Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy
CAPÍTULO VINTE E SETE
Sem me dar conta, eu regresso, paro e penso.
E eu confesso, espero que o perdão esteja em sua mente.
Por isso eu rezo.
Eddy e Zoraida estavam sentados no sofá da sala, ele passava protetoramente um braço por seus ombros, enquanto Zoraida respirava profunda e seguidamente, demonstrando dor. Enquanto isso, o vovô ligava para o hospital mais próximo e, pela cara que fazia, não estava ouvindo boas notícias.
— Era o que eu imaginava. — comentou depois de desligar o telefone. — As estradas estão fechadas por causa da neve. Não temos como ir, nem eles como vir com uma ambulância.
—O que podemos fazer, John? — Eddy perguntou preocupado.
Olhamo-nos em silêncio, enquanto Zoraida gemia de dor. Dulce se aproximou dela e segurou-lhe a mão.
— Vovô, acho melhor a Zorâ se deitar em um dos quartos, até resolvermos o que fazer. — Dulce sugeriu.
— Não, Dulce. — Zoraida negou com dificuldade. — Não quero ser um transtorno para vocês. É melhor voltarmos para casa.
— De jeito nenhum, Zoraida. — vovô declarou com calma. — É melhor ficarem aqui. Dulce, vamos levar Zoraida para o quarto ao lado do meu. Ela ficará confortável lá.
Eddy e Dulce ajudaram Zoraida levantar do sofá e a guiaram até o quarto. Vovô fez sinal para que eu me aproximasse.
— Chris, acho que vai sobrar para nós. — informou ao meu ouvido, assim que os viu sair.
— Como assim? — questionei surpreso.
— Não temos como deslocar a Zoraida com essa tempestade. Não vejo outro jeito, a não ser ajudá-la a ter o bebê aqui mesmo. — esclareceu pensativo.
Olhei para ele sem conseguir acreditar no que tinha acabado de ouvir. Estávamos completamente isolados, com uma mulher prestes a dar a luz, sem nenhum profissional da área médica por perto. Comecei a suar frio, imaginando o que enfrentaríamos.
— Quem sabe não é um alarme falso? — inquiri esperançoso.
— As próximas horas irão nos dizer. — subitamente bem humorado, ele colocou a mão em meu ombro. — Sabia que o seu tio Oswald, nasceu aqui em casa? O danadinho estava tão apressado que quando a sua avó avisou que tinha chegado a hora, ele já estava quase saindo por entre suas pernas!
Senti meu estômago embrulhar ao ouvir aquilo. Não me sentia nem um pouco preparado para olhar entre as pernas de ninguém, vendo um bebê ou o que quer que seja sair.
— Então o senhor tem prática com isso?
— Bem, com sua avó! Essa foi única vez. Mas já assisti ao parto de vários animais. E se tem uma coisa que aprendi é deixar a natureza seguir seu curso e orar para que não tenhamos complicações.
— Quando o senhor diz ajudarmos a Zoraida, isso me inclui? Porque, honestamente, não faço a menor ideia do que fazer numa situação dessas!
— Calma, Christopher! — respondeu dando uma risadinha. — Quando disse nós, estava me referindo ao Eddy e a mim. Se você ficar tranquilo, já estará ajudando a tornar o clima menos tenso, ok?
— Ok! — respondi aliviado.
Dulce voltou à sala com expressão preocupada.
— Ela já está instalada. — informou parando ao nosso lado e cruzando os braços. — Deixei-a com Eddy. Zoraida está sentindo dores seguidas.
— Hum, isso é sinal de que não está muito longe. — analisou vovô, balançando a cabeça.
— O Eddy está muito nervoso, embora tente disfarçar. — Dulce contou séria.
— Posso imaginar! Que homem não ficaria nervoso, prestes a assistir ao nascimento do primeiro filho, e nessas condições? Torça para que seja diferente quando for sua vez, Christopher! — brincou.
Dulce e eu nos olhamos brevemente, um pouco constrangidos. Ainda não tínhamos conversado ou decidido como iríamos lidar com isso.
Agora há pouco, ela havia começado a me beijar com relutância. Lembrei do seu olhar surpreso, os lábios trêmulos, evidências do medo que durou pouco. Sua hesitação evaporava aos poucos e pude senti-la vibrando comigo. Seus lábios macios corresponderam ao beijo e seus olhos espelhavam dúvida e rendição.
Quando procurei sua boca novamente, não encontrei barreiras. O que poderia ter acontecido se não tivéssemos sido interrompidos? Até onde iríamos? Com o jeito evasivo que Dulce voltou a me tratar, essas questões pareciam impossíveis de serem respondidas. Voltei a olhá-la, quase ao mesmo tempo em que ergueu o rosto. Algo em minha fisionomia deve ter denunciado meus pensamentos.
Visivelmente perturbada, começou a andar de costas, afastando-se de mim, e acabou tropeçando no tapete. Teria caído se eu não tivesse agido rápido, segurando-a pelo cotovelo.
— Obrigada. Vou preparar chocolate quente para todos. — agradeceu com as faces vermelhas, torcendo o corpo para se liberar de minha mão, que ainda a amparava.
Acompanhei impotente sua fuga para a cozinha. Depois fiquei olhando pela janela a neve que caía incessante lá fora. Suspirei frustrado. Havia acontecido o que mais queria: ter Dulce junto de mim no Natal. Porém, era muito estranho tê-la tão perto e tão distante ao mesmo tempo. Quando ela colocava aquele muro intransponível entre nós, ficava sem ação, me sentia impotente.
***
Enquanto esquentava o leite e procurava o chocolate em pó, minha mente corria a mil. Primeiramente, preocupada com a situação que enfrentávamos. Não teríamos outra solução a não ser ajudar a Zoraida trazer sua filhinha ao mundo. E esperava que o meu avô tivesse capacidade de ajudá-la, já que eu pouco poderia fazer. Fora isso, estava muito zangada comigo mesma. Como pude baixar a guarda e, não só ter permitido que Christopher me beijasse, mas corresponder de forma tão intensa? A última coisa que queria era dar falsas esperanças a ele, ou pior, fazê-lo acreditar que era suscetível às suas aproximações.
Enquanto misturava o leite, o chocolate, a canela e o açúcar, pensava como continuar naquela casa nessas condições. Tinha que existir um jeito de escapar, de fugir de tanta tentação. Não sabia do que tinha mais medo, se dele ou de mim mesma.
Coloquei a bebida quente no bule e arrumava as xícaras na bandeja quando ouvi a porta se abrindo. Uma voz grave e firme, veio por trás de mim.
— Posso ajudar?
Não virei nem ergui o rosto, simplesmente continuei de cabeça baixa. Não conseguia encará-lo, não queria me perder novamente em seus olhos. Tudo o que eu não precisava era de mais conflito, já bastava ter tantos sentimentos contraditórios lutando dentro de mim.
— Não, obrigada. — respondi secamente.
Depois que disse isso pairou o silêncio. Me espantei quando ele segurou meu pulso, me fazendo virar ao seu encontro.
— Pare com isso! — Christopher exclamou irritado.
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 767
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lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13
vondy por suerte hasta la muerte
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10
Amei a fic parabens *-*
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LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48
Sdds
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anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43
Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce
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Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10
PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO
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Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15
Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.
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jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46
lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3
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stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51
Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!
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naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19
Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.
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melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22
Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3