Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy

Não foi um beijo qualquer.  Christopher correspondeu imediatamente como um homem sedento matando a sua sede. Nossas línguas dançavam juntas, enquanto nos espremíamos um contra o outro.

Meu coração batia no peito como um pássaro finalmente em liberdade. Desde que o vi quis isso, mesmo que escondesse a verdade de mim mesma, no fundo, sabia que daria tudo para poder ser dele mais uma vez. De repente, ele parou de me beijar, segurando os meus ombros.

— Dulce, se eu continuar não vou mais conseguir me controlar. — explicou com a respiração entrecortada. — Vou te deitar ali naquele tapete e te amar até o dia clarear. Então, se quiser desistir, que seja agora!

Sua ameaça teve em mim o efeito de um potente afrodisíaco. Senti uma corrente de desejo percorrer a minha pele, vibrei até o âmago. Imaginando tudo o que poderíamos fazer pelas próximas horas, não tive dúvida, olhando bem dentro dos seus olhos, levei as mãos à frente da camisola e desabotoei botão por botão, deixando que escorregasse e caísse ao chão. Saboreei como só uma mulher apaixonada é capaz, a forma doce e intensa que seus olhos percorreram meu corpo.

Incentivada por sua reação, andei até o fofo tapete branco de pele de ovelha em frente à lareira. Deitei diante dele, numa oferta silenciosa e muito clara. Senti como aquelas jovens dadas em sacrifício em nome de um deus pagão. Será que alguma delas se sentiu como eu? Destemida e ansiosa para se entregar ao ser que significava mais para ela do que sua própria vida, com a certeza de que, mesmo no instante em que arrancassem seu coração, teria valido a pena?

Alcancei a compreensão de que o amor é fonte de prazer e de dor, que apesar de feridos por ele, ainda o ansiamos sentir e viver. Somos todos mendigos desse sentimento que, coroado acima de todos e possuindo suas próprias asas, voa livre e pousa onde deseja. Somos suas eternas vítimas.

— Você é tão linda! — sussurrou na penumbra com a voz carregada. — Sua pele fica tão linda nessa luz, parece uma pintura.

Ele não se aproximou afoito como imaginei que faria. Veio com passos controlados, admirando-me com calma. Despiu-se com a mesma tranquilidade e, sem pressa, deitou-se ao meu lado. Senti-me beijada por onde seu olhar me percorria, provocando arrepios de pura antecipação. Aguardava por algum movimento seu, quando ele finalmente aproximou sua mão. Prendi a respiração. Soltei o ar quando ele a pousou sobre meu ventre.

— Adoro saber que nosso filho está aqui, dentro de você. — com essa declaração, meus olhos se encheram de lágrimas.

Suas mãos subiram passeando pela minha pele, percorrendo a curva da cintura, costelas, seios, colo... Até tocarem o meu rosto. Aproximando nossas faces, pressenti o beijo que ansiava.

— Eu te amo. — e me beijou.

Como explicar o inexplicável, como descrever o indescritível? Sua boca na minha, suas mãos no meu corpo! Era uma experiência quase sagrada. Tanta entrega e adoração mútua... A gente se olhava e se tocava como se estivéssemos fazendo algo santificado; como se ao nos amar estivéssemos praticando um ritual divino.

Sinto suas mãos quentes deslizando por minha cintura nua; Christopher se apoia totalmente em mim; sinto sua ereção. Quero tanto senti-lo dentro de mim. Calafrios atacam meu corpo novamente quando sinto a ponta de sua língua traçando uma linha na minha nuca.

E então, bem lentamente, para que eu possa perceber cada sensação dolorosamente ardente atravessar meu corpo, ele se enterra todo dentro de mim. Meu pescoço se dobra para trás sobre o tapete, meus lábios se abrem.

Christopher leva suas mãos até as minhas e entrelaça seus dedos nos meus, apertando minhas mãos a cada investida. Seus movimentos se tornam mais frenéticos. Meu ventre se tencionava com uma força impressionante.

— Você é e será para sempre a mulher da minha vida, a dona do meu coração. Eu te amo. — Christopher sussurrou em meu ouvido, o que fez meus olhos se encherem de lágrimas novamente.

— Eu também te amo. Para sempre.

Seus lábios buscam os meus,e, quando ele acha o caminho até minha boca, eu afundo a ponta dos dedos em seus ombros, me perdendo na intensidade do beijo.

Minhas palavras fazem ele relaxar, e o ritmo de seus movimentos torna-se mais rápidos, mais rígidos, até que gotas de suor transbordam em nossa pele, tornando-a ainda mais fácil de deslizar um contra o outro.

Apenas senti quando ele se empurrou mais algumas vezes contra mim, senti quando meu corpo se entregou ao prazer, e senti quando Christopher, após alcançar o seu, deixou seu corpo cair sobre o meu. Ambos sentíamos o que o outro sentia, ouvíamos a respiração, os batimentos cardíacos.
Levei as minhas mãos as costas de Christopher, o abraçando.

Ele sorri, e, depois, enterra seu rosto contra o meu pescoço. Nós dois estávamos respirando com dificuldade, mas ainda sim, ele conseguiu sussurrar um docemente:

— Para sempre...

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Nunca senti tanto amor pelo Christopher quanto nessa noite, quando ele me amou inúmeras vezes com extremo cuidado, alegando fazer isso pelo meu estado delicado. Estado delicado?! Quando trocamos de posição e me sentei sobre ele, dei provas de que estava grávida, sim, mas não era feita de vidro.

Compusemos a mais bela sinfonia.

Quando nos arrastamos para a cama mais tarde, ele nos cobriu com o edredom e nos abraçamos felizes. Estava com os olhos entreabertos e bem sonolenta quando ele me beijou uma última vez.

— Eu era um navio perdido navegando na tempestade, agora atraquei em seu cais. Finalmente posso dizer que voltei para casa. — declarou emocionado.

— Jogue sua âncora, prenda suas correntes e seja bem-vindo. — sussurrei ao seu ouvido.

Desculpe a demora, mais tava dificil sair alguma coisa