Fanfics Brasil - 2 Temporada - 090 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 090

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— Gostou? — perguntou evidentemente satisfeito com a minha reação.


— Adorei! — exclamei radiante. — Nunca poderia imaginar!


— Fico muito feliz que tenha gostado!


— Você está dizendo isso porque se livrou de ficar uma semana sem futebol, isso sim! — ele soltou uma boa risada.


— Vamos entrar! Quero ver do que é capaz em cima dos patins.


— Nunca ouviu falar que um bom mágico sempre tem uma carta escondida na manga? — indaguei enquanto andávamos.


— Hum! você está um perigo essa noite! Pare com essas insinuações! Se ainda não notou, estou tentando ser um perfeito cavalheiro.


— Prometo me comportar... Por enquanto. — falei piscando o olho, e ele soltou uma risada baixa e charmosa.


Como era de se esperar numa sexta-feira à noite, o lugar estava cheio. A música alta e animada era contagiante. Enquanto esperava na fila para comprar nossos ingressos, observava as pessoas patinando. Havia de tudo um pouco, desde iniciantes temerosos se segurando na cerca do rinque, a verdadeiros atletas fazendo manobras radicais e arriscadas. Havia casais de mãos dadas e sorriso bobo no rosto. Ri sozinha ao pensar que logo seríamos mais um naquela pista.


Ao chegar nossa vez, informamos os números que calçávamos, pegamos os patins e nos sentamos para trocar os calçados. Poucos depois deslizávamos por sobre o gelo, desviando de outros patinadores.


Estava imensamente feliz. Acho que Poncho nem fazia ideia do quanto. Só de lembrar que há poucos meses uma cena como essa seria impossível, tinha vontade de me beliscar para ter certeza de que não estava sonhando. Tinha conseguido fisgar o solteirão mais cobiçado, o sonho de consumo de dez entre dez garotas do meu bairro.


Aos poucos, aumentamos a velocidade. Olhei para nossas mãos entrelaçada e fitei seu rosto. Ele usava um gorro preto que se confundia com o cabelo preto. Seus olhos brilhavam excitados, as faces estavam coradas, fazendo um belo contraste com o casaco azul marinho. Suspirei pensando se ele fazia alguma ideia de como estava charmoso. Era bom mesmo que não tivesse consciência disso, já era convencido o suficiente sobre o seu poder de sedução.


Ele olhou pra mim sorrindo. Inesperadamente, girou rápido, mudando de posição, ficando à minha frente. Segurou-me pela cintura, patinando de costas.


— Poncho, ficou maluco? — perguntei rindo nervosamente, enquanto tentava não tropeçar nele.


— Relaxa, gata! — disse confiante — Imagina que está dançando comigo!


Poncho patinava muito bem, ele olhava por cima do ombro, para não esbarrar em ninguém e corria com facilidade.


— Vem, vamos rodopiar! — sugeriu, grudando o corpo no meu.


Giramos juntos no ritmo da música, segurei suas mãos com força temendo levar um belo tombo. Ele não só me ajudou a manter o equilíbrio, como se aproveitou da proximidade para me tascar um beijo estalado. Ri deliciada com sua espontaneidade criativa. Continuamos a girar e segurei-me em seu pescoço.


Depois de ficarmos assim por algum tempo, ele rodou e voltou a ficar do meu lado, passando um braço pela minha cintura e continuamos a patinar em perfeita harmonia. As músicas se sucediam. De vez em quando, ele inventava uma manobra diferente, fazendo-me rir da sua ousadia. O tempo passava fácil e rápido. Só me dei conta de que já estava ficando tarde porque percebi o rinque bem mais vazio e comecei a sentir as pernas reclamando do esforço prolongado.


— Vamos fazer uma pausa? — ele sugeriu — Podemos comer alguma coisa.


— Excelente ideia. Estou mesmo precisando recarregar as baterias. — respondi de pronto. 


Devolvemos os patins, recolocamos nossos sapatos e escolhemos uma casa de massas. Saboreamos com prazer um prato cheio de molho de tomate quente e suculento. 


— Tive uma ideia! — falou muito alegre, após limpar a boca com o guardanapo.


— Qual?


A Dama e o Vagabundo. — respondeu, e o olhei confusa.


Poncho parou um garçom que passava e lhe entregou o celular pedindo que batesse uma foto. Só fui entender do que se tratava quando prendeu um comprido fio de macarrão entre os lábios e com a ajuda do garfo me ofereceu a outra extremidade. Não poderia ter ficado mais surpresa, nunca imaginei estar vivendo uma cena tão adoravelmente melosa e romântica. Topei sua oferta e tiramos a foto, enquanto éramos observados por outros casais que, depois de assistirem à cena, começaram a fazer o mesmo. Acho que, sem querer, Poncho e eu inspiramos moda.


Nos demos as mãos por sobre a mesa e começamos a bater papo, falando tolices e trivialidades, curtindo a companhia um do outro. Ele esteve sorridente quase a noite toda. Estranhei quando ficou pensativo, brincando com meus dedos.


— Não quero ficar sem você no Natal. — manifestou de repente.


Há algumas semanas atrás, Poncho me informou que passaria o Natal com sua mãe na Austrália, enquanto Samuel passaria com o pai na Escócia. No Ano Novo fariam o contrário. Ele me explicou que, por não se darem bem há muito tempo, depois que os pais se separaram, combinaram assim e até então funcionava bem.


Mas esse ano era diferente, ele não era mais um cara solitário. Estávamos namorando firme e, desde que me avisou como seria seu esquema para o final de ano, parecia inconformado em me deixar. Alguns dias atrás, confessou estar pensando em ligar para sua mãe desmarcando a viagem. Fui radicalmente contra, mesmo morrendo de vontade de ficarmos juntos. Apesar de ser o nosso primeiro Natal como namorados, não achei justo com a mãe dele, já que se viam tão pouco.


— Poncho, já conversamos sobre isso. — falei compreendendo agora sua mudança de humor. — Essa é uma das poucas épocas no ano em que você visita sua mãe. Entendo que ela faça questão da sua presença.


— Eu sei, mas acho que encontrei a solução para esse problema. — informou sorridente, tirando algo do bolso e estendendo pra mim.


— O que é isso? — perguntei curiosa.


Ele não respondeu, apenas continuou sorrindo e fez sinal com a mão me encorajando a ler. Dando um suspiro impaciente, peguei o papel que me estendia e tratei de conferir. Vendo do que se tratava, quase caí pra trás e perdi a voz, o que é coisa muito difícil de acontecer.


— Está falando sério?


— Muito! — respondeu empolgado.


— Vou para a Austrália? — perguntei em choque, conferindo o destino escrito no bilhete de viagem.


— Vamos juntos, Majestade! — confirmou todo alegrinho. — Confesso que dessa vez não fui original, pois roubei a ideia do Ucker, mas espero ter te surpreendido!


— E você conseguiu! Mas tem um problema, a minha mãe...


— Ela já sabe de tudo e está de acordo, inclusive deve até estar fazendo sua mala.


— Mas o que é isso, um complô? — acusei, fazendo uma cara de falsa indignação.


— O que foi? — indagou franzindo a testa e parecendo genuinamente desapontado — Você não gostou da novidade? Não quer passar o Natal comigo?


Olhei seu rosto magoado e senti o coração ficar apertado. Minha mãe estava certa quando dizia que o problema do Poncho era solidão. Em momentos como aquele, ficava visível o quanto era um homem carente.


Ignorando a plateia ao redor, me sentei em seu colo e segurei seu rosto entre minhas mãos. 


— Eu estava brincando, seu bobo! Nada me fará mais feliz do que passar esse Natal com você! — imediatamente seu rosto se suavizou e sorriu aliviado.


Abraçou-me e grudou os lábios nos meus. Foi um beijo tão apaixonado, tão quente e íntimo, que quase me fez esquecer onde estávamos. Quando nossas bocas se separaram, meu coração batia velozmente no peito e sentia sua respiração apressada em meu rosto.


— Você é um sedutor, Alfonso Herrera. — sussurrei. — Como se não bastasse o fato de sempre conseguir de mim o quer, ainda joga todo o seu charme na minha mãe a ponto de fazê-la concordar em ficar sem sua única filha no Natal.


— O que posso dizer? — disse com um leve sorriso, daquele jeito malandro que me tirava o fôlego. — Tenho jeito com as mulheres da família Portilla! Na verdade, a sua mãe até que foi bem compreensiva. Ela disse só não se importar muito de ficar sem você, porque esse ano ganhou mais um filho.


Sorri comovida. Minha mãe e Poncho se adoraram desde o primeiro contato, tanto que não demorou muito a desenvolverem uma relação filial.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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