Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
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Dirigir até o sítio tinha sido um processo lento e desesperador. Desde que tinha pegado os resultados dos exames, não via a hora de despejar aquela verdade sobre ele. Naquela manhã, véspera de Natal, guiei o carro pelas estradas congestionadas e cheias de neve. A viagem demorada acabou comigo. Estava cada vez mais nervosa, e todo meu raciocínio lógico parecia escoar pelo ralo.
Quando cheguei, estacionei em frente à casa do vovô e fiz um pouco de exercício respiratório, tentando me acalmar. Peguei a bolsa, a pasta, saí do carro e andei apressada até a porta. Para meu desapontamento, ninguém atendeu. Frustrada, voltei a andar procurando por todos os lados, até que encontrei um funcionário do sítio, me apresentei e perguntei pelo Christopher. O homem me olhou um pouco desconfiado, mas acabou falando que ele estava no estábulo. Ergui as sobrancelhas ao ouvir aquilo, não conseguia imaginar Christopher naquela situação. Agradeci e segui na direção indicada.
Abri devagar o portão. Ao vê-lo, meu coração começou a bater feito louco dentro do peito. Queria ser fria, distante, racional, mas tudo foi empurrado para um canto qualquer da minha mente e ficou lá esquecido. Ele estava em pé, de perfil, coçando as orelhas de um cavalo, e sorria. Ah! Aquele conhecido sorriso matador. Reparei em suas roupas de trabalho e confirmei que ele estava ajudando o vovô. Sem conseguir mais me conter e querendo acabar logo com aquilo, reuni toda a minha coragem e falei em voz alta. Ele virou surpreso, os olhos arregalados, a boca aberta.
Ai! Minha nossa! — pensei ao ver seus olhos castanhos — Só o Christopher mesmo, pra ficar sexy usando roupa de peão.
E a partir desse momento, não sabia mais o que tinha ido fazer ali. Só tinha olhos pra ele. E quanto mais olhava mais idiota ficava. Ele caminhou até mim, visivelmente nervoso. Como continuei muda de pura apreensão, ele começou a falar. Eu estava com a mente toda embaralhada, mas assim que entendi que Christopher estava se desculpando pela cretinice cometida, resolvi cortar. Tinha notícia muito mais importante a dar, algo que não podia mais ser adiado. E foi assim que cuspi a verdade de uma vez só, sem rodeios.
Tinha imaginado qualquer reação do Christopher, ele gritando, correndo, chorando, gargalhando, qualquer coisa, menos aquela palidez mortal, aquela súbita tranquilidade, um olhar sério, preocupado, confuso. Ele olhava pra mim e para os papéis em suas mãos, mas parecia não enxergar coisa alguma.
Resolvi repetir e esclarecer o que eu tinha acabado de revelar. Então ele foi ficando verde e, assim que disse com todas as letras que ele ia ser pai, sacudiu a cabeça e desmaiou. Gritei e corri para socorrê-lo.
O que foi que eu fiz? — pensei preocupada, tocando o seu rosto.
Aliviada, verifiquei que respirava. Ajoelhei ao seu lado, e coloquei sua cabeça em meu colo.
— Chris, acorda! — chamava tocando sua bochecha. — Não faz isso comigo, acorda!
Eu estava apavorada, nunca o tinha visto desmaiar. Logo pensei o pior. E se ele tivesse batido a cabeça muito forte no chão? E se tivesse sofrido um traumatismo craniano? E se tivesse uma hemorragia cerebral e sangrasse até morrer? Caramba! Eu realmente estava mórbida ! Só conseguia pensar tragédia. Ele não acordava. Eu estava cada vez mais nervosa. Comecei a dar tapinhas em seu rosto, chamava seu nome, mas ele continuava de olhos fechados, ainda que sua respiração continuasse estável e regular.
Olhei ao redor, pensando em chamar por alguém. Mas não havia ninguém por perto e não queria me afastar, tinha medo de tirar sua cabeça do meu colo. Queria mantê-la erguida até que despertasse. E se ele não acordasse? E se entrasse em coma? Estava me achando miseravelmente culpada.
— Por favor, abra os olhos. — implorei baixinho. — Faço qualquer coisa pra vê-lo acordado.
Passei a mão pelos seus cabelos, e acariciei sua face. Ele estava tão lindo, completamente indefeso e entregue a mim. Sorri por entre as lágrimas que ameaçavam escorrer. Lembrei-me daquelas histórias de contos de fada e me perguntei se não era assim que o Príncipe Encantado tinha se sentido quando viu pela primeira vez a Branca de Neve ou a Bela Adormecida, em seu sono encantado. E o que tinha mesmo sido feito para quebrar a maldição da bruxa? Ah! Claro! Elas haviam despertado depois do beijo do verdadeiro amor, pois só o beijo do verdadeiro amor poderia quebrar o feitiço.
Olhei pro Christopher e não pude deixar de sorrir. A situação ali estava longe de ser aquela, a começar pelo príncipe enfeitiçado e a princesa que tinha vindo salvá-lo. Sem me dar conta, estava absorvida olhando seus lábios. Aquela boca perfeita e tão rosada me tentava.
Não, não devo! — me recriminei em pensamento.
Mas alguma coisa no fundo da minha mente me mandava fazer, uma voz profunda e suave, dizia: “Beije-o!”. Sacudi a cabeça, tentando me livrar daquela voz que voltava a repetir: “Beije o seu príncipe!”. Quando me dei conta, já estava abaixando minha cabeça em direção a dele.
Droga! Vou fazer isso! — pensei irritada com a minha fraqueza. — Eu vou beijar o Christopher. Só espero que não vire um sapo!
Respirei profundamente, deliciada com o cheiro dele, cheiro que me trouxe lembranças dolorosas e doces. E meu coração doeu, doeu de saudade, de dor pela nossa separação repentina e forçada; doeu pela falta de sentir sua pele, por não ver o seu rosto, por não me sentir viva e quente.
Sem conseguir mais suportar a tortura de tê-lo ali tão próximo, aproximei meus lábios dos dele e o beijei com todo o carinho guardado dentro de mim. Assim que nossos lábios se encontraram, soube que tinha cometido um grave erro. A partir do momento que voltei a sentir sua boca na minha, não consegui mais me afastar, não tive forças para ficar longe dele. Tudo o que eu queria, tudo o que eu precisava, estava ali, repousado em meus braços. Continuei movendo meus lábios sobre os dele suavemente, lentamente, tão delicadamente.
Inesperadamente, senti um movimento de encontro a meus lábios, tão pequeno que quase passou despercebido. Num segundo instante, tão suave e gentil como se as asas de uma borboleta estivessem me tocando. Quando uma mão grande e firme se ergueu e segurou minha nuca, abri os olhos e me afastei rapidamente, me deparei então com dois olhos castanhos que me fitavam e uma boca perfeita que sorria.
— Um anjo! — ele sussurrou. E tive a certeza de ter quebrado a maldição. Mas tinha caído em outro feitiço. — Morri e fui para o céu?
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3