúvida e insegurança e, pior, minha cabeça continuava funcionando daquela forma: movia um pé, Dulce; respirava, Dulce; piscava, Dulce. E assim seguia ininterruptamente. Conclusão: minha concentração era precária. Ao quadro somava-se a minha falta de hábito de acordar cedo, o que me deixou mais lento e refletiu no meu desempenho.

No final daquela manhã, considerava Eddy um santo por suportar um trapalhão como eu ao seu lado. Fiz jus ao apelido que me deu, trocando totalmente os pés pelas mãos. Numa única manhã, consegui ser bicado por um galo briguento, corri de um ganso homicida, escorreguei no chiqueiro dos porcos enfiando o traseiro na lama mal cheirosa, escapei de levar um coice de um cavalo velho e rabugento e fiquei com as mãos cheias de bolhas doloridas por limpar o estábulo sem usar as luvas.

Na hora do almoço, estava tão cansado e com tanta fome que, se me dessem carne crua, comeria sorrindo. Foi uma agradável surpresa quando Eddy disse que almoçaríamos em sua casa, onde sua esposa nos aguardava. A residência ficava dentro da propriedade e uma mulher alta, loira e gordinha nos aguardava à porta. Zoraida deu um largo sorriso ao nos ver e Eddy a beijou carinhosamente no rosto. A diferença de altura entre eles era inegável, mas depois de ver como se olhavam, aquilo parecia não ter importância; principalmente quando ele tocou carinhosamente a barriga arredondada de sua esposa, notadamente em estado avançado de gravidez.

— Seja bem vindo, senhor Uckermann! — saudou-me de maneira simpática. — Por favor, entre e fique à vontade.

— Por favor, pode me chamar de Ucker. — falei retribuindo o sorriso sincero.

A casa era bem menor que a do meu avô, mas Zoraida me recebeu como uma soberana em seu castelo, muito orgulhosa do seu lar. Na sala, os móveis eram rústicos, as janelas tinham cortinas floridas e os enfeites eram poucos, mas estava tudo limpo e arrumado. Aquela simplicidade aconchegante me agradou muito. E acabei me sentindo mais à vontade ali do que na casa do meu avô. 

Depois de lavarmos as mãos, ela nos serviu uma apetitosa refeição. O alimento quente, cheiroso e suculento era tudo que precisava para aplacar minha fome. A comida caseira pareceu um manjar dos céus. Pouco falamos. Eddy e eu estávamos mais preocupados em encher nossos estômagos vazios, enquanto Zoraida tagarelava como havia sido sua manhã. Comi tanto que tinha a impressão que ia explodir. Ao final, elogiei efusivamente o talento da cozinheira, fazendo com que ela corasse de prazer. Encostei minhas costas na cadeira e senti que podia dormir até o dia seguinte.

— Vai passar o Natal aqui no sítio? — ela me perguntou.

— Sim. Provavelmente irei passar todo o final de ano aqui com o meu avô. — respondi conformado.

— E a sua esposa vem também?

— Como sabe que sou casado? — perguntei surpreso. E ainda sorrindo, ela apontou para minha mão e me dei conta da aliança. Toquei-a com outra mão e respondi desanimado. — Não sei, mas gostaria muito que viesse.

— E por que ela não viria? — inquiriu curiosa.

— Vamos, Zoraida! — Eddy a chamou segurando sua mão. — Deixe o rapaz em paz, não vamos ser enxeridos!

— Tudo bem. — assenti calmo. — A dúvida dela é compreensível. É uma longa história. Mas resumindo, posso dizer que tivemos um desentendimento e estamos dando um tempo, ela ficou de me procurar.

Oi chicas :) Bem vou responder os comentários bem básico porque tô com gripe, e ela está me matando  Gente, a Beth morreu de The Walking Dead, chorei pakas  Quem nunca assistiu, assista, é muito foda.

Gatita Desordera: Fico muito feliz em saber disso :) É muito importante pra mim que vocês gostem. Continuando linda <3

Sara_vondy: Continuando Sarinha <3

Gabivondy: Já deu essa sofrência né kkk Ucker já aprendeu a não se juntar com cobras. Logo isso acabará. Afinal, a fic já está na etapa final também.

Senhorita_ackles: É uma sofrência só né, mais logo logo isso vai acabar e eles voltaram a ficar no love. Psé, experiencia própria né, afinala a história de amor dele com a avó do Ucker também foi linda.

bb_g00d: Ai esse nome é muito dificil de se lembrar. Você não tem um apelido não? Pra ficar mais fácil de se comunicar com você. Sim, queria que tivesse mais flash back de lembranças de quando eles eram pequenos. De avô para neto rsrsrs.

Nathycandy: Talvez ele tenha sim, afinal ainda não foi descartado que a Dul possa recuperar a memória. Sim, ouvi os mais velhos sempre é bom. 

Jaahvondy: Parecia real mesmo, quem sabe foi um sinal :D Sim, nem todos viraram as costas pro Christopher, e o avô dele também tá explorando do coitado olha kkk Castigo u-u Se bem que ela "voltar" não vai mudar tanto a situação dele, afinal estamos falando de uma possivel traição... Ela pode ficar ressentidado mesmo jeito! Continuando Jaque <3

Lyah.d: 0,0 Saudades? De tu? faça me rir Cadelona ;ç Vocês são muito frescas com o Ucker, deixa ele sofrer ué, zoa, daqui a pouco acaba, afinal a fic já tá acabando também >:/ kkkkkk Né, ela sumiu man, podia ter saido fora antes de fazer essa merda toda `-` É capaz da vadea gostar de apanhar, que nem tu u-u psé, não foi descartada ainda a hipotese de ela recuperar a memória, tudo depende de um elemento. Tá é gay isso sim, mais eu te entendo, é muita emoçaum voltar a falar comigo né :* Continuando dogg <3

Gislaine: `-` Parece que não é só você não, a maioria já quer eles de volta, juntinhos sz Continuando linda <3

Barken_vondy: Vocês são tudo cagona hein kkk na hora H arrega. Mais di boa, já ta na hora de voltarem mesmo,  até porque o final da fic já está a vir. 

Naty_rbd: Quem sabe né, uma hora eles tem que voltar, isso é fato. Relaxa, ele não vai desistir dos dois Sz` Postado chorona rsrs <3

Fany Leitão Piriga Garota de Programa: Como tu é exagerada hein meu kkkk Mês que vem a fic já deve tá acabada shuahusa Mesmo que ele estava bebado, não muda o fato que ele COMEU, ele COMEU RATO!!! Eca. Você se levar galhadas nem vai ligar né? Agora tu entende o ódio que eu sinto pela Dulce de DP né -` Eu simplesmente estruparia ela pelo ouvido e fim de papo. Você ama essa desgramada né, sempre defendendo ela `-` Então mate ela, vamos lá, gogo. Nossa, tu tinha sumido? Sério? nem reparei.... Não é uma hipotese descartada, talvez lembre sim. Nossa, já que a sua inteligencia é que nem a sua personagem Dulce ( de DP), duas memorias? Tá de brinks né fia? Acontece uma junção eu acho kkkkk -.-` enfim, foda-se. Peposa? Então tá bom Leitosa. Adios, postado :ç

Melicia_fagundes: Continuando linda <3

Leticiavondy: Né, se lembrar do que já foi, e é, é super essencial, mais vamos ver daqui pra frente ne. Postado linda <3