Fanfics Brasil - 2 Temporada - 092 Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída)

Fanfic: Apenas Irmãos? || Vondy (Concluída) | Tema: Rebelde / Vondy


Capítulo: 2 Temporada - 092

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CAPÍTULO TRINTA



"Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência."


 


 


Vadia loira?— pensei pasma — Quem essa bruxa pensa que é?


Tínhamos acabado de fazer uma viagem cansativa. Estava longe de casa. Deixara minha querida família numa data especial para passar o Natal com meu namorado e, de quebra, conhecer a sua mãe. Só não podia imaginar que seria recebida daquela forma.


Olhei de alto a baixo para a mulher que me olhava com certo desprezo. Ela usava uma camiseta regata branca, bermuda cáqui e sandálias baixas. O cabelo castanho estava preso num rabo de cavalo, os óculos escuros estavam sobre a cabeça e trazia no ombro uma bolsa grande de couro marrom. Era bem alta, quase da altura do Poncho, magra, pernas esguias e compridas. Apesar da roupa despojada, percebi ser uma mulher bonita. E imaginei que aquele devia ser um traje típico de verão.


— Mãe, acho melhor cuidar do seu linguajar quando se referir à Anahí! — Poncho recomendou nervoso, enquanto esticava o braço e segurava minha mão — Eu avisei que ia trazer minha namorada!


— Namorada? — perguntou surpresa, enquanto voltava a me observar — Você não me avisou nada!


— Avisei sim! — rebateu zangado.


— Quando? —perguntou, colocando as mãos na cintura.


— Enviei um e-mail ontem, confirmando que chegava hoje e que traria minha namorada!


— Ontem? Hum. Posso ter esquecido de abrir. Tive que resolver vários problemas no escritório antes de me ausentar. — explicou.


— Agora não importa mais. — esclareceu agitado. — Chegamos. Será que poderia ser um pouco hospitaleira?


A mãe o encarou séria por um breve momento, depois virou o rosto na minha direção. Seus olhos castanhos eram muito familiares — a versão feminina dos olhos de Samuel. Poncho também era muito parecido com ela, mas tinha herdado os olhos verdes do pai. Observei que ela estava bronzeada e usava pouca maquiagem. Os olhos estavam bem delineados com lápis preto e havia aplicado um brilho levemente dourado nos lábios.


— Muito prazer, sou Ruth Rodríguez. Mãe deste rapaz enrolado. — cumprimentou estendendo a mão e dando um sorriso discreto.


Olhei para aquela mão à minha frente e fiquei tentada a não erguer a minha. Mas como não queria piorar a situação, deixei me envolver pelo espírito natalino do perdão e resolvi retribuir.


— Igualmente. Anahí Portilla.


— Como Gengis Portilla? Algum parentesco longínquo? — perguntou Ruth ao apertar minha mão, numa tentativa de fazer piada e suavizar o clima.


— Gengis Portilla viveu na Mongólia, minha família vem da Alemanha. — respondi me esforçando para ser educada e polida. — Mas quem sabe, não é mesmo?


— Talvez daí venha seu gênio, Majestade. — Poncho falou brincalhão e o fuzilei com o olhar. Isso era coisa que se dissesse? Felizmente Ruth pareceu ter ignorado o comentário.


— Desculpe o mal entendido, Anahí. — desculpou-se com brandura — Você é a primeira garota que Alfonso me apresenta como namorada. Da outra vez em que veio, saiu por aquela porta de desembarque agarrado a uma americana que mais parecia uma dançarina de Cabaré.


— É mesmo? — perguntei, erguendo uma sobrancelha, enquanto o encarava.


— Não foi nada sério! — ele tratou de explicar, fazendo uma careta. — Foi só alguém que conheci no voo pra cá, nem lembro o nome dela.


Que o Poncho tinha sido um conquistador de primeira não era novidade, mas era impressionante que a cada dia que passava, descobria mais e mais garotas que haviam passado na vida dele e a lista nunca parava de crescer.


— Bem, agora que tudo se esclareceu, que tal sairmos daqui? — sugeriu Ruth enquanto checava a hora em seu relógio de pulso. — Nosso voo sairá em poucos minutos.


Poncho e eu nos entreolhamos. Tínhamos ouvido a mesma coisa?


— A senhora quer dizer que nosso voo “chegou” há poucos minutos, não é? — ele questionou temeroso.


— Não. Estou dizendo que o próximo voo para Cairns sairá logo. Portanto, temos que correr. — respondeu impaciente. — Vamos, coloquem esses carrinhos pra rodar, não podemos perder tempo.


Enquanto estávamos parados olhando boquiabertos, Ruth deu meia volta e saiu à frente com passos decididos. Saímos atrás dela. Poncho estava bufando.


— Mãe, que história é essa? Não passaremos o Natal aqui? — disse aborrecido, quando conseguiu alcançá-la.


— Surgiu uma oportunidade ótima de alugar a casa de um colega, pensei que seria interessante passar o final de ano num lugar diferente e quis fazer uma surpresa. Não sabia que viria acompanhado. Não imaginei que fosse se importar. — explicou me olhando de esguelha e abaixei os olhos, sentindo-me quase uma intrusa. — De qualquer maneira, acho que teremos espaço para todos.


A cada momento, ela me lembrava mais e mais o Sam. Tinha exatamente aquele mesmo tipo de andar, mantendo as costas retas, olhando os outros de frente, sem temor e com muita segurança. Embarcamos novamente. O cansaço era tanto que mal consegui dar atenção à Ruth, que continuava me avaliando. Preferi não interferir muito nesse primeiro momento entre mãe e filho.


Exausta, adormeci escutando a conversa deles. Cerca de três horas depois, Poncho me acordou avisando que estávamos pousando. Andando pelo saguão do aeroporto, senti o corpo dolorido e leve torcicolo. O estado de minhas roupas também não ajudava a me sentir melhor. Não me esforcei para parecer animada — até porque Ruth não demonstrava se importar muito com possíveis desconfortos que pudéssemos estar sentindo. Estava louca pra chegar em qualquer lugar que me oferecesse um banho decente, uma cama confortável e comida de verdade. Ela nos avisou que o carro fora alugado e só teria que pegar as chaves. Esperamos na empresa de aluguel de carros e foi relativamente breve.


Pensei que o mal estar estivesse terminando, mas como estava enganada! Saindo do aeroporto, enfrentamos um clima devastadoramente quente e úmido, o que fez Poncho gemer, assim que as portas se abriram. No estacionamento, deparamos com um jipe tão grande, que parecia um tanque militar.


Colocamos a bagagem na parte de trás, jogamos nossas mochilas no banco do carona e sentamos lado a lado no banco traseiro, enquanto Ruth sentava ao volante e colocava os óculos escuros. Colocamos também os nossos.


Em poucos minutos rodávamos pelas ruas de Cairns. Sabia que chegaríamos em pleno verão australiano, mesmo assim, era chocante sentir todo aquele vapor. Deixamos Londres com temperaturas bem abaixo de zero. A impressão que tinha era ter saído de um freezer e arremessada numa fornalha.


— Mãe, pode ligar o ar condicionado? — Poncho pediu, passando a mão no suor que escorria pelo seu rosto.


— Claro. — falou sorridente e começou a mexer no controle.


Reparei o sorriso dela diminuir, à medida que apertava e rodava não sei quantos botões. 


— Mãe, se não ligar essa coisa agora vou derreter!


— Estou tentando! — falou impaciente. — Droga! Não quer ligar!


— Como assim? — Poncho reclamou com muito mal humor. — Deixe-me tentar.


Ele se espremeu por entre os assentos da frente e começou a mexer em quase tudo no painel, sem sucesso.


— Sossega, filho. — falou autoritária, após observar as tentativas frustradas dele. — Mais tarde podemos ver isso. O melhor a fazer é sentar aí e abrir as janelas.


Imediatamente seguimos a sugestão, enquanto Poncho praguejava, reclamando de suar como um porco.


— Deixe de ser fresco! — exclamou risonha. — Você está muito mal acostumado com todo aquele conforto urbano londrino. Respire fundo e sinta um pouco de vento de verdade no rosto! Tenho certeza que Anahí não se importa em suar um pouquinho. A Alemanha as vezes tem altas temperaturas, não é?


— Realmente, calor não me incomoda muito. Fui criada em Londres, mas sempre visitei parentes na Alemanha. Conheço bastante o clima de lá.


— Fico muito contente ao ouvir isso. Temos uma hora de viagem pela frente.


— Não acredito! Vou morrer! — queixou-se Poncho.


— Deixa de drama! A casa tem piscina. Quando chegar poderá se refrescar à vontade. Pare de se coçar desse jeito. Está me deixando nervosa!




 


Então gente, nós temos uma maratona de capítulos Ponny né, e sei que muitas não gostam. Eu amo eles. Então quem quiser pular tudo bem, mais eu acho bom ler e saber um pouquinho mais sobre eles né. Mais fica em escolha de vocês.


 


Gatita Desordera: Fico muito feliz :) Continuando minha linda <3


Geeohig: Ata. Ele é seu na vida real ok? Aqui ele é da Annie. E Aww, eu amo Ponny, eles são tão perfeitos juntos. Ah, foi escolha dela se casar, eu também não tô feliz com eles dois juntos, mais... tenho que me conformar. Ok Bis. Continue ai. Tchauzim :D


Anaportilla: Sogra é um caso sério. E algumas então, fazem de tudo para transformar a vida dos genros ou genras em um inferno. Continuando <3


Thay: fico muitíssima feliz em saber disso linda :) Bjos, e até a próxima. 



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Olhei pro Poncho, que se coçava inteiro, e fiquei com pena. Meu tom bronzeado de pele era uma proteção natural contra tanto calor, mas ele devia estar sofrendo horrores. Embora não estivéssemos diretamente sob o sol, o clima era muito abafado e seu rosto estava vermelho e suado. A cidade era cercada por montanhas de vegetaç ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 767



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  • lopachbr Postado em 01/06/2016 - 15:23:13

    vondy por suerte hasta la muerte

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:28:10

    Amei a fic parabens *-*

  • LetíciaVondy Postado em 17/12/2015 - 21:59:48

    Sdds

  • anne_mx Postado em 14/08/2015 - 19:18:43

    Essa foi a melhor fic que já li foi muito perfeitaaaaaaaaaaaa parabens amei a frase que a senhora disse pra Dulce

  • Girl Postado em 02/08/2015 - 12:25:10

    PASSANDO NESSA PORRA PRA DIZER QUE FOI É E SEMPRE SERÁ A MELHOR WEB DE PARENTESCO QUE EU JA LI...ACEITEM MUNDO

  • Anne Karol Postado em 01/06/2015 - 14:54:15

    Bom, o que falar dessa fanfic? Uma das melhores que existe aqui no site. Chorei, comemorei, sorri, ri, me diverti. Ain vou sentir tanta saudade Rebeca. Me apaixonei pela fanfic e vê que ela acabou me da uma tristeza, como se algo faltasse. Muito obrigada por nos proporcionar essa fanfic. Ela é simplesmente maravilhosa <3.

  • jaahvondy Postado em 31/05/2015 - 00:13:46

    lindo, lindo, lindo o final..to muito emocionada aqui...é uma das minhas fics preferidas...<3 foi simplismente maravilhosa, e não tem como explicar o que eu senti quando eu lia esses ultimos capitulos...tudo perfeito...<3

  • stellabarcelos Postado em 29/05/2015 - 00:52:51

    Comecei a ler a web ontem e já terminei! Linda demais e muito viciante ! Obrigada por postar essa história linda sobre o amor verdadeiro Parabéns!

  • naty_rbd Postado em 28/05/2015 - 14:32:19

    Mais uma web sua que chegou ao fim e eu aqui me acabando em lagrimas. Foi perfeita e tenho certeza que essa outra será tambem.

  • melicia_fagundes Postado em 27/05/2015 - 23:41:22

    Adorei a fic. Umas das melhores que ja li. Beijos <3


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